Acadêmico da cadeira 27, tendo como patrono Salvador de Toledo Pisa, Voinho, como era conhecido pelos familiares e amigos próximos, faleceu aos 93 anos dia 23 de julho de 2019.
Era professor aposentado da ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) e escreveu 5 livros da coleção Aprendendo com o Voinho, várias publicações na Enciclopédia Agrícola Brasileira, verbetes variados e participação em coletâneas.
BLOG DO VOINHO
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segunda-feira, 29 de julho de 2019
quarta-feira, 17 de julho de 2019
Minas Gerais
(Foto Guia Turismo Brasil)
Luciano Martins Verdade
Um lugar cheio de montanhas não deveria
se chamar Minas Gerais. Minas são a desconstrução das montanhas, primeiro
cavando buracos cada vez mais profundos à procura de ouro, depois retirando a
rocha – e consequentemente – o solo, a flora e a fauna, em busca do ferro que enlata
o automóvel, o trem, o avião e o navio e quem vai dentro deles, cada vez mais
como sardinhas.
Montanhas são obras primas da natureza,
mas são apenas matérias-primas para as mineradoras. E a lógica que determina a
logística de seu uso é a do uso à exaustão e sucessiva substituição por outro recurso,
otimizando assim procedimentos industriais como extração, processamento e expedição.
O problema é que, no caso das mineradoras, o principal produto é a rocha, que
dá origem ao solo, que suporta a flora, que alimenta a fauna, que se realimenta
antes de retornar ao solo e um dia à própria rocha. Assim montanhas são
reduzidas à lama toxica, esvaziando a paisagem e a história.
Mineradoras não geram riquezas. Elas roubam
riquezas de lugares cheios de montanhas. O ouro que saiu de Minas enriqueceu São
Paulo, Portugal, depois a Inglaterra e, por fim, os Estados Unidos. É a sua
parte nesse ouro que mineiras do vale do Jequitinhonha vão buscar nas casas das
madames paulistas como empregadas domésticas. É atrás de sua parte nesse ouro
que os incautos mineiros de Governador Valadares vão quando tentam entrar como
imigrantes ilegais nos Estados Unidos. O irônico é que lá esse ouro foi
recolocado num buraco ainda mais impenetrável que nas minas de Minas.
Minas deveria se chamar apenas Gerais ou
Serras Gerais. Ou Montanha, como fizeram os americanos com seu estado, mas acho
que isso não soa tão bem em português quanto no espanhol importado pelos norte-americanos
anglo-fônicos. Minas também poderia se chamar São Francisco, seu rio mais
importante, e que nasce em suas montanhas.
Chamasse como chamasse Minas deveria
honrar suas montanhas e mantê-las íntegras com seu solo, sua flora, sua fauna,
sua história natural e sua história humana. Chamasse como chamasse Minas
deveria manter sua riqueza e não se deixar destruir pela ganância de quem é
capaz até mesmo de devorar suas montanhas e seu solo, sua flora, sua fauna, sua
história natural e humana.
terça-feira, 9 de julho de 2019
Lançamento da Revista da Academia de número 17
Nas dependências do Instituto Beatriz Algodoal, numa animada festa junina, reuniram-se os acadêmicos para confraternização e lançamento da Revista
sexta-feira, 5 de julho de 2019
Condecoração do acadêmico Armando Alexandre dos Santos
Armando Alexandre dos Santos com a escritora Ana Maria Martins
Foto com Ignácio de Loyola Brandão e o casal Zuza e Maria Ercilia Homem de Mello
O acadêmico da APL Armando Alexandre dos Santos, autor de 43 livros, recebeu o "Colar Guilherme de Almeida" em cerimônia no Salão Nobre Presidente João Brasil Vita em São Paulo, honraria outorgada aos que se destacam na área de Literatura e Cultura. Ele é paulistano, mas reside em Piracicaba há 14 anos. Licenciado em História e Filosofia, pós graduado em Docência do Ensino Superior e História Militar. Doutor na área de Filosofia e Letras pela Universidade de Alicante, na Espanha.