Páginas

segunda-feira, 26 de junho de 2017

LABOR POÉTICO


Ésio Antonio Pezzato - cadeira no 31
Patrono Victorio Angelo Cobra

O Poeta trabalha, e seu duro trabalho
É visto com desdém, como um porto inseguro.
E sua inspiração mais lembra um espantalho
Feito de trapos sobre um monte de monturo.

O Poético Labor não serve de agasalho.
Ao corpo mais aquece o espírito, que é puro.
Cada rima tem brilho e o sol é como o malho
Que traz Força, Beleza e Saber sobre o escuro!

O hipócrita condena os versos do Poeta,
Mesmo assim ele, em transe, as suas rimas medra
E tudo o que ele sente em cantos interpreta.

Só o Poeta consegue em inóspita trilha
De ímpia mina tirar as lascas de atra pedra,
Dar-lhe a lapidação e deixá-la com brilho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário