Nos filmes de terror os fantasmas são
verdadeiros protagonistas, e sua permanência entre nós é tão normal, que os
londrinos inventaram fantasmas notáveis, nos castelos tidos como assombrados,
que perturbam e instigam a imaginação fértil de milhares de pessoas de todo o
mundo. Apesar disso, tais castelos faturam fortunas todos os anos, por causa
dos seus fantasmas e das histórias que contam sobre eles.
Não deixa de ser uma curiosidade,
afinal, o viver seria insosso se não estivesse salpicado de fatos pitorescos e
intrigantes. É bom deixar a seriedade dos compromissos e dar uma relaxada
abrindo espaço para falar sobre duendes, fantasias e fantasmas. Há alguns causos bem divertidos e envolventes que
nos fazem rir à vontade, mas alguns são tão verossímeis que chegam a
amedrontar.
Eu nunca tive o prazer, ou o desprazer,
de ver um fantasma, mas algumas pessoas, a maioria delas já de idade avançada e
pouca escolaridade, são convictas e afirmam ter visto almas penadas que se
encontram em outro plano e vêm para o nosso mundo para terminarem o que devem
fazer: alguma coisa que foi interrompida por causa da morte da pessoa. Eu não
acredito, mas respeito e acho interessante o pensamento dessas pessoas.
Na verdade, desde crianças todos nós
temos lembranças de vários causos
sobre fantasmas. Para mim um deles ficou gravado em minha memória e relembro
com frequência. Dois estudantes gaiatos corriam e dançavam por entre as lápides
de um cemitério, até que encontraram um coqueiro, bem perto do muro, e com uma
vara tentavam apanhar os coquinhos amarelinhos, quando alguns frutos caíram na
rua bem em cima de dois bêbados que cochilavam na calçada… Um dos rapazes
gritou: “Pega, pega, os que estão lá fora”.
Nesse momento noturno, intenso e escuro,
sem lua e estrelas, os dois bêbados ouviram a conversa. Sem perceber a presença
física de alguém, apenas ouvindo o som forte de vozes, entenderam, de súbito,
que alguém viria pegá-los, já que eles estavam do lado de fora. Assustados,
precipitaram uma corrida intensa sem destino, perdendo o retorno às suas casas
e deixando de fazer aquele trajeto por muito tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário