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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Eleições na APL

 Maria Helena Corazza passando o cargo para Gustavo Alvim
Silvia Oliveira, Aracy Duarte Ferrari e João Baptista Athayde
 Maria Helena Corazza, Rosaly Curiacos de Almeida Leme, Marly Germano Perecin e Silvia Oliveira
Cassio e Ivana Negri
 Leda Coletti, Evaldo Vicente, Gustavo Alvim, André Bueno Oliveira, Waldemar Romano, Rosaly de Almeida Leme, Cassio Negri e Silvia Oliveira
Ivana Negri, Elda Cobra Silveira e Silvia Oliveira

A nova diretoria da Academia Piracicabana de Letras eleita na última quarta-feira na sede da Sociedade Sírio-Libanesa  ficou assim constituída:

Presidente – Gustavo Jacques Alvim
Vice-Presidente – Cássio Camilo Almeida de Negri
Primeiro Secretário – Carmen Maria da Silva Fernandes Pilotto
Segundo Secretário – Evaldo Vicente
Primeiro Tesoureiro
Antônio Carlos Fusatto
Segundo Tesoureiro
Waldemar Romano
Bibliotecária – Aracy Duarte Ferrari
Conselho Fiscal
Valter Naime
Elias Salum
Cezário de Campos Ferrari

domingo, 26 de abril de 2015

Eleição na APL


Pedimos a todos os acadêmicos que compareçam nas dependências da Sociedade Sírio-Libanesa, na rua Governador,1045 para eleger a nova diretoria da Academia Piracicabana de Letras
Data: 29 de Abril de 2015
Horário: das 15h às 18h

sexta-feira, 24 de abril de 2015

IDADE

 Marisa F. Bueloni
Cadeira no 32 - Patrono: Thales Castanho de Andrade

Você me lembra
os anos sessenta
a juventude saindo pelos poros
a vida e seu futuro

Você me reporta
ao sonho do passado
à calça boca de sino
e um colar de couro

Você me inspira
a lua mais bela
a noite sem medos
e a canção infinita

John Lennon existia
o mundo trepidava
– Do you wanna dance?

E num baile
cuba-libre
éramos livres
para praticar a esperança

Você me tomou
em seus braços
e éramos feitos
da mesma matéria dos sonhos

Matéria frágil
– este lado virado para cima
– cuidado!

Soltei sua mão
e me perdi pelo salão

Eu queria
plantar uma árvore
escrever um livro
ter um filho

A árvore não vingou
meu livro encalhou por aí
– só as filhas brilham

Envelheci na cidade
– feliz aniversário para mim
que já não tenho idade






terça-feira, 21 de abril de 2015

O VENTO


Elda Nympha Cobra Silveira.

O vento veio soprando
E levou meu xale branco
Foi levando bem pra longe
Das campinas

Ele era tão bonito!
Foi comprado no Egito,
Da terra dos faraós.
Tinha cheiro de cravo
De canela e gergelim
Com textura de gaze e seda
 Nas tramas do tecido,
 Ia junto minha saudade.

Cobria meus cabelos
Dos ventos do Oriente,
Dos escaldantes desertos.
Sonhei com uma vida:
Era a rainha, a preferida,
Envolta em aromas de almíscar
De mirra, de sândalo e jasmim.
 E o Faraó junto de mim!

quinta-feira, 16 de abril de 2015

AS ÁRVORES

Elda Nympha Cobra Silveira
Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior  

Se pudéssemos ouvir as árvores o que será que elas falariam? No raiar da aurora as luzes do sol filtrando-se nos galhos, em variados tons de verde, marrom e outras nuances de prata e dourado, insistiam em se tornar presentes, e  iam vestindo os troncos  das árvores como se fossem bordados com miçangas e lantejoulas, matizando seus galhos desnudos para a chegada dos animaizinhos, que vinham se  aconchegar  no alto da sua copa, depois de uma noite de sono.
Com seu canto os pássaros recepcionavam a aurora que chegava de mansinho. Animais da mata roçavam seus corpos nos troncos das árvores fazendo carinho e recebendo toda energia contida na natureza.
As árvores ficavam estáticas, mas exalavam o perfume de suas flores e os frutos, adocicados e suculentos, e alimentavam a todos os animais.
Quando o sol, passeando pela mata, ficou a pino todos procuravam as sombras benfazejas do arvoredo. Se chovesse ou ventasse a copa servia de guarida contra as intempéries. Se apareciam predadores, de imediato, escalavam o tronco  e se escondiam na ramaria, olhando de soslaio o inimigo iminente. E o dia sempre presente foi passando até chegar a hora noturna para todos que nidificaram e saíram buscando alimentos para seus filhotes, e que voltavam,  à procura de seus ninhos, e também todos que vinham para descansar no regaço dos braços das árvores amigas.
A temperatura foi declinando e despertando em todos a necessidade de um abrigo. Nos galhos os passarinhos se encolhiam escondendo suas cabecinhas nas asas e os casais aos pares dormiam agarradinhos. A araponga com seu canto estridente emudeceu. A coruja vigiava tudo com seus olhos arregalados e tudo foi silenciando aos poucos, parecendo um lugar desabitado. O orvalho foi caindo e umedecendo as folhas e cada vez mais todo o ambiente esfriava. Ele também queria fazer parte daquela reunião e foi se estendendo por toda a mata aspergindo gota a gota ao salpicar sua garoa.
A lua foi penetrando nas árvores junto com a aragem murmurante, parecendo que embalava em uníssono a ramaria, clareando meigamente nesse lusco-fusco essa dormida. Naquele lugar só existia a paz! A paz que a natureza sabe ter e os homens não sabem. Somos permeados com a natureza, porque fazemos parte  dela, mas nossos atos deixam muito a desejar, quando o ego impera!
 Termino assimilando o exemplo que as árvores querem nos dizer: Fazer o bem, sem olhar a quem, e sentir essa paz.


sábado, 11 de abril de 2015

Lançamento do livro "E a Vida Passa..." da acadêmica Elda Nympha Cobra Silveira

 Cercada de amigos, familiares e admiradores, Elda Nympha autografou seu livro de crônicas numa noite memorável de flores, abraços e emoções



































quarta-feira, 8 de abril de 2015

A Páscoa da Vida

 Acadêmica Myria Machado Botelho
Cadeira n° 24 - Patrona: Maria Cecília Machado Bonachella
            Há dois mil anos o sol acordou cedo em Jerusalém e havia um movimento desusado,uma sensação esquisita de algo incompleto que carregava as expressões de uns e de outros.  Os acontecimentos terríveis da semana saíram do usual, e cercados de fatos reais e sobrenaturais trouxeram para todos que os  presenciaram, ou souberam do drama pungente, um misto de perplexidade, uma sensação de que algo muito grande ainda estava por vir, e a tragédia ainda não fora arrematada. 
            Muitos se recordavam do homem humilde, montado num jumento que há poucos dias fora aclamado por uma multidão em Jerusalém e recebido como Rei e Filho de Davi. Não foram poucos os que traziam, cravado nas retinas e nos corações, aquele olhar profundo e inesquecível provindo de um nazareno extremamente belo, de túnica muito branca... Seu olhar devassador mais parecia enxergar lá dentro da própria alma e descobrir anseios, sofrimentos e traições!
            Fatos incomuns acompanhavam aquele peregrino de toda a Judéia, a Samaria e a Galiléia: curas e feitos maravilhosos,  palavras sábias e iluminadas   provindas do céu! Eram histórias e parábolas belíssimas que continham o fogo da verdade e da confiança, palavras que consolavam, remediavam, perdoavam, e asseguravam um mundo melhor e uma vida mais além... onde  não havia sofrimentos...Palavras que traziam para os corações o sentido da vida, a dignidade e o respeito merecidos por todos, filhos de um mesmo Deus e irmãos entre si mesmos.      
            Naquela manhã, o aspecto da cidade se transformara: os gritos dos almocreves repercutiam mais brandos e as bestas vindas das fontes, carregadas de odres, batiam seus cascos nas pedras, mais compassadas dentro do cenário natural. Os pássaros e as borboletas caprichavam em seus trinados e revoluteios, confundindo-se com as flores que se abriam exalando aromas suaves... os rebanhos uniformes  espargiam seus balidos pelos ares em intensa harmonia...  As crianças, de cabelos dourados e olhos tranqüilos, brincavam mais alegres e serenas... todos estes sabiam, com certeza deviam saber!..
            Entre os adultos e os mais esclarecidos, porém, quanta confusão e quanta dor! Um homem bom e justo fora crucificado de forma brutal! Um homem que pelo amor se doara havia morrido... O mundo se esvaziara, perdera seu motivo, e a sensação de orfandade prevalecia ...
            Por toda parte, dentro e fora dos muros de Jerusalém, uma estupefação, misto de inconformismo, remorso e descontentamento da parte dos protagonistas daquele drama;os mais numerosos,porém,  os pobres, os doentes, os operários, as viúvas, as mulheres pecadoras e as virtuosas, choravam a ausência daquele Jesus das bênçãos, das consolações, das promessas, das bem-aventuranças, do pão que saciava a fome, do peito que abrigava, do perdão que aliviava, dos mortos que voltaram à vida- Lázaro, o filho da viúva,e a filha do centurião!  Suas lágrimas e seus gemidos misturavam-se à saudade e à lamentação!
            Outros, contudo, ainda o temiam.  Ele prometera voltar. E completavam a comédia de seus atos, guardando seu túmulo com escoltas. Tinham medo de um cadáver!
            Mas o sol viera mais cedo naquele domingo e no jardim de José de Arimatéia havia prelúdios de hosanas. Tudo ali era mais belo, rodeado pelos sons orquestrados da natureza em festa, das flores e das árvores farfalhantes, e do firmamento esbanjando pelas frestas da vegetação tonalidades de ouro, de azul e de rosa- iluminuras cintilantes incidindo sobre aquele sepulcro envolvido de paz e de silêncio!..
 Súbito, em meio a esta harmonia, ouviu-se um estrondo que repercutiu muito longe, ecoando pelas quebradas dos montes... Uma grande pedra fora removida...

            Um acontecimento extraordinário fechava aquele ciclo que já não era o da desesperança e do desespero... Aquela semana de tantos acontecimentos extraordinários resgatava uma inominável injustiça e selava o compromisso de um Deus! Ele prometera voltar ressuscitado após o terceiro dia e cumpria sua promessa. Uma promessa que trouxe aos cristãos- de ontem, de hoje e de amanhã- a certeza de que não estamos sós; a grande esperança de que um dia , nós também, na Páscoa da Vida, O veremos face a face, na morada prometida aos justos e bons, todos aqueles que, guardando sua Palavra e seguindo seus ensinamentos, mantiverem acesa a centelha de seu divino Amor!

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Convite - lançamento do livro da Acadêmica Elda Nympha Cobra Silveira


Elda Nympha Cobra Silveira
Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior