Rio Piracicaba

Rio Piracicaba
Rio Piracicaba cheio (foto Ivana Negri)

Patrimônio da cidade, a Sapucaia florida (foto Ivana Negri)

Balão atravessando a ponte estaiada (foto Ivana Negri)

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Presidente: Vitor Pires Vencovsky Vice-presidente: Carmen Maria da Silva Fernandes Pilotto Diretora de Acervo: Raquel Delvaje 1a secretária: Ivana Maria França de Negri 2a secretária: Valdiza Maria Capranico 1o tesoureiro: Edson Rontani Júnior 2o tesoureiro: Alexandre Sarkis Neder Conselho fiscal: Waldemar Romano Cássio Camilo Almeida de Negri Aracy Duarte Ferrari Responsável pela edição da Revista:Ivana Maria França de Negri

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sexta-feira, 19 de maio de 2017

O relógio de minha avó


O relógio de minha avó
Ivana Maria França de Negri

.Reencontrei-o muito deteriorado, com a caixa consumida por cupins, ponteiros fora de lugar, vidros quebrados e faltando a chave de corda.
Fiquei triste porque pertenceu aos meus avós maternos que se casaram no início do século passado.
Não podia simplesmente jogá-lo fora... Fazia parte de toda uma saga familiar de imigrantes italianos que vieram de navio para o Brasil.
Não me recordo desse relógio na casa de minha avó, pois eu era muito pequena, mas lembro-me dele já na casa de minha mãe, que o herdou de seus pais quando ambos  faleceram. Ficava num lugar privilegiado da sala de jantar, onde presenciou almoços festivos, jantares de Natal, aniversários, bodas,  batizados e outras comemorações.        
E fico imaginando-o na parede da casa da Governador, residência de meus avós, que ficava entre as ruas XV e Rangel. O teto bem alto como era usual nas casas antigas, e ele marcando o tempo numa época em que não havia computadores, artigos eletrônicos, telefones e nem televisores. Os relógios eram peças essenciais. Elegantes, mas barulhentos, badalavam a cada quinze minutos alguns, a cada hora outros. Testemunhos de alegrias, tristezas, nascimentos e partidas. Quantas crianças cresceram sob a marcação do tic-tac dos segundos, minutos e horas desse relógio.
Posso sentir os olhos azuis de minha avó grávida, olhando de quando em quando para seus ponteiros, enquanto bordava o enxoval, contando o tempo para o nascimento de suas crianças, treze no total, dez que vingaram. Os partos, feitos em casa mesmo, com auxílio de parteiras.
Imagino-a suspirando, sob a cadência do pêndulo, quando os filhos, já moços, demoravam para chegar, quando viajavam de trem e tudo era longe e difícil.
Quantos segredos  ele presenciou? Se pudesse falar, quantas histórias teria para contar? O pêndulo em seu vai e vem ininterrupto avisando que era hora de dormir, hora de acordar, hora de brincar, hora de cuidar da horta, hora de comer. De quantas intimidades foi testemunha muda, abraços, carinhos, beijos, sermões quando os filhos faziam algo repreensível, natais e aniversários.
Antigamente os relógios eram peças fundamentais numa casa,  verdadeiras obras de arte, muitos artesanais, entalhados à mão,  a maioria de fabricação inglesa, duravam uma vida inteira, passando de geração em geração. Exerciam um fascínio irresistível nas pessoas por serem os marcadores do tempo,  essa incógnita.
Hoje, relógios são descartáveis. Parou, jogou. Pra que consertar se um novo fica mais barato? Peças de plástico, quebrando à toa, tudo vindo da China, neste mundo virtual dependente cada vez mais das tecnologias, de internet e da energia elétrica. Geramos toneladas de lixo. Nada mais tem valor. Não tenho bola de cristal para saber o que virá no futuro. Pessoas se reúnem em grupos de sites, de whatsapp, tudo  virtual. Não há mais troca de abraços, de sorrisos, de calor e energia física.
Encontrei um bom relojoeiro e um artesão habilidoso, que restauraram o mecanismo e a caixa de madeira.
Relógios sempre fizeram parte da magia infantil. O do castelo que badalava à meia noite  quebrando o encanto da Cinderela, o relógio do Coelho Branco da Alice,  e o carrilhão onde se escondia do lobo o cabrito esperto da história dos sete cabritinhos.
E esse contador do tempo,  que veio de tão longe de navio, embalado pelos sonhos de minha avó, continuará sua tarefa silenciosa de marcar o tempo de minha família, espargindo a energia boa dos ancestrais que certamente velam por nós.


(Texto publicado na Gazeta de Piracicaba)


quinta-feira, 11 de maio de 2017

SER MÃE

Antonio Carlos Fusatto
Cadeira n° 6 - Patrono: Nélio Ferraz de Arruda
                

Ser mãe é a poesia,
que dá vida à mais harmoniosa poesia.
Assim, de toda união quando bem nascida,
surge para o mundo, crianças mui queridas.
                                                           Criança tem a beleza d’um poema,
                                                           e a candura divinal.
                                                           Tenra flor, alma serena,
                                                           abençoada obra-prima angelical.
Ser mãe é poesia,
é vida gerando vida!
Qual nota procurando nota,
pra harmonizar uma melodia.
                                                           Gerar vida é semente, é como gota d’orvalho,
                                                           mostrando toda grandeza do Criador.
                                                           Qual rubra rosa a florir num vaso,
                                                           mãe é: um símbolo de amor!
Ser mãe é, tarefa interminável,
é perder horas de sono, é dedicação e calor.
É abelha que produz amor,
mais doce que favo de mel.

                                                           Ser mãe é Maria,
                                                           em pé frente à cruz.
                                                           A mater dolorosa, toda lacrimosa,
                                                           olhando o Filho que pendia!...

Galeria Acadêmica

1-Alexandre Sarkis Neder - Cadeira n° 13 - Patrono: Dario Brasil
2- Maria Madalena t Tricanico de Carvalho Silveira- Cadeira n° 14 - Patrono: Branca Motta de Toledo Sachs
3-Antonio Carlos Fusatto - Cadeira n° 6 - Patrono: Nélio Ferraz de Arruda
4-Marcelo Batuíra da Cunha Losso Pedroso - Cadeira n° 15 - Patrono: Archimedes Dutra
5-Aracy Duarte Ferrari - Cadeira n° 16 - Patrono: José Mathias Bragion
6-Armando Alexandre dos Santos- Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado
7-Barjas Negri - Cadeira no 5 - Patrono: Leandro Guerrini
8-Christina Aparecida Negro Silva - Cadeira n° 17 - Patrono: Virgínia Prata Gregolin
9-Carmen Maria da Silva Fernandez Pilotto - Cadeira n° 19 - Patrono: Ubirajara Malagueta Lara
10-Cássio Camilo Almeida de Negri - Cadeira n° 20 - Patrono: Benedito Evangelista da Costa
11- Antonio Filogênio de Paula Junior-Cadeira n° 12 - Patrono: Ricardo Ferraz de Arruda Pinto
12-Edson Rontani Júnior - Cadeira n° 18 - Patrono: Madalena Salatti de Almeida
13-Elda Nympha Cobra Silveira - Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior
14-Bianca Teresa de Oliveira Rosenthal - cadeira no 31 - Patrono Victorio Angelo Cobra
15-Evaldo Vicente - Cadeira n° 23 - Patrono: Leo Vaz
16-Lídia Varela Sendin - Cadeira n° 8 - Patrono: Fortunato Losso Netto
17-Shirley Brunelli Crestana- Cadeira n° 27 - Patrono: Salvador de Toledo Pisa Junior
18-Gregorio Marchiori Netto - Cadeira n° 28 - Patrono: Delfim Ferreira da Rocha Neto
19-Carmelina de Toledo Piza - Cadeira n° 29 - Patrono: Laudelina Cotrim de Castro
20-Ivana Maria França de Negri - Cadeira n° 33 - Patrono: Fernando Ferraz de Arruda
21-Jamil Nassif Abib (Mons.) - Cadeira n° 1 - Patrono: João Chiarini
22-João Baptista de Souza Negreiros Athayde - Cadeira n° 34 - Patrono: Adriano Nogueira
23-João Umberto Nassif - Cadeira n° 35 - Patrono: Prudente José de Moraes Barros
24-Leda Coletti - Cadeira n° 36 - Patrono: Olívia Bianco
25-Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins - cadeira no 26 Patrono Nelson Camponês do Brasil
26-Maria Helena Vieira Aguiar Corazza - Cadeira n° 3 - Patrono: Luiz de Queiroz
27-Marisa Amábile Fillet Bueloni - cadeira no32 - Patrono Thales castanho de Andrade
28-Marly Therezinha Germano Perecin - Cadeira n° 2 - Patrona: Jaçanã Althair Pereira Guerrini
29-Mônica Aguiar Corazza Stefani - Cadeira n° 9 - Patrono: José Maria de Carvalho Ferreira
30-Myria Machado Botelho - Cadeira n° 24 - Patrono: Maria Cecília Machado Bonachela
31-Newman Ribeiro Simões - cadeira no 38 - Patrono Elias de Mello Ayres
32-Angela Maria Furlan – Cadeira n° 25 – Patrono: Francisco Lagreca
33-Paulo Celso Bassetti - Cadeira n° 39 - Patrono: José Luiz Guidotti
34-Raquel Delvaje - Cadeira no 40 - Patrono Barão de Rezende
35- Elisabete Jurema Bortolin - Cadeira n° 7 - Patrono: Helly de Campos Melges
36-Sílvia Regina de OLiveira - Cadeira no 22 - Patrono Erotides de Campos
37-Valdiza Maria Capranico - Cadeira no 4 - Patrono Haldumont Nobre Ferraz
38-Vitor Pires Vencovsky - Cadeira no 30 - Patrono Jorge Anéfalos
39-Waldemar Romano - Cadeira n° 11 - Patrono: Benedito de Andrade
40-Walter Naime - Cadeira no 37 - Patrono Sebastião Ferraz