João Baptista de Souza Negreiros Athayde
Cadeira n° 34 - Patrono: Adriano Nogueira
|
Horas vazias,
preenchendo a alma
Horas vazias,
que não dizem nada
Horas que
passam em estranha calma
Horas parando
numa branca estrada
Pálidas luzes,
de futuro incerto
Frágeis
visões, que esmaecem tontas
Águias feridas
já sem rumo certo
Rosário escuro
desfiando as contas.
Horas
sozinhas, abismando o vácuo
Horas pesadas,
vagarosas, mortas
Horas de
cismas, mudas, frias, nuas
Singrando
inúteis pelas ruas tortas.
Depois... o
nada, como se algo houvesse
Depois... o
frio, sem haver calor
Horas exaustas
no quadrante etéreo
Versos
morrendo, sem achar amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário