André Bueno Oliveira - cadeira no 14 |
Ser um poeta: acaso do destino!
Cantar em versos ilusões sem nexo,
ser água e fogo e côncavo e convexo,
juiz prudente, mas também sem tino.
Achar insípido um amor sem sexo
e vislumbrá-lo, por si só, divino;
sorrir à morte um riso de menino,
para adiar o seu fatal amplexo.
Que tolo! Sou artífice de idílios!
Que herança irei deixar para meus filhos?
Que herança deixarei para meus netos?
A honestidade – arauto dos meus lemas,
o amor à Vida, a fé, os meus poemas,
mais a saudade dos milhões de afetos!
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