(para
Manoel de Barros)
Minhas
desequilibradas palavras
são o luxo do
meu silêncio.
(Clarice
Lispector)
palárvores
balançam
ao vento
e
cumprem a impermanência
de
não serem elas mesmas
apoemando-se
metaforadamente.
aguando
desertos
passarando
árvores
pedrando
córregos limpos
arvorando
ruas
barulhando
silêncios
florando
securas dessa mina de afetos
doçando
o sal que abrasa mares
aforando
de interiores escuros
solarando
tristezas
domingando
quaresmas
argilando
sonhos
sapando
brejos
pirilampando
espaços desluados
vidrando
transparências
marmorando
seixos
janelando
paisagens pálidas
granitando
silêncios
num pacto com a mudez
carinhando
carícias
noitando
tardes que não querem
deixar o dia
parindo
sonhos de sonos apertados
entre cansadas vias.
vou
arquitetando passos
(sem
entregar minha vida
ao
passante tempo)
e metaforando
olhares,
por esta
infantilente.
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