Ivana Maria França de Negri
Apesar de tudo, a vida é sempre bela. Como naquele filme, cujo título era “A Vida é Bela”, que contava a história de um pai extraordinário, que mesmo estando, ele e o filho pequeno, no pior lugar que poderiam estar, num campo de concentração nazista, consegue mostrar ao menino como a vida pode ser muito bela.
Esse pai usa a imaginação o tempo todo para fazer o pequeno acreditar que estão participando de uma grande brincadeira. Mas o intuito é proteger o filho do terror do nazismo. E ele consegue! A cada manhã, mantém um sorriso no rosto, muita positividade e esperança de que será um grande dia. Faz de tudo para preservar seu pequeno Giosué dos horrores da 2ª guerra e do Holocausto. Conta ainda com a ajuda de outros prisioneiros que estão sob o mesmo pavor. O que pauta o filme até o fim é a esperança de dias melhores, do término da guerra. E isso acaba acontecendo para o menino, pois nada é para sempre e as grandes tragédias sempre terminam um dia.
E é um exercício diário aperfeiçoar-se na arte de captar o lado bom das coisas. Alguém se lembra da Pollyana? A protagonista do livro do mesmo nome que encantava os adolescentes de décadas atrás. Era mestra nessa arte de extrair sempre algo bom das piores situações e acabava contagiando as pessoas ao seu redor com sua aura positiva.
Parece fácil, mas não é. Essa arte de procurar sempre alguma coisa de bom nas pessoas ou situações, tem que ser trabalhada diariamente.
Em geral encaramos a vida como aquela hiena do desenho animado que dizia sempre “que vida, que dia, que mês, que azar!” a qualquer problema que aparecia. Ao passo que seu amigo leão, estava sempre de bem com a vida, de bom humor.
Hoje em dia virou moda uma parte da imprensa dar espaço às tragédias. São tantas e tão variadas, que para se protegerem dessa avalanche de negatividades, as pessoas acabam se isolando numa capa de insensibilidade. Conseguem fazer as refeições assistindo sanguinolentos filmes, programas televisivos que só mostram assaltos, aberrações e assassinatos ou lendo jornais, daqueles tipo “espremendo sai sangue”. E acabam se esquecendo que existe o lado bonito da vida.
Nesta época pandemônica, parece que os apresentadores de telejornais sentem um prazer mórbido ao anunciar mortes, previsões sombrias, tudo o que de mais negativo puderem passar. Não compreendo essa postura. Por que não repassar algo positivo? Coisas boas acontecem a todo momento também. Mas parece que só o lado negativo interessa. Talvez fruto dessa polaridade política que acirra os ânimos e desperta ódios.
Eu estou tentando me resguardar, me afastando de pessoas negativas que só postam tragédias, que só fazem previsões sombrias e só sabem apontar dedos para acusar. Nada de bom tentam fazer. Ficam sempre abaixo das nuvens negras. Mas acima das nuvens, existe um sol maravilhoso, muita luz e um arco-íris colorido. Não quero chafurdar nas sombras abissais com essa pessoas. Se puder ajudá-las, eu ajudo com o maior prazer, mas se elas se negam a sair dessa prisão, nada posso fazer, só a vida vai ensinar, pois é a melhor escola
Viver é mágico. E mesmo quando tudo
desaba e parece sem solução, a beleza está lá. Basta ter olhos interiores que
enxerguem através das coisas, acima das nuvens...
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