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sábado, 20 de novembro de 2010

Apresentação da Revista número 1 da Academia Piracicabana de Letras

Apresentação

É com gosto que, a pedido do meu amigo Acadêmico Armando Alexandre dos Santos, vice-presidente da Academia Piracicabana de Letras e coordenador da sua revista, escrevo algumas palavras para a abertura deste primeiro número de sua nova fase.
Fundada em 1972 por João Chiarini, a APL conheceu, no passado, seus dias de esplendor. Depois da morte de seu fundador, conheceu um prolongado período de sobrevida, mantida pelo idealismo e pela dedicação de algumas pessoas de escol que nunca deixaram o facho apagar, nunca deixaram o ideal perecer.
A entrada em vigor do novo Código Civil forçou a adaptação da antiga Academia a novas exigências legais. Adaptação similar precisou ser feita, em todo o Brasil, por muitas centenas, quiçá milhares, de entidades análogas, Academias, Institutos Históricos, Centros Culturais etc.
As exigências do novo CC forçaram, por exemplo, a que certas assembléias gerais se realizem com maioria absoluta, ou até de dois terços, da totalidade dos associados. O sistema anteriormente vigente permitia que uma entidade tivesse associados dispersos pelo país. Mas agora, se não for possível reunir uma porcentagem elevada desses associados para assembléias gerais, tornam-se impossíveis reformas estatutárias e, mesmo, eleições regulares de diretoria. O que, obviamente, na prática inviabiliza a existência de tais associações.
A solução adotada pela APL foi a mesma de incontáveis outras associações do gênero. Orientada por juristas especializados em Direito Associativo, reformou seus estatutos, fixou em 40 o número de cadeiras efetivas, reservadas somente a pessoas residentes em Piracicaba. Os antigos membros da Academia, que eram algumas centenas, dispersos pelo Brasil, conservam individualmente, ad honorem, o título de Acadêmicos Eméritos, não tendo, entretanto, obrigações de nenhuma espécie em relação à Academia.
A reforma dos estatutos e a eleição dos 40 acadêmicos (todos residentes em Piracicaba), processada sob a orientação de competentes juristas e na observância de todos os requisitos legais, deu-se nos últimos anos. Os registros legais, muito rigorosos, foram todos realizados regularmente. Agradecemos, de modo muito especial, o apoio e a orientação que, a esse
respeito, nos deu a nossa boa Amiga Dra. Rosângela Risolo Camolese, Secretária da Ação Cultural de Piracicaba. Agradecemos também, de modo muito especial, aos acadêmicos que com dedicação e sacrifício realizaram, num esforço prolongado, toda a tarefa de readaptação da Academia. São eles Antonio Henrique Carvalho Cocenza, Elias Salum, Antonio Carlos Fusatto, Felisbino de Almeida Leme, Marly Therezinha Germano Perecin, Rosaly Aparecida Curiacos de Almeida Leme e Waldemar Romano sem esquecer a memória saudosa de Haldumont Nobre Ferraz.
Foi assim que a nossa velha Academia Piracicabana de Letras, da qual sou co-fundadora, renasceu, qual nova fênix, em 2009.
Logo no dia da sua festiva reinstalação, o titular da cadeira no. 1, Acadêmico Erasmo Prestes de Souza, gentilmente ofereceu realizar na sua gráfica-editora, sem qualquer custo, a diagramação e a impressão do primeiro número da nossa revista.
Pedimos ao nosso vice-presidente, Acadêmico Armando Alexandre dos Santos, que tem grande experiência na área, por ser jornalista profissional e por já ter sido diretor da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, que assumisse a responsabilidade pela nova revista.
Com a ajuda de Deus e a boa vontade dos Acadêmicos, chegamos afinal ao presente volume. Nem todos, infelizmente, puderam mandar a tempo suas colaborações. Para o próximo número, se Deus quiser, não faltará nenhum nome.
Maria Helena Corazza
Presidente

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