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domingo, 12 de novembro de 2023

A paz na dualidade do mundo

            Bianca Rosenthal

Segundo a Psicanálise, a dualidade é a ideia de forças opostas em um mesmo objeto. Na filosofia, o dualismo postula dois princípios supremos antagônicos. Vivemos num mundo dual, mas a paz depende de nosso mundo interior.

Se existe o duro é porque também existe o mole. Se existe o pesado é porque também existe o leve, e assim por diante. O mundo é antagônico. Vivemos num mundo dual. Mas, então, como encontrar a paz num mundo assim?

A paz está nas pequenas coisas, na harmonia e equilíbrio. O mundo terá adversidades, mas podemos fazer poesia no caos e extrair lições. A calma orienta, o desespero engessa.

Às vezes nos sentimos num labirinto. Se tivermos paciência e bom humor, certamente teremos melhores condições de encontrar a saída.

O choque de lucidez em meio aos pensadores perturbadores faz grande diferença. A gestão da emoção nos capacita.

Quais os méritos que teríamos se fôssemos pacíficos em um mundo já totalmente pacificado? A condição de paz viria do ambiente, não de mérito próprio. Da mesma forma, devemos ser honestos em um mundo onde nem todos o são, devemos ser humanitários e generosos, em um mundo onde nem todos o são. Devemos ser luz na escuridão. Nas palavras de Alexandre Basileis: "A dualidade existe para que possamos tomar decisões onde há opções. O ato de decidir sem que tenha as opções, seria uma vida robótica e vazia. Por conta disso, precisamos escutar as duas verdades; conhecer os dois caminhos; saber a diferença dos fatos e então tomar a decisão sabendo ponderar sobre os fatos concretos e optar pelo que melhor nos clareou”.

O que lhe parece correto? Pense, duvide, critique, decida. Devemos ser pacíficos e procurar a paz dentro de nós, num mundo no qual há guerras e injustiças. Se existe guerra, também existe paz. O mundo é dual. O importante é a nossa escolha de cada dia.

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