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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Não teça conjecturas antes do diálogo, pois o resultado pode ser desastroso


Rosaly Aparecida Curiacos de Almeida Leme
Cadeira n° 7 - Patrono: Helly de Campos Melges
 

Vou aqui reescrever uma história ou estória que ouvi há muitos anos,desconheço o autor mas sei que é de domínio público pois me passada oralmente deste a minha longínqua infância.                     

Um motorista levou seu carro para lavar, por algum problema qualquer o lavador do carro não voltou ao porta-malas o macaco.

Sem se dar conta deste fato o motorista viaja por uma estrada rural.

Já tarde da noite, fura um pneu. Quando o motorista vai trocar o pneu não encontra o macaco. Nervoso, preocupado, sem saber o que fazer olha e vê ao longe uma casa com as luzes acessas e um caminhão na porta, então pensa:

_ Bom, se a luz está acessa, provavelmente os moradores ainda estão acordados, se há caminhão, há macaco.  Vou até lá e peço emprestado o macaco.

Assim pensando pôs-se a caminhar até chegar a casa, mas durante o trajeto foi fazendo as conjecturas e dialogando mentalmente com o morador:

_ Por favor, meu senhor, pode me emprestar um macaco?

_ Como? O senhor sabe que horas são? Vem nos acordar para pedir um macaco emprestado?

_ Desculpe-me senhor, é que estou sem macaco na estrada com um pneu furado e eu vi a luz acessa achei que o senhor estava acordado, e vi também o caminhão na porta e tive certeza que teria um macaco para me emprestar.

_ Que irresponsável é o senhor, sai na estrada à noite sem macaco, precisa planejar melhor sua vida...

_ Não é, sabe, é que levei o carro para lavar e não voltaram o meu macaco para o porta-malas.

A essa altura dos acontecimentos ele havia chegado à porta da residência e batendo na porta foi atendido por um senhor simples que lhe disse:

_ Boa noite, quem é, o que deseja?

Com a cabeça fervendo com conjecturas desastrosas, o motorista responde:

_ Enfie o seu macaco onde você quiser...”

Às vezes fazemos isso com as pessoas em geral e especialmente com os educandos.

Aprender a ouvir, ouvir as pessoas, especialmente ouvir os educandos é o caminho mais curto para compreensão, para o diálogo e para o entendimento,  percorrendo mais rapidamente o longo caminho entre a teoria e a prática.

Riquezas contidas na mente de um educador responsável como:entusiasmo, amor, alegria, paz, compromisso, união, ação, respeito precisam ser trabalhadas...

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