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terça-feira, 7 de agosto de 2012

PIRACICABA, TERRA DO MEU AMOR

Maria Helena Vieira Aguiar Corazza
Cadeira n° 3 - Patrono: Luiz de Queiroz      
            Mais um ano de existência, Piracicaba (duzentos e quarenta e cinco para ser mais exata...), terra dos meus sonhos, dos meus grandes amores e dos encantadores descobrimentos da minha vida (e dos tristes também...).  Mais um ano para enaltecer e abençoar ser sua filha e acordar todas as manhãs sob seu céu de um azul infinito e de seu sol dourado pintando os telhados que vislumbro ao abrir minha janela, que me extasiam sem me cansar uma vez sequer dando-me a certeza que aqui nasci para cada dia a mais em minha vida, me deslumbrar com a riqueza desta terra “cheia de flores, de encantos, de prados, de campos, montes e horizontes,” a se esparramarem em cada canto, em cada esquina, em cada lugar, do centro ao arrabalde, dos bairros, os mais modestos aos mais abastados, com tanta gente batalhando quer nas alegrias como nas adversidades, a magnitude que traz este ar contagiante e impregnado de tanta ternura e de tantas emoções que minha terra natal possui!
            Tudo em minha terra me dá a certeza, que mesmo neste tempo de grandes distúrbios e amarguras pelos qual o mundo passa jamais os colocarei acima do que sinto por ela, (pois é impossível deletar seu passado glorioso), as tristezas que magoam o meu cotidiano, como a violência, as lagrimas, os sofrimentos e as tragédias que teimam diariamente em querer estragar a grande sorte de ter nascido aqui, mesmo confessando que a vida assim como está anda me amedrontando e amedrontando seus habitantes, nos inesperados infortúnios que a maldade de tantos infelizes e “doentes de desamor” derramam a cada instante, sem nexo nem por que. Minha Piracicaba tão linda e tão pródiga em suas belezas me faz recusar (sem poder ignorar, porém), cada notícia desalmada, cada gesto inconseqüente, cada atitude tresloucada, cada agressão desmesurada espalhados nos mais diversos lugares deste planeta tão sofrido, para que eles não me distraiam da grande graça que recebi de Deus de estar aqui, eu que a conheço desde antigamente com suas ruas de pó, ao paralelepípedo e ao asfalto, depois às avenidas, as construções arrojadas e as pontes, seu transito pacato de antes, ao absurdo atravancamento do “rush” de agora, quando ansiamos voltar para nossos lares, nossas casas, famílias que construímos aqui torcendo e rezando para que retornem ilesos e saudáveis após mais um dia de trabalho.
            E, meu rio então? Como não amar suas paisagens pintadas do verde das vegetações por onde ele passa cantando como um amante apaixonado e incansável deixando em suas margens as marcas do tempo que não pára, mas que ele não se deixa deter em seu rumo, no propósito de continuar seu curso predestinado e majestoso...
            Mais um ano de existência Piracicaba, minha terra adorada que acolhe um povo que acredita num futuro repleto de esperanças realizáveis, uma terra abençoada que aconchega e se orgulha de seus escritores e poetas que escrevem a sua história e a declamam, os pintores que a retratam, os músicos que a compõem e as vozes que a cantam, dos trabalhadores incansáveis, responsáveis pelo seu progresso, aos que se dedicam a ensinar, apesar de tão injustiçados, aos que desejam aprender para se aprimorar e engrandecer o amanhã, dos batalhadores que lutam pelas causas sociais tão carentes, necessitadas, sofridas e desajustadas...  Essa gente que passa por mim todos os dias e que eu respeito amo e admiro... Tanto a declarar e a testemunhar, tanto a torcer, orar e desejar melhorar sempre! Terra dos meus sonhos e dos meus ideais, da minha trajetória, dos meus amores e dos meus ais... Parabéns por mais este aniversário, minha amada e linda Piracicaba, terra do meu amor! 

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