Rio Piracicaba
Diretoria 2022/2025
Presidente: Vitor Pires Vencovsky
Vice-presidente: Carmen Maria da Silva Fernandes Pilotto
Diretora de Acervo: Raquel Delvaje
1a secretária: Ivana Maria França de Negri
2a secretária: Valdiza Maria Capranico
1o tesoureiro: Edson Rontani Júnior
2o tesoureiro: Alexandre Sarkis Neder
Conselho fiscal: Waldemar Romano
Cássio Camilo Almeida de Negri
Aracy Duarte Ferrari
Responsável pela edição da Revista:Ivana Maria França de Negri
Seguidores
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
ROSA INSATISFEITA
Elda Nympha Cobra Silveira Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior |
A manhã despontou clara e reluzente e o sol a todo vapor foi
irradiando seus raios luminosos por sobre a roseira, que toda feliz,
desabrochava seus botões mesclados de branco, rosa e vermelho, numa nuance que
poucos pintores teriam capacidade de reproduzir com talento.
Então, o astro rei admirando a beleza da rosa e vendo-a
sorrir foi lhe perguntando:
-- Você gostaria de ser outra coisa e não uma flor?
-- Certamente... -- foi a resposta imediata!
-- O que, por exemplo?
-- Nem penso duas vezes: gostaria de ser uma mulher!
-- Mas você é tão perfumada e tão bonita. Por que essa
escolha?
-- Ah! Você como sol, que tudo vê, que consegue entrar nos
escaninhos mais ocultos, já abrangeu com seu discernimento as diferenças nos
nascimentos entre meninos e meninas?
-- Qual é a divergência entre eles?
-- A começar pelo enxoval, os das meninas, são todos cor de
rosa, lençóis recamados com florzinhas cor de rosa com fitilhos debruados ou
festonês nas ourelas, e rendas rebordadas por todo o pano fino e macio. O
quarto então é de uma delicadeza sem par, cheio de enfeitinhos, vasinhos nas
janelas, papel de parede delicado, bercinho com cobertura de filó rosado e tudo
enfim.
-- Sim, mas essa criança também vai crescer, não é?
-- Indubitavelmente, mas a mãe, as avós, as tias estarão em
uníssono só pensando nas roupas da moda para vestir essa mocinha, e os seus
quinze anos serão comemorados com todo requinte possível e ela
valsará nos braços orgulhosos do seu papai pelo salão florido e iluminado.
-- Já pensou então como será seu casamento? Ela terá toda
atenção com o seu vestido, a festa, na escolha e carinho do noivo, dos parentes
e amigos. Ela, a mulher, será sempre o alvo das atenções.
O sol fica pensativo, fazendo uma expressão de dúvida e
diz-lhe:
-- Tudo bem... Mas essa ilusão termina por aí!
-- Nem pense assim! Quem é que terá todas as atenções quando
engravidar? A mãe será sempre enaltecida e querida por todos os seus e amada
por seus descendentes até seus dias se findarem.
-- Tem razão. -- responde o sol. -- Mas já pensou como ela
fica feliz e linda quando colocam o ramalhete de rosas em seus braços?
Enfeitando seus cabelos, seus vestidos, sua casa e a igreja do seu casamento e
do batizado da sua prole?
-- Sabe que a mulher gosta quando é comparada com uma rosa?
Para ela esse é um grande elogio porque toda mulher sabe que uma rosa vermelha
é a expressão de beleza, perfume, feminilidade e paixão. A rosa é a
personificação da mulher, e estará enfeitando-a quando partir para outra vida,
para junto do Pai eterno.
Duas lagrimas de orvalho pontificaram em suas pétalas e
escorreram por seus pés desnudos fincados em terra firme. Não eram de dor, mas
de alegria, por descobrir que ela sempre seria o adereço da mulher, que não
prescindiam uma da outra, que se completavam.
A primavera sempre será eterna quando estivermos satisfeitos
com o que somos.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
ILUMINA(NDO) A “CURA”!
Maria Helena Vieira Aguiar Corazza - Cadeira no3 - Patrono: Luiz de Queiroz |
É Isso mesmo que o Projeto Ilumina faz:
Ilumina a Vida, colorindo de rosa e azul suas atividades enfeitando as
preocupações e aparências, não só as físicas das pessoas, como as mentais
também! Conclusão: O Projeto Ilumina vem para atender, ensinar, cuidar, proporcionar
tratamentos, amenizar as ansiedades que maltratam e pioram a doença mostrando
aos atingidos por essa enfermidade terrível que é o câncer, que a cura acontece
com um atendimento sério, atualizado e organizado muito humano e eficiente e,
com as pesquisas atuais, técnicas, experiências comprovadas e metas aplicadas e
precisas que sugerem o “diagnóstico precoce mais rápido possível, para a ação
urgente”, sem esperas angustiantes e demoras torturantes! Tudo o mais rápido
possível, repetimos! O “Projeto ILUMINA” vem para CURAR!
Para isso é preciso fazer a prevenção! É
preciso ter a coragem de “agir e lutar para se livrar dele e sarar”! Não só as
mulheres nas suas mamografias anuais e seus exames ginecológicos após os
quarenta anos, mas os “homens também!” Um deles me disse outro dia; “Eu não, eu
sou macho, por isso não faço o exame de próstata, nem quero pensar nisso!” Ao
que eu lhe respondi: “Homem que é macho é aquele que destrói seus preconceitos
infantis e fora de moda, se atualiza, aprimora sua “cultura”, e, parte para ter
uma vida mais longa, sábia, saudável e feliz! Este homem sim é macho!”.
A verdade é que o “câncer não pode
esperar” e não espera, mesmo! O câncer precisa de medidas imediatas para ser
extirpado, para o sucesso de a saúde poder voltar! E, então, agindo, ele
enfraquecerá e definhará, trazendo a vida de volta, numa batalha corajosa e
madura, porém.
Os programas para os diversos exames das
modalidades da doença e os locais são transmitidos em muitos veículos de
comunicação diariamente, principalmente nessa época de implantação de
Campanhas, divulgação e chamamento, onde juntos, profissionais, voluntários, colaboradores,
amigos e admiradores desta obra magnânima com a atuação honesta e decente
encabeçada pelos doutores Adriana Brasil e Rodrigo Reis, baluartes de
competência, fraternidade e fé no que sabem fazer tão bem, se dão as mãos a fim
de acabar com este mal que desassossega e assusta o ser humano do mundo
inteiro.
Então é enfrentar os obstáculos! Ficar
firme e perseverante nos propósitos de atuar na realidade dos fatos e encarar
com determinação vivendo um dia de cada vez, na esperança determinada nos
cuidados, medicações e tratamentos específicos afins.
Que o Espírito Santo Luz divina “Ilumine
proficuamente esse Projeto de Cura que o ILUMINA trás”, para que todos possam
dar o “salto para a Vida”, crendo piamente em dias repletos de novas auroras,
novos sóis, muitos amanhãs repletos de sorrisos e encantos a nos surpreender em
muitos momentos encantadores que teremos ainda para usufruir!
(Para maiores informações, a sede do
ILUMINA fica na Avenida Independência, 171 em Piracicaba).
terça-feira, 22 de outubro de 2013
A saga do diamante
Cássio Camilo Almeida de Negri Cadeira n° 20 - Patrono: Benedicto Evangelista da Costa |
O
diamante nascera do fogo, ungido em meio às lavas rubras e quentes, gerado no
magma do útero da mãe terra e ejaculadas pelo vulcão em erupção.
Após esfriar,
tornara-se apenas uma rocha sem brilho, cheia de arestas irregulares,
incrustada na encosta da íngreme montanha.
Com o passar dos séculos, fustigado pelos
ventos gelados e solapado pelas chuvas torrenciais, foi ficando cada vez mais
escurecido pelo cascão de sujeira que incorporava.
Alcançou o rio e, no seu leito, foi durante
milênios rolando, rolando, em direção ao oceano.
Nunca o
alcançou, mas rolou muito pelos riachos, afluentes e rios.
Quanto rolou,
quanto perdeu as arestas, até que se tornou igual a tantos outros bilhões de
pedregulhos a rolar, sem saber para onde ia, somente sabia rolar, como todos,
sem saber o porquê, de onde vinha, nem para onde ia.
Um dia, porém,
resolveu parar e ficou preso à beira do rio.
Muitos anos se
passaram, e ele ali, estático, embalado pela água fria, algumas vezes suja, algumas
vezes limpa, até que um dia foi içado do lodo e sentiu-se rodando num
torvelinho estonteante na bateia de um garimpeiro.
Fora achado,
escolhido para terrível e bela missão .
Quanto
sofrimento passou. Sentiu tirarem lascas de seu corpo, e a cada lasca que
perdia, após uma dor lancinante, percebia que uma luz brilhante o penetrava.
Após o
calvário da lapidação, toda sua casca suja, adquirida nos milênios de contacto
com a terra, fora retirada.
Polido,
pelas mãos do ourives, podia agora apreciar seu próprio brilho, refletindo a
luz solar.
Tornara-se um
diamante lapidado, um belo brilhante de muitos quilates.
Assim também é
nossa alma, que vinda do Todo se turva na experiência terrestre para, lapidada
pelas mãos do Criador, poder refletir a Luz Divina.sábado, 19 de outubro de 2013
Etiqueta e netiqueta
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Comentando um soneto de Florbela
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Fantasmas
Nos filmes de terror os fantasmas são
verdadeiros protagonistas, e sua permanência entre nós é tão normal, que os
londrinos inventaram fantasmas notáveis, nos castelos tidos como assombrados,
que perturbam e instigam a imaginação fértil de milhares de pessoas de todo o
mundo. Apesar disso, tais castelos faturam fortunas todos os anos, por causa
dos seus fantasmas e das histórias que contam sobre eles.
Não deixa de ser uma curiosidade,
afinal, o viver seria insosso se não estivesse salpicado de fatos pitorescos e
intrigantes. É bom deixar a seriedade dos compromissos e dar uma relaxada
abrindo espaço para falar sobre duendes, fantasias e fantasmas. Há alguns causos bem divertidos e envolventes que
nos fazem rir à vontade, mas alguns são tão verossímeis que chegam a
amedrontar.
Eu nunca tive o prazer, ou o desprazer,
de ver um fantasma, mas algumas pessoas, a maioria delas já de idade avançada e
pouca escolaridade, são convictas e afirmam ter visto almas penadas que se
encontram em outro plano e vêm para o nosso mundo para terminarem o que devem
fazer: alguma coisa que foi interrompida por causa da morte da pessoa. Eu não
acredito, mas respeito e acho interessante o pensamento dessas pessoas.
Na verdade, desde crianças todos nós
temos lembranças de vários causos
sobre fantasmas. Para mim um deles ficou gravado em minha memória e relembro
com frequência. Dois estudantes gaiatos corriam e dançavam por entre as lápides
de um cemitério, até que encontraram um coqueiro, bem perto do muro, e com uma
vara tentavam apanhar os coquinhos amarelinhos, quando alguns frutos caíram na
rua bem em cima de dois bêbados que cochilavam na calçada… Um dos rapazes
gritou: “Pega, pega, os que estão lá fora”.
Nesse momento noturno, intenso e escuro,
sem lua e estrelas, os dois bêbados ouviram a conversa. Sem perceber a presença
física de alguém, apenas ouvindo o som forte de vozes, entenderam, de súbito,
que alguém viria pegá-los, já que eles estavam do lado de fora. Assustados,
precipitaram uma corrida intensa sem destino, perdendo o retorno às suas casas
e deixando de fazer aquele trajeto por muito tempo.
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Cultura popular e culinária
Armando Alexandre dos Santos Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado
A maior parte das melhores criações de
comidas, em todo o mundo, se deve a simples donas de casa, modestas, anônimas,
esquecidas, empenhadas em fazer, com muito amor e dedicação, menos sacrificadas
as vidas de seus maridos, de seus filhos. E, com recursos limitados,
conseguiram, de geração em geração, forjar essa maravilha que é a culinária
popular típica.
O que é a pizza, senão pão e queijo, a
mais simples e barata das combinações alimentares da velha Itália? A esfiha,
que é senão a mistura de pão e restos de carne de carneiros? E a feijoada,
verdadeira maravilha feita da mais barata das leguminosas e das menos nobres
partes do mais sujo dos animais domésticos?
Lembro que certa vez estava em Madri,
numa Semana Santa, hospedado num hotel baratinho. Como nessa época do ano a
cidade fica vazia, pois todos os turistas acorrem a Sevilha, um grande hotel de
5 estrelas fez uma promoção incrível. As diárias ficaram mais baratas do que o
meu modesto hoteleco... Fui, então, passar uns dias no Five Stars... Tinham um
restaurante internacional, com cozinheiros super-premiados. Fui comer um cozido
à madrilenha, o prato mais típico da capital espanhola. Não tinha gosto de
nada, parecia comida de hospital, sem tempero, sem cheiro, sem graça.
Na semana seguinte, estava de novo na
minha modesta hospedaria e fui a um botequim ordinário, desses bem baratinhos.
Atendeu-me a dona, uma espanhola baixinha, gordíssima, parecia uma barrica...
Perguntei qual era o prato do dia. Ela respondeu que tinha feito cozido à
madrilenha. Perguntei, um pouquinho para provocá-la, se estava bom, porque na
semana anterior tinha comido um que era uma droga. A espanhola ficou meio
ofendida e me respondeu em tom de desafio: “Pués, cómalo, señor, y si no le
gusta no hay que pagarlo!”.
Comi o prato e nunca mais esqueci dele.
Estava maravilhoso, cheiroso, saboroso, charmoso, delicioso, fabuloso etc. etc.
etc. Ela serviu com uma garrafinha de vinho barato, da casa, igualmente sublime
e com aquele pão típico de Madri, que lembra o pão italiano, com casca muito
grossa e dura e um sabor incomparável, e bastante azeite...
Em outras partes do mundo, considera-se
falta de educação limpar o prato, no fim da refeição, com pão molhado no molho
ou azeite que sobrou. Na Espanha, não. Lá é até sinal de que gostou da comida.
Pois foi o que fiz com aquele cozido sublime, comi-o inteiro e, no final,
limpei cuidadosamente o prato com aquele pão não menos sublime.
A mulher me observava enquanto eu comia.
Vendo que eu tinha feito as honras do prato, veio me dizer em tom de desafio que,
se eu não tivesse gostado, não precisaria pagar e podia ir embora, mas nunca
mais voltasse. Respondi a ela que estava ótima a comida e só não pagava duas
vezes porque estava com meu dinheiro muito contadinho, mas que ela bem
mereceria. E prometi voltar outras vezes...
Outra vez, em São Francisco da Barra, às
margens do Velho Chico (o rio São Francisco), estava com um amigo num
restaurantezinho muito simples, muito popular. Pedimos um prato comum do local,
muqueca de surubim. Estava deliciosa, realmente era um prato inesquecível.
Comentamos, meu amigo e eu, que se a rainha da Inglaterra comesse aquele prato,
por certo lamberia os beiços e repetiria... No fim, elogiamos o prato ao
garçom, um meninote de seus 17 anos, e dissemos a ele que o cozinheiro estava
de parabéns.
– Querem conhecer o cozinheiro –
perguntou-nos ele. – Claro! – respondemos. Ele se afastou e retornou, após
alguns instantes, com a irmãzinha dele, menina de 14 para 15 anos. Ela é quem
tinha feito aquela maravilha! Nós, evidentemente, elogiamos e incentivamos a
menina, deixamos uma boa gorjeta para ela...
Isso é cultura popular, da autêntica!.
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sábado, 5 de outubro de 2013
Convite especial de Carmen Pilotto
Gostaria muito de convidá-los e a todos os Membros para o evento abaixo. Será inaugura uma exibição externa que pode até ser publicada futuramente pelo Instituto Histórico:
ESALQ apresenta palestra e exposição sobre a vida de Luiz de Queiroz
Com o intuito de apresentar a biografia do idealizador da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), serão realizadas, em 7 de outubro, palestra e exposição sobre a vida e legado de Luiz de Queiroz.A palestra intitulada “Os pioneiros e seu tempo: o legado de Luiz e Ermelinda de Souza Queiroz” será ministrada por Jacques Marcovitch, professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, autor de livros sobre os grandes empreendedores e pioneiros do Brasil, dentre eles Luiz de Queiroz. A palestra dará sequência à inauguração da exposição “Luiz de Queiroz – vida e obra, uma percepção humanística”, que apresentará, por meio de dez painéis bilíngues (português e inglês), sua genealogia, educação e convívio familiar, a personalidade notável e a busca pela inovação e visão empresarial. A exposição, que trará fotos e textos, também contará com uma linha do tempo de 1849 até os dias atuais.Os dois eventos integram a programação da 56
Cordialmente
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Carmen Pilotto
Assistente Técnico de Direção - Cerimonial
ESALQ/USP
fone: 3429.4110
Assistente Técnico de Direção - Cerimonial
ESALQ/USP
fone: 3429.4110
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
O MUNDO FICOU MAIS POBRE...
Maria Helena Vieira Aguiar Corazza - Cadeira no3 - Patrono: Luiz de Queiroz |
Um pouco antes de a primavera chegar,
mais precisamente dia 12 de setembro passado, o mundo ficou mais pobre. A
alegria se escondeu perplexa, medrosa, e devagarzinho os sorrisos esmaecidos se
contiveram nas lágrimas que rolaram amargas e silenciosamente, sem acreditar
repetindo muitas vezes: “Que pena”! E, a sensação de que a vida tinha ficado
menor e mais triste, se instalou. É sabido que a morte acontece para qualquer
um sem restrições, mas Isa, que tão cedo perdeu seu amado companheiro e
continuou com total dignidade sua jornada com a família, a grande mãe, a grande
avó, a grande amiga, acolhedora, boa, decente e corajosa, um grande ser humano
a amparar (geralmente anonimamente), muitas vidas em nossa terra que ela tanto
amou e respeitou... Tudo é pouco para se falar dessa mulher forte! Nada a
derrubava, ela aceitava a vida como era. Era firme e “pé no chão”, e, gostava
de viver!
Existem pessoas e pessoas na vida, gente
boa a se estender por esta cidade e por este mundo a todo instante com suas
lutas justas, seus desejos de serem uteis e ajudar com sua dedicação e
trabalhos sem aparecer, e, muitas vezes para não receber elogios ou agradecimentos
dos atos tão humanos que sabem fazer. Isa foi uma delas! Era especial! Despojada
e benemérita por vocação, ela fazia por fazer, como respirar, porque gostava de
ser atenciosa a muitos. O amor ao próximo era inerente à sua vida, atendia a
todos, sem hora, simples e normalmente. Uma figura bonita e alegre, muito prática
e elegante, emotiva quando recebia seus amigos proporcionando a todos, momentos
e encontros todos iluminados, floridos e musicados, acrescidos de gentilezas e
amizade sinceras, daí, todos aguardassem chegar logo, para estarem com ela. Respeitosa e agradável nos seus gestos e
ações positivas (às vezes até engraçada nos seus conselhos e comentários...), era
muito capacitada sempre que requisitada, verbal e materialmente falando. Nunca dizia
“não”, contudo sabia conduzir com firmeza filhos, família e amigos que a ouviam
atenciosamente quando se fazia necessário. Era muito justa! Tinha atenção, delicadeza,
carinho e compaixão pelas pessoas! Dicas e conselhos encontravam nela alívios e
ensinamentos honestos e sóbrios, nada que fosse espalhafatoso e, tudo o que fosse
coerência ou sensatez, acima de tudo. Piracicaba muito deve à Isaltina Ometto
Silveira Melo pela sua participação sempre presente e generosa. Daí essa homenagem
saudosa que nossa cidade lhe presta agora com muito carinho, mas, muita
tristeza por sua partida deste mundo. Ela deixará muitas saudades!
Sensível,
tinha muita admiração por esse poema de Amado Nervo escritor mexicano (nascido em
1870 e morto em Montevidéu em 1919), sob o título “Em Paz”, e, que por uma
incrível coincidência, retrata sua atuação na Terra, e que diz:
“No ocaso dos meus anos, eu te bendigo,
Vida, porque nunca me deste nenhuma esperança falida, nem trabalhos injustos,
ou luta imerecida. Vejo ao final deste duro caminho, que eu fui o arquiteto do
meu próprio destino. Se das coisas extraí o mel ou o fel, foi por ter posto
nelas, o fel ou as doçuras do mel. Quando cultivei os rosais, sempre colhi as
rosas! É certo, à minha plenitude há de se seguir o inverno. Conheci sim, as
longas noites das minhas penas, mas, tu não me prometeste somente noites
serenas. Amei, fui amado, o sol acariciou minha face. Vida: nada me deves.
Vida: estamos em Paz.”
Sem duvida alguma, o mundo ficou mais
vazio e mais pobre de belezas, sem Isa aqui!
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Pro dia nascer feliz
Marisa F. Bueloni Cadeira no 32 - Patrono: Thales Castanho de Andrade |
Há algum tempo, li num anúncio de revista a seguinte pergunta: “O que é mais importante: aquilo que você já fez ou o que ainda vai fazer?”. Pensei nas coisas feitas ao longo da vida, em tudo o que conseguimos construir, apesar das barreiras, das lutas e dos fracassos. Pensei em tudo o que já refletimos, escrevemos e publicamos; na sorte que tentamos um dia, nos sonhos, nas esperanças e nos nossos sentimentos.
Os dois conceitos têm cada um o seu peso próprio: o que já fizemos e o que ainda faremos. Ambos possuem um valor intrínseco. Talvez, o passado possa servir de lição e de experiência para futuras realizações. Nossos atos futuros, embora planejados, podem ser desconhecidos até para nós mesmos, pois, quase sempre, nossos caminhos não são os de Deus. E Ele costuma nos surpreender.
Num mundo envolvo em densas trevas, é difícil enxergar a réstia de luz que chega até nós pelos desvãos da perplexidade. A Palavra diz que devemos rir com os que riem e chorar com os que choram. Levo meu abraço solidário e mudo aos que sofrem pelas constantes catástrofes naturais, as inundações, incêndios, secas, tormentas, as mudanças climáticas que obrigam muitos a deixar suas terras, em busca de um lugar melhor para viver.
Tenho também uma palavra de pesar para a impunidade que deixa livres os homens públicos “neste país”, aqueles que teriam de pagar pelos seus crimes, cumprir sua pena perante a Justiça e, livres, riem do povo que continua elegendo-os. Meus sentimentos, senhores. É uma indignação geral.
Meus sentimentos, pátria humilhada, pelos que conseguem se safar, depois de tantas falcatruas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, recebimento de propinas, corrupção ativa e passiva, evasão de divisas, peculato e desvio de dinheiro público, gestões fraudulentas a perder de vista.
Entretanto, não basta expressar e bufar a exaustão, o cansaço nacional. O país precisa de ação. Cansamos da inércia, da incompetência, dos discursos vazios e das falácias. Das comparações chinfrins, como se o Brasil fosse um eterno estádio de futebol e os brasileiros formassem um grande time, buscando vencer a partida a todo custo. Nas preleções dos palanques, a “técnica” acredita que já ganhou o próximo campeonato.
Aplaudimos os protestos nas ruas. Algo se acendeu no coração do povo, por um momento. Um rumor se fez ouvir por toda a nação e parecia mesmo o início de um grande debate. No entanto, estamos à espera dos resultados concretos, pelas justas reivindicações escritas nos cartazes. Foi bom demais para ser verdade?
O que houve no passado, na história política de nosso país, repete-se agora, num outro contexto, mas com os mesmos anseios de um povo que luta por justiça, por dignidade e melhores condições de vida.
Cazuza pensava num dia que ia “nascer feliz”. O povo brasileiro guarda a esperança no peito, levanta cedo e vai trabalhar. Se é que haverá um dia muito feliz, raiando no horizonte, que Deus nos traga logo.
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Galeria Acadêmica
1-Alexandre Sarkis Neder - Cadeira n° 13 - Patrono: Dario Brasil
2- Maria Madalena t Tricanico de Carvalho Silveira- Cadeira n° 14 - Patrono: Branca Motta de Toledo Sachs
3-Antonio Carlos Fusatto - Cadeira n° 6 - Patrono: Nélio Ferraz de Arruda
4-Marcelo Batuíra da Cunha Losso Pedroso - Cadeira n° 15 - Patrono: Archimedes Dutra
5-Aracy Duarte Ferrari - Cadeira n° 16 - Patrono: José Mathias Bragion
6-Armando Alexandre dos Santos- Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado
2- Maria Madalena t Tricanico de Carvalho Silveira- Cadeira n° 14 - Patrono: Branca Motta de Toledo Sachs
3-Antonio Carlos Fusatto - Cadeira n° 6 - Patrono: Nélio Ferraz de Arruda
4-Marcelo Batuíra da Cunha Losso Pedroso - Cadeira n° 15 - Patrono: Archimedes Dutra
5-Aracy Duarte Ferrari - Cadeira n° 16 - Patrono: José Mathias Bragion
6-Armando Alexandre dos Santos- Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado
7-Barjas Negri - Cadeira no 5 - Patrono: Leandro Guerrini
8-Christina Aparecida Negro Silva - Cadeira n° 17 - Patrono: Virgínia Prata Gregolin
16-Lídia Varela Sendin - Cadeira n° 8 - Patrono: Fortunato Losso Netto
17-Shirley Brunelli Crestana- Cadeira n° 27 - Patrono: Salvador de Toledo Pisa Junior
18-Marcelo Pereira da Silva - Cadeira n° 28 - Patrono: Delfim Ferreira da Rocha Neto
19-Carmelina de Toledo Piza - Cadeira n° 29 - Patrono: Laudelina Cotrim de Castro
20-Ivana Maria França de Negri - Cadeira n° 33 - Patrono: Fernando Ferraz de Arruda
21-Jamil Nassif Abib (Mons.) - Cadeira n° 1 - Patrono: João Chiarini
22-João Baptista de Souza Negreiros Athayde - Cadeira n° 34 - Patrono: Adriano Nogueira
23-João Umberto Nassif - Cadeira n° 35 - Patrono: Prudente José de Moraes Barros
24-Leda Coletti - Cadeira n° 36 - Patrono: Olívia Bianco
8-Christina Aparecida Negro Silva - Cadeira n° 17 - Patrono: Virgínia Prata Gregolin
9-Carmen Maria da Silva Fernandez Pilotto - Cadeira n° 19 - Patrono: Ubirajara Malagueta Lara
10-Cássio Camilo Almeida de Negri - Cadeira n° 20 - Patrono: Benedito Evangelista da Costa
11- Antonio Filogênio de Paula Junior-Cadeira n° 12 - Patrono: Ricardo Ferraz de Arruda Pinto
10-Cássio Camilo Almeida de Negri - Cadeira n° 20 - Patrono: Benedito Evangelista da Costa
11- Antonio Filogênio de Paula Junior-Cadeira n° 12 - Patrono: Ricardo Ferraz de Arruda Pinto
12-Edson Rontani Júnior - Cadeira n° 18 - Patrono: Madalena Salatti de Almeida
13-Elda Nympha Cobra Silveira - Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior
13-Elda Nympha Cobra Silveira - Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior
14-Bianca Teresa de Oliveira Rosenthal - cadeira no 31 - Patrono Victorio Angelo Cobra
15-Evaldo Vicente - Cadeira n° 23 - Patrono: Leo Vaz16-Lídia Varela Sendin - Cadeira n° 8 - Patrono: Fortunato Losso Netto
17-Shirley Brunelli Crestana- Cadeira n° 27 - Patrono: Salvador de Toledo Pisa Junior
18-Marcelo Pereira da Silva - Cadeira n° 28 - Patrono: Delfim Ferreira da Rocha Neto
19-Carmelina de Toledo Piza - Cadeira n° 29 - Patrono: Laudelina Cotrim de Castro
20-Ivana Maria França de Negri - Cadeira n° 33 - Patrono: Fernando Ferraz de Arruda
21-Jamil Nassif Abib (Mons.) - Cadeira n° 1 - Patrono: João Chiarini
22-João Baptista de Souza Negreiros Athayde - Cadeira n° 34 - Patrono: Adriano Nogueira
23-João Umberto Nassif - Cadeira n° 35 - Patrono: Prudente José de Moraes Barros
24-Leda Coletti - Cadeira n° 36 - Patrono: Olívia Bianco
25-Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins - cadeira no 26 Patrono Nelson Camponês do Brasil
26-Maria Helena Vieira Aguiar Corazza - Cadeira n° 3 - Patrono: Luiz de Queiroz
27-Marisa Amábile Fillet Bueloni - cadeira no32 - Patrono Thales castanho de Andrade
28-Marly Therezinha Germano Perecin - Cadeira n° 2 - Patrona: Jaçanã Althair Pereira Guerrini
26-Maria Helena Vieira Aguiar Corazza - Cadeira n° 3 - Patrono: Luiz de Queiroz
27-Marisa Amábile Fillet Bueloni - cadeira no32 - Patrono Thales castanho de Andrade
28-Marly Therezinha Germano Perecin - Cadeira n° 2 - Patrona: Jaçanã Althair Pereira Guerrini
29-Mônica Aguiar Corazza Stefani - Cadeira n° 9 - Patrono: José Maria de Carvalho Ferreira
30-Myria Machado Botelho - Cadeira n° 24 - Patrono: Maria Cecília Machado Bonachela
30-Myria Machado Botelho - Cadeira n° 24 - Patrono: Maria Cecília Machado Bonachela
31-Newman Ribeiro Simões - cadeira no 38 - Patrono Elias de Mello Ayres
32-Angela Maria Furlan – Cadeira n° 25 – Patrono: Francisco Lagreca
33-Paulo Celso Bassetti - Cadeira n° 39 - Patrono: José Luiz Guidotti
33-Paulo Celso Bassetti - Cadeira n° 39 - Patrono: José Luiz Guidotti
34-Raquel Delvaje - Cadeira no 40 - Patrono Barão de Rezende
35- Elisabete Jurema Bortolin - Cadeira n° 7 - Patrono: Helly de Campos Melges
35- Elisabete Jurema Bortolin - Cadeira n° 7 - Patrono: Helly de Campos Melges
36-Eliete de Fatima Guarnieri - Cadeira no 22 - Patrono Erotides de Campos
37-Valdiza Maria Capranico - Cadeira no 4 - Patrono Haldumont Nobre Ferraz
37-Valdiza Maria Capranico - Cadeira no 4 - Patrono Haldumont Nobre Ferraz
38-Vitor Pires Vencovsky - Cadeira no 30 - Patrono Jorge Anéfalos
39-Waldemar Romano - Cadeira n° 11 - Patrono: Benedito de Andrade
40-Walter Naime - Cadeira no 37 - Patrono Sebastião Ferraz