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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Soneto à coragem

 Marisa F. Bueloni
Cadeira no 32 - Patrono: Thales Castanho de Andrade

Na certa tudo não passou de um sonho
Enquanto a vida pareceu ventura
E em tudo quanto a mão, solene, eu ponho
Transforma-se num pouco de loucura...

Loucas as mãos, repousam, quase mansas
Na mansidão que são longos cansaços
E a vida crua - ó vida - não te cansas
De impedir o encontro dos abraços?

Se permitisses que as bocas beijassem
Tantos abraços loucos se abraçassem
Que mal, ó vida, tu cometerias?

Na certa tudo não passou de um sonho
E em tudo quanto a mão, louca, eu ponho
Na certa, vida, tu jamais porias...

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