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Cecílio
Elias Netto
Histórico
Profissional e Artístico
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v. julho/2025
Nascido em Piracicaba/SP, em 24 de junho de 1940,
Cecílio Elias Netto é jornalista, escritor e bacharel em Direito. Aos 85 anos, ele
alcança, em 2025, 60 anos de atuação em Literatura – com cerca de 30 livros
publicados. No próximo ano (2026), serão 70 de Jornalismo. E seja como
jornalista ou escritor – ainda em atividade – seu foco tem sido a preservação e
a difusão da história e memória de Piracicaba e região.
ICEN – Instituto Cecílio Elias Netto
Ao longo de sua trajetória de vida, Cecílio tem
reunido um significativo Acervo –fotos, negativos, desenhos, quadros,
documentos, jornais, revistas e livros; paralelamente ao conteúdo produzido por
ele próprio. Este material abrange um período cronológico que se estende do
século IXX aos dias atuais. E tornou-se fonte de referência sobre a história de
Piracicaba.
A preservação e o acesso público a este Acervo foi
o estímulo para a constituição do instituto sem fins lucrativos que carrega o
seu nome. O ICEN – Instituto Cecílio Elias Netto foi criado por iniciativa de
amigos e familiares do jornalista. Completando 10 anos em 2025, seus projetos têm sido norteados pelo intuito de resgatar, preservar,
cultivar e propagar o patrimônio histórico-cultural e socioambiental de
Piracicaba e região.
O ICEN atua por meio da edição de
livros, produção de eventos e se prepara, agora, para a constituição de seu Centro
de Memória.
Mais sobre o Instituto: www.icen.org.br
Literatura,
Teatro e Patrimônio Imaterial
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Cecílio tem cerca de 30 livros publicados, entre os
mais recentes: “Bom Dia – Crônicas do autoexílio e da prisão”; trilogia sobre a
cidade (“Piracicaba que amamos tanto”, “Piracicaba, um rio que passou em nossa
vida”, “Piracicaba, a doçura da terra”); “Piracicaba, a Florença Brasileira”;
“100 anos da imigração japonesa em Piracicaba”; “Rua do Porto – Pia Batismal de
um Povo”.
Além dos livros mais atuais, o jornalista tem
outras obras que contribuíram para o fortalecimento da memória regional, como:
“Bagaços da Cana” – romance de 1978, retratando a vida de trabalhadores no
cultivo da cana-de-açúcar na região; “Almanaque 2000 – Memorial de Piracicaba
Século XX” – que recebeu o prêmio “Clio da História”, da Academia Paulistana de
História (SP – 2002)”; “Piracicaba Política – A História que eu sei 1942/1992”;
entre outros.
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Algumas das obras
publicadas pelo
escritor e jornalista
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Anexo - relação dos livros publicados
Cecílio também escreveu para teatro, tendo recebido
o “Prêmio Oswald de Andrade de Dramaturgia”, da Secretaria de Cultura do Estado
de São Paulo (1990).
Dialeto e sotaque caipiracicabanos - patrimônio
imaterial
O conjunto das obras do escritor e jornalista
também abriga o “Dicionário do Dialeto Caipiracicabano – Arco, Tarco e Verva”
(com seis edições revistas e ampliadas). Foi a partir deste trabalho que
Cecílio liderou o movimento cultural que culminou no reconhecimento oficial do
“Dialeto e Sotaque Piracicabanos como Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial
da cidade de Piracicaba” – Decreto no 16.766, da Prefeitura Municipal, de 25 de
agosto de 2016.
O pedido de registro partiu do Instituto Cecílio
Elias Netto (ICEN), que – unido ao Instituto Histórico e Geográfico de
Piracicaba (IHGP), à Associação Piracicabana de Artistas Plásticos (APAP) e à
Academia Piracicabana de Letras (APL) – requereu o reconhecimento junto ao
Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba (CODEPAC).
Seu “Dicionário Caipiracicabano”
foi uma das fontes de referência para este processo.
O
decreto 16.766 foi assinado pelo prefeito municipal em 25 de agosto de 2016.
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Na
solenidade de assinatura do decreto, o jornalista e escritor lançou a 6ª
edição de seu “Dicionário do Dialeto Caipiracicabano”.
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Participação em instituições
Cecílio já foi membro da UBE – União Brasileira de
Escritores (secção São Paulo, inscrição de 1960) e da antiga APL – Academia
Piracicabana de Letras (certificado de ocupante da cadeira no 11 -
Patrono Jorge Amado, de março/1972). É membro honorário da atual APL (a partir
de julho/2025).
Ele também é sócio titular do IHGP – Instituto
Histórico e Geográfico de Piracicaba desde 1993 e sócio benemérito desde 2002.
No jornalismo, Cecílio iniciou-se aos 16 anos, como
auxiliar de revisão do “Jornal de Piracicaba” (1956); já em 1957, na mesma
função, trabalhou no “Diário de Piracicaba” – onde, na sequência, atuou na
redação no período de 1957 a 1961. Paralelamente, entre 1959 e 1961, também foi
cronista da revista piracicabana “Mirante”.
Aos 21 anos, assumiu a direção do jornal “Folha de
Piracicaba” (1961/67). Nos anos de 1967 e 68, criou e dirigiu a Revista
“Piracema”. Em 1968, retornou a “O Diário”, então, como diretor – assim
permanecendo até 1982 e, mais adiante, no período de 1989 e 1990.
A longa trajetória de Cecílio no jornalismo também
passa por:
- Diretor
da revista “Confronto”, de Rio Claro (1976/1979);
- Redator
do jornal “Internews”, de São Paulo (1978);
- Editor
do “Jornal de Portugal”, de São Paulo (1978/79);
- Editor
da Agência de Notícias CBI, de São Paulo (1978/1982);
- Editor
do “Diário de Limeira” (1980);
- No
“Jornal de Piracicaba” foi: articulista (1983/84), membro do Conselho Editorial
(2003/2006), cronista (2002/2006 e atualmente);
- Editor
do jornal “Valeparaibano”, de São José dos Campos (1986);
- Cronista
do jornal “A Tribuna Piracicabana” (1992/2002 e atualmente);
No “Correio Popular”, de
Campinas, Cecílio foi editor especial (1987), onde desenvolveu série de
entrevistas com personagens da vida pública nacional. Levantando o testemunho
pessoal, em paralelo ao profissional, o jornalista buscou uma perspectiva mais ampla
de figuras como:
O ilustre físico brasileiro
César Lattes; o ex-reitor da Unicamp, linguista e poeta Carlos Vogt; o cardeal
Agnelo Rossi, considerado, à época, o
principal expoente da Igreja Católica no Brasil; o criador da TV Cultura e da
EPTV, José Bonifácio Coutinho Nogueira; a jogadora de basquete Magic Paula,
considerada uma das melhores em seu meio; o poeta amazonense Thiago de Mello,
reconhecido como um dos ícones da literatura brasileira; a cantora e
compositora Celly Campelo, considerada a precursora do rock no Brasil; entre
tantos outros.
Ainda
no “Correio Popular”, ele foi cronista no período de 1991 a 2015.
O jornalista e escritor acumula participação em
inúmeras outras publicações, juntamente com milhares de contos, crônicas e
ensaios em jornais e revistas paulistas. Destaque para a série de crônicas
diárias, “Bom Dia, Leitor”, que percorreu 50 anos sendo publicada em diferentes
veículos de comunicação.
Cecílio foi vice-presidente da ADJORI – Associação
dos Jornais do Interior de São Paulo (1980-1982); e membro eleito da Academia
Paulista de Jornalismo (Cadeira nº 40, de Leo Vaz, 2005).
“A Província”
Em Piracicaba, Cecílio ainda criou e
dirigiu o semanário impresso “A Província” (1987/1999). O
objetivo era fazer a cobertura jornalística local – mas com foco na valorização
e difusão da história e memória da cidade.
Num
projeto ousado e inovador, o jornal tinha uma linguagem moderna à época, que
também recorreu ao humor, emoldurada por uma identidade visual inspirada no
estilo da art nouveau dos anos 1920.
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O semanário impresso
“AProvíncia” circulou em Piracicada nas décadas de 1980 e 90.
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A partir de 1998, teve início a aventura
de ingressar no universo digital – o que, depois de diversas experiências, se
consolidou só em 2006, com a criação do jornal eletrônico e website “A
Província” – https://www.aprovincia.com.br
Naquele mesmo ano, “A Província” já
recebia o Prêmio
“Garcia Neto de Comunicação”, destinado pela Câmara de Vereadores de Piracicaba
a sites noticiosos.
Ao longo do tempo, o website passou por diversas
transformações. Assim, deixou de fazer a cobertura jornalística cotidiana da
cidade para produzir conteúdo focado em dois pilares principais: registro,
valorização e difusão da história e memória da cidade; estímulo e divulgação de
eventos e cultura.
A
partir de então, “A Província” também passou a ser o veículo de comunicação do
ICEN – Instituto Cecílio Elias Netto, para apresentação e veiculação de seus
Projetos. O site constitui-se, ainda, no embrião do futuro Centro de
Memória Digital, que reunirá parte do acervo do jornalista.
É no contexto da longa trajetória do jornalista e
escritor, que seu rico Acervo está sendo tratado, pelo ICEN, para a
constituição de um Centro de Memória. Paralelamente à preservação, o
principal objetivo da iniciativa também é dar acesso público a este conteúdo –
incentivando o envolvimento e pertencimento da comunidade, como corresponsável
e guardiã da memória comum.
O Acervo é composto por biblioteca que reúne cerca
de 11 mil itens, entre jornais, revistas e outros periódicos. São cerca de 12
mil fotografias impressas, além de cerca de 16.300 itens entre negativos e
slides. Cerca de 600 peças entre ilustrações, gravuras e quadros se juntam a
objetos e equipamentos de valor artístico, histórico e afetivo. E são inúmeros
os documentos arquivísticos textuais e audiovisuais, em suportes físico e
eletrônico.
Todo este conteúdo constitui-se em fonte de
pesquisa histórica e de enriquecimento da memória coletiva. E contribui para a
construção da identidade de um povo e de cada indivíduo.
Para expressar a motivação de seu
apreço pelo resgate, preservação e difusão cultural, Cecílio empresta argumento
de Agostinho de Hipona, o Santo Agostinho: “Ninguém ama aquilo que não conhece”
– um ponto de partida e, também, quase uma advertência.
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Criada (1966) e dirigida pelo jornalista
Cecílio, a Revista Piracema foi a precursora do projeto editorial “A
Província”, que seria lançado nos anos 1980.
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Significativo
acervo de fotos, negativos, cartões postais, desenhos, gravuras, documentos,
jornais, revistas e livros
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Alguns dos prêmios e homenagens
recebidas
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- “Prêmio Cultura Viva Sérgio
Mamberti”, da
Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do
Governo Federal. (março/2024). Segundo colocado na região Sudeste do
Brasil, Cecílio foi contemplado no segmento “Diversidade Cultural”;
- Moção de aplausos pelo
lançamento do livro “Rua do Porto – Pia Batismal de um povo”. (Câmara Municipal de Piracicaba, Moção 1/2021);
- Moção de aplausos pela
publicação do livro “250 anos de Caipiracicabanidade” (Câmara Municipal de
Piracicaba Moção 19/2018);
- Voto de congratulação
pelo lançamento do livro “Piracicaba, a doçura da terra” (Câmara Municipal
de Piracicaba, Voto 530/2017);
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Moção de aplausos pelo lançamento do livro
“Piracicaba que amamos tanto”. (Câmara Municipal de Piracicaba, Moção 15/2015);
§ Medalha
de “Mérito Cultural” (Prefeitura Municipal de Piracicaba, 2009);
§ Diploma
de Reconhecimento de Mérito pelo “Dia do Caipiracicabano” (Câmara Municipal de
Piracicaba, 2007);
- Prêmio “Garcia Neto de
Comunicação”, de sites noticiosos (Câmara Municipal de Piracicaba, 2006);
§ Diploma
de Mérito Jornalístico (Câmara Municipal de Campinas, 2005);
§ Diploma
em Homenagem ao Dia Municipal do Escritor (Câmara Municipal de Piracicaba, outubro/2005);
- Voto de
Congratulação pelo lançamento do Jornal A Província online – Paixão por
Piracicaba. (Câmara Municipal de Piracicaba, Voto 400/2005);
§ Prêmio
“Mérito Histórico” (Câmara Municipal de Piracicaba, 2003);
§ Medalha
“Prudente de Moraes”, por trabalhos em favor da cultura (IHGP – Instituto
Histórico e Geográfico de Piracicaba, 2002);
- Prêmio “Clio de História”, pelo
livro “Memorial de Piracicaba” (Academia Paulistana de História (SP, 2001);
§ Título
de cidadão “Piracicabanus Praeclarus” (Câmara Municipal
de Piracicaba, Decreto Legislativo 19/2001);
- Título de Cidadão de São
Pedro / SP (1998);
§ Moção
de aplausos pelo lançamento do livro “Magic Paula” (Câmara Municipal de
Piracicaba, Moção 252/1995);
- Voto de
congratulação pelo lançamento do livro “Isto é o meu corpo” (Câmara Municipal de
Piracicaba, Voto 1194/1993);
§ Congratulações
pelo lançamento da 2ª edição do livro Pastorela (Câmara Municipal de
Piracicaba, 635/1991);
§ Prêmio
“Oswald de Andrade de Dramaturgia”, pela peça teatral “O Dia em que Ava Gardner
Morreu” (Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, 1990);
§ Comenda
do Mérito (Instituto Histórico Luso-Brasileiro, 1972);
- Medalha do II Centenário de
Piracicaba (1967).
Atividades
Acadêmicas, Palestras e Consultorias – entre outros
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Ao
longo de sua trajetória profissional, o jornalista e escritor foi professor
universitário, já realizou inúmeras palestras e conferências em associações,
escolas e entidades culturais; assim como também atuou com consultoria:
§ Diretor
do Curso Pré-Universitário Prudente de Moraes (Piracicaba),1961/63;
§ Fundador
e primeiro presidente do Centro Acadêmico “Frederico Herrmann Jr.”, da
Faculdade de Administração e Economia do IEP (atual UNIMEP) (1964/66);
§ Professor
de Sociologia e Política da Faculdade de Administração de Empresas e Economia
do Instituto Educacional Piracicabano (UNIMEP), Piracicaba, 1966/67;
§ Professor
de Sociologia da Faculdade de Serviço Social de Piracicaba, 1967/1971;
§ Professor
de Editoração da Faculdade de Jornalismo da UNIMEP,1974;
§ Professor
contratado da Soparc-Consultoria, ministrando seminários de “Introdução à
Política” a empresários;
§ Participante
do programa de Apoio ao Artista Residente (UNICAMP), de 1993/1994;
§ Presidente
do Secretariado dos Cursilhos de Cristandade, Diocese de Piracicaba, de 1972 a
1986;
§ Diretor
de Planejamento da ACCM/Planejamento e Promoções,1982/1986;
§ Diretor
da PEC – Promoções, Empreendimento e Comunicação, Piracicaba,1982/1999;
§ Consultor
da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos) para a área de Comunicação junto ao
CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano, Chile,1982;
§ Diretor
do E.C.XV de Novembro, de Piracicaba, de 1974 a 1981;
§ Titular
do Departamento de Cultura da Sociedade Sírio-Libanesa de Piracicaba, 1998;
§ Consultor
político da Soparc - Consultores, Piracicaba, 1982/1984;
§ Consultor
da Prominas Brasil, São Carlos, 1984;
§ Consultor
do Grupo Miori, Rio das Pedras e Sertãozinho, 1985;
§ Assessor
da Secretaria de Comunicação de São Paulo, no Governo Paulo Egydio Martins,
para assuntos da imprensa do interior;
§ Assessor
da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbanos de São Paulo, na
administração de Rafael Baldacci Filho;
§ Advogado
liberal, 1964/1970;
§ Advogado
do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Piracicaba, 1965/1969;
§ Advogado
do Sindicato dos Bancários de Piracicaba, 1965/1969.