Criança grande
com vontade de
ser pequena outra vez,
voltar a sentir
as delícias
das peraltices
inocentes
nas árvores com
galhos pendentes.
Correr descalça
pelo estradão
pular e rolar no
bagaceiro,
brincar de
amarelinha, queimada,
fugir tremendo, assustada
de grito vindo
da choça assombrada.
Sentir água na
boca,
só em pensar no
pé de tamarindo,
no caldo de cana
a escorrer doçura,
beber leite
fresquinho da vaca malhada,
com café da
última torrada.
Quem teve por
amigos o joão-de-barro,
um pato branco
de topete preto,
cão vira-lata a esperar na porteira,
gato negro com
olhos faiscantes
sente saudade de
gestos tão acariciantes.
Criança grande
bendiz a
infância distante,
um ontem, cheio
de bonança,
celeiro de ricas
experiências
que culminam hoje, em felizes vivências!Poesia classificada em 1º lugar na categoria sênior (3a idade) no 14o Concurso Nacional de Poesias de Capivari
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