Particularmente, não gosto de
escrever sobre situações que preocupam prefiro as otimistas, mas, nos dias
atuais, não adianta “esconder o sol com a peneira”. Tudo incerto, insano. Muita
coisa errada. Muita maldade! Mundo conturbado. Dificuldade de tudo quanto é
jeito. Relacionamentos deformados, principalmente os familiares, e
consequentemente, os sociais de todos os tipos e tamanhos, que nem adianta
mencionar. É isso aí o que anda acontecendo, infelizmente. Sociedade aos “trancos
e barrancos”. Competição, concorrência e traições, e a Família “sem eira nem
beira”, aos “sopapos e solavancos”, tentando sobreviver com suas emoções destruídas
(uma verdadeira “gozação”!), sem rumo e sem disciplina nem autoridade, sem
sinalização em seu trajeto ou limites trombando e se arrebentando em acidentes
físicos ou mentais (sem contar os “espirituais”, imprescindíveis, mas tão
esquecidos...), em cada segundo dos caminhos, os mais diversos.
A
palavra de ordem, porém, precisa ser: “Reação”. Dar uma “benéfica marcha à ré”,
a fim de recordar, quando existiam atitudes que eram (ou foram) mais justas,
sérias e sensatas que, com certeza havia, antes desse desequilíbrio mórbido,
desrespeitoso, cruel e imoral, que conseguiu desarrumar e tirar tudo do lugar
deixando a vida assim, exatamente descontrolada e inconsequente como está.
Tudo estaria muito bem, não fossem tanta
discórdia, desmoralização, confusão e desarmonia, contrastes que colocam à
prova qualquer paciência, lucidez e sossego, para se conseguir ir ao encontro
de algo mágico e tão fácil de aprender e “apreender dentro de si”, que é “um
pouco mais de alegria”, antes de tudo ser colocado num lugar muito precioso e
seguro que é, “dentro do coração de cada ser”.
Então, o medo de errar, de não
querer se envolver a começar com tipos de sentimentos amorosos (só para dar um
exemplo já que este “artigo” tem um espaço limitado), com filhos (sobretudo os adolescentes),
temendo constrangê-los com cuidados dos quais nessa idade, eles tanto se
esquivam, mas, necessitam. Sua natureza precisa disso! Nada de temores ao
dar-lhes conselhos ou a máxima atenção, dialogar com eles sem críticas ou
ofensas, ouvir suas angústias e tensões, abraçá-los uma montanha de vezes...
Eles gostam disso! Aparentam ao contrário, mas no fundo torcem para serem
acarinhados. Sentem-se gente, pessoas que tem quem cuidem deles e se orgulham
muito, e a própria sociedade carece disso, daí estar assim tão desarvorada. O
mito de não se poder demonstrar amor é o que está enfeando o mundo fazendo-o
deslocado como está e acabando com os “valores” dessa mesma sociedade que se
desmancha e se deteriora dia a dia pela carência de criaturas que, afastadas do
amor da família, não saberão mesmo se comportar a não ser mentirosa e
sacanamente como estão fazendo. Assim, a fraternidade, a solidariedade e o amor
entre os homens só irão cada vez mais por água abaixo.
Falta coragem de cada qual “cumprir
sua missão”, e jamais desistir de amar enfrentando problemas que parecem não
ter mais remédio ou solução. Falta força para continuar na busca da “alegria de
viver” no nosso coração, neste mundo tão sofrido! Falta uma fé inabalável
“Naquele” que tudo pode fazer pelos homens!
Quem sabe, porém com dedicação, conhecimento
e vontade férrea, não conseguiremos um dia chegar lá?
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