Páginas

sábado, 30 de maio de 2015

Posse da nova diretoria da Academia Piracicabana de Letras


 Felisbino de Almeida Leme

 Pianista Cecília Bellato
 Gustavo Alvim, Maria Helena Corazza, Vitor Vencovsky (presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba) e Felisbino de Almeida Leme




Gustavo Alvim já devidamente empossado com a capa e a medalha que pertenceram ao fundador da Academia João Chiarini


 A diretoria eleita e empossada: Evaldo Vicente, Valdemar Romano, Aracy Duarte Ferrari, Antonio Carlos Fusatto, Gustavo Alvim, Cassio Negri, Carmen Pilotto, Walter Naime e Elias Salum


 Maria Helena Corazza, Marisa Bueloni, Andre Bueno Oliveira e João Baptista Athayde
 Dulce Ana Fernandes, Carmen Pilotto, Cecília Bellato e Lourdinha Piedade Sodero Martins
 Leda Coletti, Cassio e Ivana Negri, Evaldo Vicente e Aracy Duarte Ferrari

 Valdiza Caprânico e Marly Perecin
 Leda Coletti, Carmen Pilotto, Marisa Bueloni, Dulce Ana Fernandes e Lourdinha Piedade Sodero Martins
 João Nassif e Walter Naime
 Vera Alvim, Valdiza Caprânico e Ivana Negri

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Minha mãe e eu

 Marisa F. Bueloni
Cadeira no 32 - Patrono: Thales Castanho de Andrade

     Minha mãe e eu temos um montão de histórias. É preciso pensar um pouco antes de contar. Já são 24 anos da sua partida e parece que foi ontem.
     Fomos uma bela dupla - minha mãe e eu. Ela se chamava Josefina e eu a provocava, querendo saber por que minha avó lhe dera um nome tão feio. Ela ria e ficava brava ao mesmo tempo. “Eu gosto do meu nome, oras”. Eu respondia rindo: “Mas eu não, dona Josefina!”.
     Ela contava que no grupo escolar era vítima da brincadeira “Josefina da perna fina”. Contudo, minha mãe tinha pernas normais e bonitas. Só Deus sabe o que aquela mulher andou e trabalhou, o bem que ela praticou na vida, as procissões, as rezas, as visitas aos parentes e doentes, o que fez neste mundo de Deus com aquelas pernas santas e laboriosas.
     Ah, mãe querida! Como na linda valsinha, se a gente pudesse começar tudo, tudo de novo! Se pudéssemos ter a chance de voltar a ser criança no seu colo tão doce. Que saudades do seu perfume suave, uma colônia que não sei onde ela comprava. Lembro-me do seu potinho de “rouge”, que hoje é o nosso “blush”. Ela gostava de um batom discretíssimo e usava um esmalte de um tom rosa esmaecido, chamado “Rosa Rei”.
Ela sabia de tudo, sabia falar e calar. Tudo na hora certa. Advertia sempre: “Em boca fechada não entra mosquito”. Minha mãe completou apenas o 4º ano primário, mas saiu da escola com um diploma preciosíssimo: a sabedoria da vida. Quanta lucidez e prudência. Não dava um passo em falso. Conhecia todos os territórios, os próprios e os que a cercavam.
     E quando ela começava a contar do seu tempo de moça na roça, morando no sítio? A gente ficava horas ouvindo na cozinha, com um bule de café e bolo de fubá quentinho. Como foi que ela conheceu meu pai, o noivado, o começo da vida de casados, os filhos pequenos.
Ah, meu Senhor da glória, eu coloquei a foto clássica do casamento dos meus pais, em branco e preto, aquela da “Foto Lacorte”, num quadro de chorar de lindo, na parede acima da cristaleira. Fiz o mesmo com a foto do casamento dos meus sogros. Estão os dois pares ali, eternizados, cheios de esperança e alegria. Afinal, haviam acabado de dar o “sim” um para o outro. E para Deus.
     Minha mãe gostava de rezar. De rezar o terço de joelhos, junto com meu pai, os dois de cabeça baixa, cheios de respeito, diante das imagens do Imaculado Coração de Maria e do Sagrado Coração de Jesus.
     Logo após o seu funeral, num estado de vigília, meio dormindo, meio acordada, de repente, subi. Subi altíssimo. Vi-me numa altura fantástica e olhava para baixo. Tudo era de um verde-escuro estranho. Eu via o rio da minha cidade, o mato das margens, carros passando lá embaixo nas ruas. Foi assustador. Eu não tinha corpo, mas eu “existia” com minha mente apenas, meu espírito. A lembrança daquela subida (seria a chamada “viagem astral”?) ainda mexe comigo.
     Josefina, minha mãe! Eternamente, Josefina! Mulher, moça, menina. Nada de perna fina. Minha mãe, tão grande e tão pequenina! A bênção, minha mãe Josefina.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Criança Grande *

Leda Coletti- Cadeira no 36
Cadeira n° 36 - Patrona: Olívia Bianco

Criança grande
com vontade de ser pequena outra vez,
voltar a sentir as delícias
das peraltices inocentes
nas árvores com galhos pendentes.

Correr descalça pelo estradão
pular e rolar no bagaceiro,
brincar de amarelinha, queimada,
fugir tremendo, assustada
de grito vindo da choça assombrada.

Sentir água na boca,
só em pensar no pé de tamarindo,
no caldo de cana a escorrer doçura,
beber leite fresquinho da vaca malhada,
com café da última torrada. 

Quem teve por amigos o joão-de-barro,
um pato branco de topete preto,
 cão vira-lata a esperar na porteira,
gato negro com olhos faiscantes
sente saudade de gestos tão acariciantes.

Criança grande
bendiz a infância distante,
um ontem, cheio de bonança,
celeiro de ricas experiências
que culminam hoje, em felizes vivências!

Poesia classificada em 1º lugar na categoria sênior (3a idade) no 14o Concurso Nacional de Poesias de Capivari

segunda-feira, 11 de maio de 2015

DESCOMPASSO

 Carmen Maria da Silva Fernandez Pilotto
Cadeira n° 19 - Patrono: Ubirajara Malagueta Lara

Teus olhos não vertem lágrimas
Opacos cortaram horizontes
Limitados pelos anteparos que definiram rotinas
Para as quais não cabem mais o meus compridos sonhos

E na secura dos teus ideais
Minha longínqua vontade de vida
Tornou-se prisioneira cativa
Pelos laços definidos como convívio

À noite, quando o sono te envolve
Me liberto do grilhão voluntário
E bailo num compasso libertário
Melodias reservadas de um coração contido!

domingo, 10 de maio de 2015

Lançamento da Revista de número 11 da APL

Realizou-se nas dependências da Associação Paulista de Medicina (Casa do Médico) o lançamento da 11a revista da Academia Piracicabana de Letras - APL

 Rosaly de Almeida Leme e Lurdinha Sodero 
Acadêmica Silvia Oliveira falando sobre seu Patrono Erotides de Campos
Carmen Pilotto e Elda Nympha Cobra
Cassio e Ivana Negri

Felisbino de Almeida Leme e Andre Bueno Oliveira
Gustavo Alvim, Maria Helena Corazza e Silvia Oliveira
Cassio Negri e Gustavo Alvim
Carmen Pilotto e Ivana Negri

Irineu Volpato e Silvia Oliveira

Elada Nympha Cobra Silveira, Andre Bueno Oliveira e Elias Salum

AMOR DE MÃE - Leda Coletti



Haverá no mundo
amor maior que o de mãe?
Sua doação
não tem limites!
Seus filhos, frutos benditos,
para ela sempre bonitos
são nascidos não só do seu ventre
mas, sobretudo do coração!
Mãe é quase ser divino,
sua vida inteira é um hino
de ternura maternal.

Com apenas três letras
como as do nosso Bom Deus
o amor de mãe agasalha,
consola, perdoa e se necessário for
dá a própria vida por seus rebentos.

Para vocês, queridas mães,
louvor eterno se eleve
da terra até o Infinito.