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| Elda Nympha Cobra Silveira Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior |
Quando adolescente,
tinha em cima do piano a escultura em mármore de um galgo branco sendo puxado
por uma dama elegante, com os cabelos ao vento. Na minha imaginação ela estaria
numa colina olhando para o infinito à espera do cavalheiro que viria amar e
juntos iniciarem a trilha, a senda do amor, e empolgada ia dedilhando no piano
a música num crescendo dramático, o que estava na minha imaginação, tocando,
por exemplo, Bolero de Ravel ou Czardas. 
Todo esse devaneio é para falar de um galgo que encontrei
no México, na casa em que fui almoçar. A anfitriã veio abrir à porta segurando
um galgo e como na realidade nunca havia visto esse tipo de cão, fiquei
comovida e toda essa história veio à tona nos meus pensamentos. Ele era branco,
dócil e muito bonito.
Não vejo essa raça aqui em Piracicaba e fiquei sabendo que
existem corridas de galgo por toda Europa. Eles usam lebres vivas ou
artificiais, puxadas por um motor, para que os cães corram. Esses galgos são
abatidos quando não são mais aproveitáveis e também logo que nascem quando não
são aptos para a corrida.
Quando viajamos vemos muita coisa que nos chama a atenção.
Na Austrália existe outro tipo de cão que é o dingo, um cão selvagem trazido da
Ásia, muito feroz, como seu ancestral, o lobo, que é predador dos
cangurus, coalas e outros animais.
Na Turquia há um largo perto da Estação do Expresso Oriente
o trem luxuoso e famoso do livro de Agatha Christie que fazia a rota Paris a
Istambul, no qual existem muitos gatos, que são alimentados pela população e
protegidos por todos. Lá há gato Angorá Turco vindo de Angorá, que hoje se
chama Ancara, e outras raças diversas. É muito interessante vê-los tomando sol,
se espreguiçando, namorando e comendo, e mais ainda como a população que os
mantêm por terem muito carinho por eles.
Tive uma gata Angorá cheia de pose, com ares de madame.
Gostava de música clássica tocada no piano, tanto é que a chamávamos de Sinhá e
quando dava cria não amamentava os filhotes e nem cuidava deles. Nisso até
parecia com certas mulheres.
Parece que algumas pessoas mimam os animais até demais, com
certo exagero, gastando demasiado com eles. Muitas pessoas ganham à custa dos
animais, mas não cuidam deles, como acontece em certos circos. Isso me
lembra o livro “Água para Elefantes” da escritora Sara Gruen, que se
transformou em filme. Quem quiser ter um animal precisa saber tratá-lo com
carinho e dedicação, porque com certeza ele vai amar o dono sem esperar nada em
troca a não ser alimentação e carinho. Será, tenho certeza, um cão fiel.
Qualquer animal sabe mostrar afeição, exteriorizando suas emoções, seu afeto,
sua fidelidade. Até parece que há uma inversão de valores quanto ao
comportamento de muitos humanos.

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