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quinta-feira, 8 de novembro de 2018

INFÂNCIA


Marisa Bueloni

Minha mangueira e um viveiro de pombas
A horta verde, verde a minha idade
A minha mãe - ó tempo, como tombas
No coração o tombo da saudade

E de São Paulo chegava a madrinha
No trem de ferro apitando a hora
Toda a saudade que de mim provinha
Era a saudade que abraça e devora

A escola era um lugar tão amado
Os livros eram um sonho dourado
E a fé na vida crença verdadeira

O amor que vi quando eu era criança
Encheu-me assim desta vasta esperança
Com que vivi por minha vida inteira

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