Desafio literário: foto de um plástico destoando da linda natureza
Amargo desgosto
Lea
Paiva
Era
uma tarde tépida, azul e serena,
Passeava
calmamente, apreciando o rio.
Na
margem, as arvores tremulavam sob a brisa amena,
O
céu espelhava nas águas um pôr do sol arredio,
A
resplandecer raios de dourados fios
Estilhaçados
entre as sombras dos arvoredos,
Despedia-se de
mais um dia findo.
Eu,
encantada, desfrutava aquele entardecer tão lindo!
Mas
eis que volto meu olhar ao meu entorno
Encontro
um enorme pedaço de plástico branco
Jogado,
ali, para o meu espanto.
O
vento movia e ondulava o monstro,
Parecia
um fantasma, uma miragem,
Esvoaçando
no chão o velho entulho,
Todo
engelhado entre cascalhos, gramas e pedregulhos,
Tirando
todo o encanto da paisagem.
Pensei:
“Como pode alguém em sã consciência
Ter
tanta maldade, displicência,
Desprezar,
assim, a natureza?”
O
riso sumiu do meu rosto
Dando
espaço à tristeza,
Ao
amargo desgosto.
Tentei
desabafar neste poema
Ao
ver o impermeável, implacável
Asfixiando
os vergéis, o ecossistema, a vida, o fluxo-floema.
Leda Coletti
A
natureza é uma dádiva divina,
ao
exibir matas luzidias,
rios
e mares de águas transparentes,
campinas
com mimosas flores,
bichos
e pássaros cantantes.
Mas,
( quase sempre há um mas...)
O
homem parece não entender
e
valorizar essa formosura,
quando
derruba, coloca fogo nas matas,
destruindo
o “habitat” dos animais
e aves,
que então, migram para bem longe.
Polui
rios despejando esgoto, detritos,
manchando
os mares com óleo viscoso,
que
mata peixes e animais marinhos.
Então
ficamos a pensar:
Quando
o homem irá acordar,
enxergar,
respeitar, amar
e
preservar o nosso Planeta Azul?
VERDES VIDAS
Maria
de Lourdes Piedade Sodero Martins
Ao silêncio/Natureza, verdes
vidas se entrelaçam.
Emprestam
à doce brisa o puríssimo frescor
do
orvalho imaculado a gotejar espécies!
Impregnados
ao aroma e sabor da seiva viva,
ímpares tons, envolventes,
(do
verde-água ao bandeira)
tecem
por todo canto, recanto,
muralhas
macias, sedosas;
uma
oferta permanente,
do
Mágico Deus Criador
à
vida das efêmeras criaturas,
mais
bela, mais verdadeira
se
adornada de vidas verdes!
Vital
cor encantada da natureza em festa!
Lindos
verdes , verde total, verde vida,
das
florestas imensuráveis,
das
matas, plantas, folhagens ,
vegetais
de formas mil , infindas tonalidades
a saudar, com abraço misterioso,
os seres vivos a decorar o Universo,
espaço
plausível dos filhos da Terra
e
toda a incomparável criação.
Um
viva ao Verde! Ao VERDE VIDA!
DEPOIS DO APOCALIPSE
Andre
Bueno Oliveira
As
trevas reinarão por um milênio!
A
Terra, esfumaçada, sem ozônio,
talvez
até respire o gás argônio,
na
falta – que haverá- do oxigênio!
O
Homem, que pensava ser um gênio...
Coitado!
Evaporou-se qual criptônio!
Não
tem mais latifúndio ou patrimônio...
Seu
ouro, vale menos que o selênio.
E
Deus, sentado em trono de alumínio,
tristonho,
apreciará o extermínio
do
mundo incandescente pelo Urânio.
Se
alguém sobreviver ao infortúnio,
jamais
verá no céu um Plenilúnio,
e
nunca colherá... um só gerânio!
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