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sábado, 25 de maio de 2013

O QUE FALTA É A ALEGRIA NO CORAÇÃO

                          Maria Helena Vieira Aguiar Corazza - Cadeira no3 - Patrono: Luiz de Queiroz

            Particularmente, não gosto de escrever sobre situações que preocupam prefiro as otimistas, mas, nos dias atuais, não adianta “esconder o sol com a peneira”. Tudo incerto, insano. Muita coisa errada. Muita maldade! Mundo conturbado. Dificuldade de tudo quanto é jeito. Relacionamentos deformados, principalmente os familiares, e consequentemente, os sociais de todos os tipos e tamanhos, que nem adianta mencionar. É isso aí o que anda acontecendo, infelizmente. Sociedade aos “trancos e barrancos”. Competição, concorrência e traições, e a Família “sem eira nem beira”, aos “sopapos e solavancos”, tentando sobreviver com suas emoções destruídas (uma verdadeira “gozação”!), sem rumo e sem disciplina nem autoridade, sem sinalização em seu trajeto ou limites trombando e se arrebentando em acidentes físicos ou mentais (sem contar os “espirituais”, imprescindíveis, mas tão esquecidos...), em cada segundo dos caminhos, os mais diversos.
 A palavra de ordem, porém, precisa ser: “Reação”. Dar uma “benéfica marcha à ré”, a fim de recordar, quando existiam atitudes que eram (ou foram) mais justas, sérias e sensatas que, com certeza havia, antes desse desequilíbrio mórbido, desrespeitoso, cruel e imoral, que conseguiu desarrumar e tirar tudo do lugar deixando a vida assim, exatamente descontrolada e inconsequente como está.
Tudo estaria muito bem, não fossem tanta discórdia, desmoralização, confusão e desarmonia, contrastes que colocam à prova qualquer paciência, lucidez e sossego, para se conseguir ir ao encontro de algo mágico e tão fácil de aprender e “apreender dentro de si”, que é “um pouco mais de alegria”, antes de tudo ser colocado num lugar muito precioso e seguro que é, “dentro do coração de cada ser”.
            Então, o medo de errar, de não querer se envolver a começar com tipos de sentimentos amorosos (só para dar um exemplo já que este “artigo” tem um espaço limitado), com filhos (sobretudo os adolescentes), temendo constrangê-los com cuidados dos quais nessa idade, eles tanto se esquivam, mas, necessitam. Sua natureza precisa disso! Nada de temores ao dar-lhes conselhos ou a máxima atenção, dialogar com eles sem críticas ou ofensas, ouvir suas angústias e tensões, abraçá-los uma montanha de vezes... Eles gostam disso! Aparentam ao contrário, mas no fundo torcem para serem acarinhados. Sentem-se gente, pessoas que tem quem cuidem deles e se orgulham muito, e a própria sociedade carece disso, daí estar assim tão desarvorada. O mito de não se poder demonstrar amor é o que está enfeando o mundo fazendo-o deslocado como está e acabando com os “valores” dessa mesma sociedade que se desmancha e se deteriora dia a dia pela carência de criaturas que, afastadas do amor da família, não saberão mesmo se comportar a não ser mentirosa e sacanamente como estão fazendo. Assim, a fraternidade, a solidariedade e o amor entre os homens só irão cada vez mais por água abaixo.
            Falta coragem de cada qual “cumprir sua missão”, e jamais desistir de amar enfrentando problemas que parecem não ter mais remédio ou solução. Falta força para continuar na busca da “alegria de viver” no nosso coração, neste mundo tão sofrido! Falta uma fé inabalável “Naquele” que tudo pode fazer pelos homens!
Quem sabe, porém com dedicação, conhecimento e vontade férrea, não conseguiremos um dia chegar lá?

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