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terça-feira, 9 de outubro de 2012

O Poeta




Tony Corazza

Meu estômago vazio conversa comigo
Suplica, implora por ajuda!
Pelas paredes ecoa um barulho 
Vozes  
Conversas sem sentido,
Se não o próprio som 
Absurdos,
Como a batida de uma música sem ritmo 
Eu medito, reflito
Sinto a essência do Todo. 
Mas sou um poeta, um romântico,
Amante da perfeição e da beleza
Prisioneiro dos meus próprios pensamentos e desgraças
Acompanhado de demônios mais santos  que minha  própria consciência 
Protagonista de uma tragédia grega; 
O qual  último desejo é um caixão fechado, 
Que esconde um corpo podre e narcisista 
Sinto-me sujo, corrompido
Nesse mundo de desespero, ódio 
De amores desiludidos
Mas sinto a falta da cólera
Arranho a ferida, 
Surge a dor intensa, 
E a arte renasce. 


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