Lídia Sendin
Neste verso de papel,
Atirado pelo vento,
Pinto versos sem pincel,
Minhas letras eu invento.
Não importa se é pedaço,
Grande folha ou só tirinhas,
É ali mesmo que eu faço
Só um verso ou muitas linhas.
Posso usar papel de tudo,
Basta ter lugar vazio,
Se é pouco o conteúdo
Vou tecendo fio a fio.
Estes mesmos que ora escrevo,
São versos num papelão,
E a dizer eu me atrevo
Que foi boa a intenção.
O vazio do branco anima
A dragar o coração,
Versos livres ou com rima,
O que vale é a inspiração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário