O
Poeta trabalha, e seu duro trabalho
É
visto com desdém, como um porto inseguro.
E
sua inspiração mais lembra um espantalho
Feito
de trapos sobre um monte de monturo.
O
Poético Labor não serve de agasalho.
Ao
corpo mais aquece o espírito, que é puro.
Cada
rima tem brilho e o sol é como o malho
Que
traz Força, Beleza e Saber sobre o escuro!
O
hipócrita condena os versos do Poeta,
Mesmo
assim ele, em transe, as suas rimas medra
E
tudo o que ele sente em cantos interpreta.
Só
o Poeta consegue em inóspita trilha
De
ímpia mina tirar as lascas de atra pedra,
Dar-lhe
a lapidação e deixá-la com brilho.
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