Marly Therezinha Germano Perecin Cadeira n° 2 - Patrona: Jaçanã Althair Pereira Guerrini |
A sua evolução sintetizada em pouquíssimas palavras não foge à regra dos vendavais e tsunamis por que passaram as suas congêneres. Mudam os homens e as mulheres, transforma-se em novo o antigo, sem que a causa pereça. Vale a pena repensar e reinventar para obter o óbvio, o bem cultural acalentado, o produto definitivo em favor do saber coletivo. Eis a intenção que não muda, impressa na alma das academias para sempre..
Como para os estetas do pensamento, quase tudo de valor teve as suas origens na Inteligência Ocidental, no interior do universo helênico, gostamos de retroagir no tempo para lembrar aos jovens os dias de fausto sucedâneos ao século de Péricles. As elites da Hélade reuniam-se nos jardins atenienses, onde se homenageava o heroi Academus para evocar as musas, as divindades especiais que encantavam a inteligência de Zeus. Naquele mesmo lugar, o mais brilhante discípulo de Sócrates, Platão, iniciou a sua academia (escola) com propósitos universais, mas acabou prevalecendo a Filosofia sobre os demais saberes. Em virtude da tradição gerada na civilização ocidental, os grupos literários, artísticos e científicos denominaram-se academias, uma vez que a sua função específica era produzir e difundir a cultura, apresentar o novo e o transfigurado, congraçar os aficionados nos banquetes da Inteligência.
Assim pensando, uma Academia deve ser o complemento de todos os grupos do Saber, a confluência das idealizações positivas, o corredor das idéias de paz e de bem viver, bem como a partida para as iniciativas editoriais. Mas é, acima de tudo, o benfazejo espaço representativo da substância, gerada no pensamento pela imaginação, a intuição e a crítica, indispensável para a ação literária e que está na gênese da criação, antes desta tomar a forma narrativa, seja na prosa ou na poesia, para depois receber os tratamentos formais do idioma. Assim cremos e a vida nos tem mostrado.
Confiamos na ousadia e determinação da Presidente da Academia de Letras de Piracicaba, a professora Maria Helena de Aguiar Corazza, escolhida justamente em virtude da sua força interior aliada à inteligência. Auguramos-lhe todo êxito em sua nobre missão.
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