Rio Piracicaba

Rio Piracicaba
Rio Piracicaba cheio (foto Ivana Negri)

Patrimônio da cidade, a Sapucaia florida (foto Ivana Negri)

Balão atravessando a ponte estaiada (foto Ivana Negri)

Diretoria 2022/2025

Presidente: Vitor Pires Vencovsky Vice-presidente: Carmen Maria da Silva Fernandes Pilotto Diretora de Acervo: Raquel Delvaje 1a secretária: Ivana Maria França de Negri 2a secretária: Valdiza Maria Capranico 1o tesoureiro: Edson Rontani Júnior 2o tesoureiro: Alexandre Sarkis Neder Conselho fiscal: Waldemar Romano Cássio Camilo Almeida de Negri Aracy Duarte Ferrari Responsável pela edição da Revista:Ivana Maria França de Negri

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sábado, 20 de outubro de 2012

CRÔNICAS

Lino Vitti Cadeira n° 37 - Patrono: Sebastião Ferraz                                       

             Estabilizadas as andanças do destino à cata de um oásis onde repousar das preocupações da vida, depois da busca do meu lugar ao sol, passei a sonhar em termos de jornalismo, dentro da qual esperava dar vazão aos pruridos escrevinhantes cultivados dentro de mim como coisa inata e apenas dependentes para vir a lume, desse formidável meio de comunicação humana como são os jornais diários.
À época floresciam o “Jornal de Piracicaba” e “O Diário de Piracicaba”, um e outro trazendo em seu âmago as explosões articulísticas, editorialísticas, poéticas, cronísticas, literárias, de pináculos redatoriais da nata intelectual da terra, o que despertava em mim doses compactas de santa inveja. Inveja santa que me levou a procurar um cantinho, uma brechinha, para poder integrar tão magnífica legião de tão ilustres penas jornalísticas.
Abriu-me a brecha desejada o saudoso amigo Acari de Oliveira Mendes, encaminhando-me ao Diretor Losso Neto que, não só aprovou a idéia do Secretário do Jornal , mas festejou o acontecimento com alegria e feliz por poder escancarar-me as portas do Jornal, para lá dentro escrever em prosa e verso tudo quanto à cuca me viesse. E aí, no horário noturno que às vezes alcançava meia-noite prá mais, redigi, poetei, croniquei, invadindo não raro o campo dos artigos e editoriais, aliás reservado para Losso a Acari, e para muitos cobras que manejavam com maestria a lança da imprensa.
E lá se foram 25 ou 30 anos, martelando as velhas máquinas da redação (algumas tipo martelinho mesmo: lembra, Zé ABC?) escrevendo de tudo. Ficou-me na lembrança mais profundamente foi mesmo a crônica “O Prato do Dia”, criada e mantida pelo Tuca e por mim continuada, depois dele, por cerca de seis a oito anos.
Crônica é um pedacinho do jornal onde algum afoito redator escreve sobre tudo, sobre a gente e os fatos da cidade, sobre coisas da roça, sobre as mutações das horas da natureza, sobre os sonhos que superlotam as cabeças humanas, sobre as realidades e irrealidades da vida, sobre intimidades, preocupações, opiniões, críticas e louvores que sempre andam a povoar a imaginação dos cronistas.
Crônica é o que estou escrevendo (assunto que nada tem a ver com inflação, governo, poderes públicos, etc.) de maneira irresponsávelmente poética, pois tem a crônica, como especial finalidade, agradar aos cérebros leitores, sem forçar, sem exigir, sem falar mal do que e de quem quer que seja. Crônica é o que escreve aí na segunda página o Cecílio, como eu tentando colocar para fora, de uma forma sublimada, idéias estranhas e discordantes, pensamentos gostosos, com sabor de uva, para que o leitor, se for bom mesmo, vá tirando da sua leitura o delicioso vinho dos tropos literários, das metáforas, das antíteses, dos contrastes, das comparações, das sínteses, dos pleonasmos, da invocação, etc., chegando ao final da tirada cronística de cabeça aliviada, alegria e aprovação por haver o cronista conseguido arrebatá-lo, por um pouquinho, do chão da vida, para o céu do sonho e da fantasia.
Vocês repararam como os cronistas escrevem muito de si? Por que será? Que coisas têm eles tanto no seu íntimo forçando uma saída, através dessa maneira de arte, para  ir provocar sentimentos, de aprovação às vezes, de discordância, outras, num ou em muitos leitores em geral desconhecidos, de cultura desconhecida, de idade desconhecida? Quem lhes deu esse direito de mexer com a alma dos outros, provocar reações diferentes, gostar ou não gostar, aprovar ou rejeitar o que as linhas da crônica vão desfilando aos milhares de olhos leitores, para que saibam, por exemplo, que Lino Vitti é um eterno roceiro, que Cecílio é um perpétuo ponto de interrogação?
Isto são as crônicas, isto são os cronistas.
Obrigado, leitor, por tudo quanto supuseres ou lá no teu íntimo engendrares, sobre crônicas e sobre cronistas.

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Galeria Acadêmica

1-Alexandre Sarkis Neder - Cadeira n° 13 - Patrono: Dario Brasil
2- Maria Madalena t Tricanico de Carvalho Silveira- Cadeira n° 14 - Patrono: Branca Motta de Toledo Sachs
3-Antonio Carlos Fusatto - Cadeira n° 6 - Patrono: Nélio Ferraz de Arruda
4-Marcelo Batuíra da Cunha Losso Pedroso - Cadeira n° 15 - Patrono: Archimedes Dutra
5-Aracy Duarte Ferrari - Cadeira n° 16 - Patrono: José Mathias Bragion
6-Armando Alexandre dos Santos- Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado
7-Barjas Negri - Cadeira no 5 - Patrono: Leandro Guerrini
8-Christina Aparecida Negro Silva - Cadeira n° 17 - Patrono: Virgínia Prata Gregolin
9-Carmen Maria da Silva Fernandez Pilotto - Cadeira n° 19 - Patrono: Ubirajara Malagueta Lara
10-Cássio Camilo Almeida de Negri - Cadeira n° 20 - Patrono: Benedito Evangelista da Costa
11- Antonio Filogênio de Paula Junior-Cadeira n° 12 - Patrono: Ricardo Ferraz de Arruda Pinto
12-Edson Rontani Júnior - Cadeira n° 18 - Patrono: Madalena Salatti de Almeida
13-Elda Nympha Cobra Silveira - Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior
14-Bianca Teresa de Oliveira Rosenthal - cadeira no 31 - Patrono Victorio Angelo Cobra
15-Evaldo Vicente - Cadeira n° 23 - Patrono: Leo Vaz
16-Lídia Varela Sendin - Cadeira n° 8 - Patrono: Fortunato Losso Netto
17-Shirley Brunelli Crestana- Cadeira n° 27 - Patrono: Salvador de Toledo Pisa Junior
18-Marcelo Pereira da Silva - Cadeira n° 28 - Patrono: Delfim Ferreira da Rocha Neto
19-Carmelina de Toledo Piza - Cadeira n° 29 - Patrono: Laudelina Cotrim de Castro
20-Ivana Maria França de Negri - Cadeira n° 33 - Patrono: Fernando Ferraz de Arruda
21-Jamil Nassif Abib (Mons.) - Cadeira n° 1 - Patrono: João Chiarini
22-João Baptista de Souza Negreiros Athayde - Cadeira n° 34 - Patrono: Adriano Nogueira
23-João Umberto Nassif - Cadeira n° 35 - Patrono: Prudente José de Moraes Barros
24-Leda Coletti - Cadeira n° 36 - Patrono: Olívia Bianco
25-Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins - cadeira no 26 Patrono Nelson Camponês do Brasil
26-Maria Helena Vieira Aguiar Corazza - Cadeira n° 3 - Patrono: Luiz de Queiroz
27-Marisa Amábile Fillet Bueloni - cadeira no32 - Patrono Thales castanho de Andrade
28-Marly Therezinha Germano Perecin - Cadeira n° 2 - Patrona: Jaçanã Althair Pereira Guerrini
29-Mônica Aguiar Corazza Stefani - Cadeira n° 9 - Patrono: José Maria de Carvalho Ferreira
30-Myria Machado Botelho - Cadeira n° 24 - Patrono: Maria Cecília Machado Bonachela
31-Newman Ribeiro Simões - cadeira no 38 - Patrono Elias de Mello Ayres
32-Angela Maria Furlan – Cadeira n° 25 – Patrono: Francisco Lagreca
33-Paulo Celso Bassetti - Cadeira n° 39 - Patrono: José Luiz Guidotti
34-Raquel Delvaje - Cadeira no 40 - Patrono Barão de Rezende
35- Elisabete Jurema Bortolin - Cadeira n° 7 - Patrono: Helly de Campos Melges
36-Eliete de Fatima Guarnieri - Cadeira no 22 - Patrono Erotides de Campos
37-Valdiza Maria Capranico - Cadeira no 4 - Patrono Haldumont Nobre Ferraz
38-Vitor Pires Vencovsky - Cadeira no 30 - Patrono Jorge Anéfalos
39-Waldemar Romano - Cadeira n° 11 - Patrono: Benedito de Andrade
40-Walter Naime - Cadeira no 37 - Patrono Sebastião Ferraz