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quinta-feira, 10 de julho de 2014

Enquanto o sono tarda

João Baptista de Souza Negreiros Athayde 
Cadeira n° 34 - Patrono: Adriano Nogueira

Gosto de poetar sem compromisso, às vezes
quando essas horas caem vagarosas, mortas
e no espaço deriva o pensamento vago
e as musas, flutuando, vêm bater à porta.

O êxtase, talvez, do verso em desalinho
O silêncio, talvez, a despertar a musa
Talvez a lembrança de um passado extinto
Uma ideia, talvez, da mente já confusa.

Não sei. Mas as estrofes simplesmente nascem
nesses momentos largos, de cismar tristonho
Vultos e castelos perpassam mudos, trêmulos
e se esvaem após, como se fossem sonho.

E as horas vão passando, vagarosas, lassas
E o cérebro fervilha no pensar sem fim
Vultos e castelos desmaiam lentamente
enquanto o sono chega...e adormeço, enfim

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