Páginas

segunda-feira, 6 de abril de 2020

A MENINA QUE FUI



Carmelina Toledo Piza

O fazer arte traz à memória
Paixões do rodopiar das danças
Num novo caminho que
Permite voar com as lembranças.

O fazer arte é descobrir o imperceptível
Na busca da criança interior
No cheiro de café da casa da vó
Coado no pano de um coador.

A menina que fui
Na dúvida
Na coragem
Na angústia da vida.

O fazer arte é escrever
É cortar e recortar
Na luta da intuição e na
Busca do divino cantar.

No estranhamento comigo
Mostro o simbólico
Na raiva, no louco e no silêncio
Do vento eólico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário