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sábado, 28 de maio de 2016
segunda-feira, 23 de maio de 2016
quinta-feira, 19 de maio de 2016
domingo, 15 de maio de 2016
Pausa necessária
![]() |
Marisa F. Bueloni Cadeira no 32 - Patrono: Thales Castanho de Andrade |
Por alguns momentos, a vida exige a parada necessária. Estrelas conspiram à vista de um noivo cíclico que fecunda os céus com seu brilho de cometa. Paro para procurar na noite o astro luminoso. Paro para rezar o Pai-Nosso e a Ave-Maria. Quantas vezes paramos para ouvir nosso próprio coração?
Paramos para descansar nossas costas depois de um trabalho estafante, detemo-nos nas subidas mais íngremes. E as paradas forçadas, o repouso por recomendação médica? Ninguém gosta de observá-los, sobretudo quando se é dinâmico, com muitos sonhos fervilhando na alma. Pedimos ao corpo para estar de pé todos os dias, selamos um pacto com o Criador e fazemos a nossa parte, religiosamente, esperando que Ele cumpra a Sua.
Às vezes, vamos até a porta para receber a graça que não veio e também para agradecer a que chegou sem que esperássemos. Não queiramos jamais decifrar os desígnios divinos. São caminhos muito diferentes dos nossos e haveremos de aceitar tais situações, pois Deus trabalha com o conhecimento pleno de nossas vidas. Sem passado ou futuro, num eterno presente.
Aqui e ali, paramos. Para acolher a manhã que desponta suave, prenunciando tons invernais. Ela vem carregada de bons frutos, outono de graças. A abundância e a riqueza da vida nos obrigam a parar. Louvor à glória de toda coisa criada sobre a Terra, à beleza das noites estreladas, dos rios e mares, da natureza e dos bichos, do trabalho e do pão.
Parar para comer um pedaço de pão. Eu paro. Não perco, por nada, este “agora” abençoado. O pão que mata a nossa fome acaba, mas há o outro Pão, aquele que alimenta, dá vida e nos ensina a amar. Amar e perdoar. Não se conhece atitude mais bela, mais generosa e mais humana.
Parar para a contemplação pura e simples, deixando-se tocar pelo invisível aos olhos, profetizando em silêncio, e guardando para si o que o espírito captou nas paradas concedidas às almas que buscam a Deus sem cessar.
Há o momento certo da paragem, creio eu, para a profunda reflexão. Não podemos nos entregar ao turbilhão que se alastra à nossa volta, sem raciocinar sobre o que está acontecendo de momento a momento. Tudo é importante, tudo tem seu peso e seu valor. Um pensamento, um abraço, um gesto decidido, o desfecho do que pôde ser bem realizado. Tudo está na tela eterna do universo.
Nas muitas esquinas e cruzamentos do nosso coração há faróis apontando o caminho. Um deles está sempre na cor verde, a passagem é livre, o acesso é de graça. Talvez seja necessário pagar um pedágio que é refletir profundamente para seguir adiante.
Prosseguir ou parar. Eis a questão. Até onde posso ir, quando há sinais avisando o perigo à frente? De onde virá a sabedoria mais bela para o devido discernimento? Se a ousadia da coragem pode nos oferecer o céu na terra, é decisão nossa continuar, mesmo sabendo dos riscos.
Que saibamos compreender a gênese desta pausa que cura e salva. Este momento abençoado de erguer nossos olhos para o alto e receber o entendimento pleno da vida.
No momento, estou parada, esperando o amor!...
terça-feira, 10 de maio de 2016
Método lúdico para o ensino da Gramática
domingo, 8 de maio de 2016
Conto para o Dia das Mães
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Antonio Carlos Fusatto
Cadeira n° 6 - Patrono: Nélio Ferraz de Arruda
|
Tudo começou
com uma visita a um lugar que abriga pessoas idosas. Em nossa normal
curiosidade, começamos a questionar, tentando entender porque tantos idosos ali
concentrados!
Não teriam
família, filhos, netos? Ou qualquer pessoa que pudesse compartilhar com eles um
pouco do aconchego e carinho de um lar?
Foi quando
chamou-nos a atenção a figura enigmática de uma senhora; idosa como os demais,
mas com um magnetismo diferente dos outros; forçando-nos constantemente a
voltar o olhar para aquela misteriosa mulher. Devido a nossa indisfarçável
curiosidade, alguém nos confidenciou: “Está meio gagá...” “É o tempo...”,
outras diziam. E outras, ainda: “De há muito foi deixada aqui... Ela é bastante
velha apesar de não aparentar tanto. Dizem que foi muito rica e poderosa,
estudou até no exterior”.
Passamos
então, a observá-la melhor: ora olhava as pessoas como se não existissem;
outras vezes, seu olhar triste, cansado, perdia-se na contemplação do vazio. Parecia
até que lembranças de um passado distante convulsionavam-se em sua mente, como
se coisas proibidas pudessem desnudar segredos pelos quais devaneava sua alma
sofrida.
Aproximamo-nos
dela e não pudemos conter a curiosidade em saber-lhe o nome... Um leve rubor
deixou transparecer, na face mutilada pelo tempo, mas cujos traços deixavam
nítida uma beleza de outrora; um par de olhos azuis parecendo águas-marinhas,
incrustadas num rosto macilento, à sombra de vário bucres brancos que
adornavam-lhes a cabeça, emoldurando a alva tez.
Muitos
a tinham visto sorrindo demoradamente ao pôr-do-sol, até adormecer por algum
tempo, recostada ao tronco de sua árvore preferida, deixando transparecer em
seus lábios um sorriso quase infantil.
“É
a saudade!” diziam os que a conheceram anteriormente. Talvez saudade de uma
infância perdida no tempo... Ela, mulher, mãe e avó, também fora criança, jovem
e tivera uma mãe.
Várias
vezes visitamos aquela senhora, agora atraído mais pelo estranho magnetismo que
pela curiosidade.
Aos
poucos ganhamos sua amizade e tornamo-nos confidentes dela. Seu nome? Não
importa, passamos a chamá-la carinhosamente de vovó.
Contou-nos
fatos de sua infância e adolescência, passadas numa fazenda a região, de suas
viagens para estudar, de seu casamento até a viuvez, dos trabalhos sem
esmorecimento para criar e educar os filhos, hoje todos com família
constituída. Enquanto tivera algum capital para distribuir aos filhos e
disposição para cuidar dos netos, fora tolerada, mas, na medida que os anos
foram se acumulando, e doenças minando-lhes as forças, foi por eles abandonada,
e a família resolveu interná-la naquele local. A princípio, amiúde a visitavam,
mas com o passar do tempo esqueceram-na completamente.
Em
minha cabeça, naquele momento, um turbilhão impedia-me de entender tanta
desventura.
Quantas
noites a pobre anciã chorou e gemeu em sua solidão?...
Num
certo domingo de maio, voltamos a visitá-la para levar algumas guloseimas, e a
encontramos em seu leito bastante debilitada.
Brancas
madeixas emolduravam um rosto ainda altivo, apesar da doença, deixando
transparecer que, aquela mulher fora realmente uma figura bela, cheia de vida e
energia.
Olhou
com espanto e emoção para os pacotes depositados sobre a cama e, de repente em
lágrimas, balbuciou algumas frases quase sussurrando; beijou as mãos deste
visitante, os embrulhos e todos os que estavam a sua volta.
Com
certa dificuldade, voltou a balbuciar quase monologando: “Neste dia, a maioria
das mães ganham presentes e carinhos redobrados dos filhos, outras só
decepções, algumas choram de saudade porque também são filhas, outras escondem
o pranto no sorriso”.
Confidenciou
que durante o sono, havia sonhado o regresso junto aos seus filhos e, que na
casa havia grandes preparativos para recebê-la e comemorarem o DIA DAS MÃES.
Sorria envaidecida com os carinhos recebidos dos netos, que dia maravilhoso
estava passando, os preparativos se intensificavam, o aroma da comida caseira
tomava conta do ar, fitas multicores, papéis para embrulhar presentes, risos e
algazarras dos netos enchiam o casarão do sonho...
Estava
cada vez mais fraca, mas teimava em descrever o sonho minuciosamente. Coisa
incrível! Ante a evidência do que se descortinava, ela se mostrava agora com
uma felicidade transcendente, como se pressentisse a aventura que estava para
começar...repentinamente tudo acabou... junto com o vento que entrava pela
janela, foram-se os últimos suspiros da querida “Vovó”.
De
não muito longe, chegavam os acordes do sino do campanário, chamando os fiéis
para a missa e a meditação.
Exceto
eu, somente as nuvens choravam neste momento; uma chuva fina e persistente
lambia os vidros das janelas, enquanto o vento, seu companheiro de todos os
dias, insistia em entrar novamente, querendo talvez dar um último passeio pelo
quarto.
Um
anônimo abriu uma cova no Solo Santo, que serviu-lhe de morada final, enquanto
a chuvinha fria fustigava as poucas pessoas que, qual sombra no ocaso, deixavam
o local silenciosamente.
E hoje, quantas mães ainda continuam sozinhas
e abandonadas pelos filhos? Quantos ainda choram e se revolvem na solidão?
Quantas sonham em abraçar os filhos e dizer-lhes: ‘Valeu meus queridos, eu vos
amo muito... muito..., muito!... sábado, 7 de maio de 2016
MÃE
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Lino Vitti Cadeira n° 37 - Patrono: Sebastião Ferraz
|
Quase um século, mãe, a andar de trilho em
trilho,
de trabalho em trabalho e de espinho em
espinho.
Pela vida a lutar, deixando a cada filho
um pedaço de amor, um sonho de carinho.
Abriste a cada qual esplêndido caminho,
deixaste-me uma luz na estrada que palmilho.
Foste rever Geraldo, o querido irmãozinho
que tão cedo se foi, como um astro sem brilho.
Se vais gozar no céu a presença divina
como prêmio final ao que com Deus convive,
vais abrir-nos a senda eterna e peregrina.
Os teu filhos estão agora, na orfandade,
mas a tua figura excelsa ainda vive
entre nós a esperar que chegue a Eternidade.
Quase um século, mãe, a andar de trilho em
trilho,
de trabalho em trabalho e de espinho em
espinho.
Pela vida a lutar, deixando a cada filho
um pedaço de amor, um sonho de carinho.
Abriste a cada qual esplêndido caminho,
deixaste-me uma luz na estrada que palmilho.
Foste rever Geraldo, o querido irmãozinho
que tão cedo se foi, como um astro sem brilho.
Se vais gozar no céu a presença divina
como prêmio final ao que com Deus convive,
vais abrir-nos a senda eterna e peregrina.
Os teu filhos estão agora, na orfandade,
mas a tua figura excelsa ainda vive
entre nós a esperar que chegue a Eternidade.
quinta-feira, 5 de maio de 2016
MINHA MÂE
![]() |
Elda Nympha Cobra Silveira Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior |
Mamãe,
como a vida retira de mim
Sua presença?
Agradeço-lhe a minha nascença.
Nossos anos juntaram-se!
Os meus junto aos seus,
Mas o tempo os truncou e...
Você partiu e foi para o etéreo,
O infinito...
Lá deve ser mais bonito!
Ultrapassei sua idade finita.
Hoje prossigo sem você,
mas com sua descendência
Vejo você nos filhos, netos e bisneto.
Eles são meus amores prediletos.
Vejo você nos abraços que recebo,
nas palavras de amor e carinho,
com que todos me presenteiam...
domingo, 1 de maio de 2016
Campos do Jordão – Amor e Paz
Os
majestosos pinheirais
Resquícios
da Mata Atlântica,
As
esculturas de Letícia Leirner
Numa
visão ecológica,
A
Serra da Mantiqueira e seus ais
Contorna
a cidade e o coração.
Nos
convidam alegres a adentrar
O
Auditório Cláudio Santoro.
Músico,
maestro, compositor amazonense,
Fundador
de importantes orquestras,
De
renome nacional,
E
reconhecimento internacional.
Seu
nome lembrado será,
Na
cidade turística Campos de Jordão.
Conhecida,
visitada, apreciada,
Cultura
contagiante...
A
produção deste poema
Culmina
com a apresentação,
Da
Banda Sinfônica do Estado de São Paulo.
Emocionou
turistas de todo o Brasil.