Myria Machado Botelho
Ecologia é o
assunto do momento em todo o mundo, e o que se espera como medidas urgentes é
que as decisões sejam realmente cumpridas pelos países participantes dos
estudos, especialmente os mais responsáveis pela poluição ambiental.  No Brasil, como tudo, o processo é vagaroso e
a conscientização ainda muito pequena quanto aos deveres e as obrigações  que todos os cidadãos deveriam ter para
com  nossa” casa comum”.
                O
aquecimento global da terra, responsável pelos fenômenos climáticos de chuvas,
inundações e secas catastróficas, resulta do aumento do metano, do dióxido de
carbono e outros gases responsáveis pela poluição ambiental e atmosférica, bem
como os extremos do frio, da chuva, do gelo e do calor. Os desmatamentos, as
queimadas e a urbanização progressiva e desordenada constituem outros tantos
fatores para esse desequilíbrio.  Os
meses quentes estão cada vez mais quentes e os meses frios cada vez mais frios,
alterações conhecidas por “efeito estufa”. 
A radiação solar que incide sobre o planeta e que deveria voltar ao
espaço, fica retida entre a atmosfera e o solo, causando as mudanças de clima e
temperatura, um efeito que, além de prejudicar o homem, compromete também a
agricultura.    
                 Em âmbito regional, deveria ser adotado como
norma o reflorestamento, aproveitando-se todas as áreas ociosas urbanas e
transformando-as em pequenas praças e jardins, a exemplo de Curitiba, Pr, onde
qualquer caminho leva a um parque, contando com uma área verde de 50 m2  por habitante.
                Ecologia
é toda uma conscientização coletiva que inclui, não somente o estudo das
condições ambientais, mas também tudo que se relaciona com a vida humana.  Os problemas da fome e da morte por inanição
em alguns países africanos, e outras ameaças que nos atingem frontalmente como
a poluição sonora, os distúrbios de atenção em crianças que aprendem menos, em
adultos que experimentam a perda de audição e dores de cabeça, acrescidas de
doenças cardíacas  e do sistema nervoso ,
causados pelo barulho excessivo, todos esses  efeitos negativos estão  a exigir medidas urgentes.
A defesa do
planeta está nas mãos de todos. Preservar a natureza, harmonizar o
desenvolvimento econômico, lutar e contribuir para a saúde humana e a qualidade
de vida, não é problema restrito a governantes, políticos, empresários,
industriais e integrantes de partidos verdes. 
É também uma tarefa do homem comum, da dona de casa, da criança;  o tema vai além dos modismos e transformou-se
num estágio da civilização, em que já não existe o retorno.  A péssima qualidade do ar, os ruídos
ensurdecedores, a devastação sem trégua das matas, os rios e os mares poluídos,
a matança brutal e indiscriminada dos animais, os alimentos contaminados, estão
indicando uma herança nefasta que pede urgentemente uma postura consciente,
realista e participativa.
Também os administradores,
prefeitos e responsáveis pelo assunto precisam estabelecer normas  de convivência que devem ultrapassar as
pretensões eleitoreiras.  É preciso mais
ação, mais vigilância e punição para os infratores, pois a qualidade de vida
dos munícipes está sendo seriamente afetada. A educação e o empenho coletivo,
através de uma conscientização constante não podem esmorecer, afim de se evitar
o que acontece todos os anos  nos
mananciais e nos rios, cujo lixo 
recolhido soma toneladas. A administração de uma cidade , de seus
bairros, praças  e logradouros públicos ,
de suas ruas, bueiros e calçadas , bem cuidados e limpos de matos e de lixos
deve  fazer parte das agendas
diárias  dos responsáveis, uma
competência que constitui o selo do bom administrador ;     O exemplo e a fiscalização devem vir de cima,
através de campanhas públicas e punições. 
Uma conscientização em que é preciso começar a ser “verde”, dentro de
casa, cada qual procurando fazer sua parte, se quisermos preservar e remediar o
mundo em que vivemos, antes que seja tarde! 
Em Piracicaba,
e o assunto já foi abordado algumas vezes; o ítem poluição ambiental vem sendo
extremamente descuidado, é só levantar cedo e andar pelo centro e arredores
para verificar o abandono e o descuido . O trânsito é desordenado e barulhento,
as calçadas, quase intransitáveis, estão sujas de lixo, de peças de roupas
deixadas pelos moradores de rua, de plásticos e excrementos,  os  bueiros entupidos e os matos crescendo `a
vontade.  Um cenário que já constitui o panorama
cotidiano. Sobre a praça central, é bom 
nem mencionar.  O desastre
ecológico da mortandade de milhares de peixes, ocorrido recentemente no
rio   Piracicaba  retrata um triste episódio  do desleixo e 
do abandono da vigilância  tão
necessária   por parte de nossos administradores.  E isto não é feito num dia, é de TODOS os
dias.
Salvar o
planeta, enquanto ainda é tempo, eis a magnífica mensagem do Papa Francisco em
sua preciosa Encíclica “Laudato Si”, em que suas profundas e sábias  considerações sobre o tema deveriam ser
conhecidas por todo o mundo civilizado. 
 
 

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