Páginas

sexta-feira, 27 de maio de 2022

O dia vai... a noite vem...

 



                                                           Leda Coletti


As aves são ornamentos

da nossa mãe natureza,

encantam, são acalentos,

no mundo espalham beleza.

 

Anunciando o alvorecer

todas desejam bom dia,

demonstrando bem querer

almejando só alegria.

 

O sanhaço tece o ninho

sabiá canta, gorjeia,

pica-pau rei pica o pinho,

marreca n’água é sereia.

 

Canário está na paineira,

pombo do mato a chorar

por causa da companheira,

que partiu sem avisar.

 

Tico-tico mui bondoso

choca os ovos do chupim,

que folgado e preguiçoso

age errado, sempre assim.

 

Pássaro preto habita

o oco dos coqueirais

e, com a brisa se agita

emite sons celestiais,

 

 Num galho lá da figueira

João de barro fez morada,

toma conta da parceira

teme que seja roubada.

 

Há perigo na campina

o bem-te-vi anuncia

tem gavião belo, o rapina

oculto, lá do alto espia.

 

Tuiuiú, mais colhereiro

são aves do Pantanal,

no Tanquã hospitaleiro  

revivem berço natal.

 

Junto ao rio Piracicaba

há garças brancas nas margens

e, essa migração só acaba

quando as cheias são miragens.

 

“Noiva da Colina” abriga

verdadeiro relicário,

é refúgio, amparo, amiga

das aves, um santuário.

 

As araras e tucanos

colorem nossos torrões,

estão ficando urbanos

visitando os quarteirões.

 

Barulhentas maritacas,

aves com sons estridentes

parecidos com matracas,

se fazem sempre presentes.

 

À tarde tem revoada

das andorinhas,  pardais,

que aos bandos em disparada

pousam em áreas centrais.

 

No canto lá da porteira

a coruja é sentinela

da madrugada altaneira

com luar, que a faz tão bela!

 

No silêncio repousante

a natureza adormece.

Na pausa gratificante

 o mundo inteiro emudece.


 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário