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segunda-feira, 13 de junho de 2022

Mundo louco



                                    Leda Coletti

Que mundo louco estamos vivenciando! Talvez muitas pessoas estranhem estas minhas palavras, mas, a maioria que passou das sete  décadas de existência  entenderá com certeza.
As mudanças tecnológicas avançando com muita rapidez nos  levam a esta conclusão. Ficamos em algumas ocasiões confusos e até resistentes às mudanças frequentes.
No tempo de nossos avós ( primeiras décadas do século passado) as invenções demoravam a acontecer. Lembro-me do nono ouvindo o rádio e comentando com seus filhos que achava aquilo um invento muito ousado e moderno. Fico a imaginar qual seria sua reação diante das novidades atuais, pois não chegou a conhecer nem mesmo o aparelho de televisão com imagens pretas e brancas.
Quando nós idosos aceitamos alguns recursos tecnológicos e tentamos pô-los em prática, sentimos a dificuldade de acompanhar com rapidez e precisão as mudanças, pois rapidamente esses recursos computadorizados são descartados, para darem lugar a outros mais equipados e modernos.
Nas médias e grandes indústrias os robôs estão sendo priorizados, a tal ponto que tornaram os homens subalternos a eles. Dias atrás, fazendo fisioterapia, numa sala onde havia várias mulheres, a mais nova que lá se encontrava (deveria estar perto dos 30 anos) estava se submetendo ao tratamento de braços e mãos, em decorrência de exercícios rápidos e repetitivos de seu trabalho numa indústria automobilística. Fiquei surpresa ao saber que estes eram contínuos, para poder abastecer o robô com material no tempo devido, o qual tem movimentos sincronizados e executa o trabalho principal. No caso tratava-se da tintura de carros.
Ao mesmo   tempo que reconhecemos o valor da tecnologia, ficamos em conflito quando as mudanças acontecem nos planos morais, espirituais, sociais e geram violência, marginalização de pessoas e muitos problemas sociais.
E para não complicarmos mais e nos acharmos atordoados, paremos por aqui este papo, porque senão, como se diz na gíria popular “ a cuca funde”.


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