Leda
Coletti
As aves são
ornamentos
da nossa mãe
natureza,
encantam, são
acalentos,
no mundo espalham
beleza.
Anunciando o
alvorecer
todas desejam bom
dia,
demonstrando bem
querer
almejando só
alegria.
O sanhaço tece o
ninho
sabiá canta, gorjeia,
pica-pau rei pica o
pinho,
marreca n’água é
sereia.
Canário está na
paineira,
pombo do mato a
chorar
por causa da
companheira,
que partiu sem
avisar.
Tico-tico mui
bondoso
choca os ovos do
chupim,
que folgado e
preguiçoso
age errado, sempre
assim.
Pássaro preto
habita
o oco dos
coqueirais
e, com a brisa se
agita
emite sons
celestiais,
Num galho lá da figueira
João de barro fez
morada,
toma conta da
parceira
teme que seja
roubada.
Há perigo na campina
o bem-te-vi anuncia
tem gavião belo, o rapina
oculto, lá do alto
espia.
Tuiuiú, mais colhereiro
são aves do
Pantanal,
no Tanquã
hospitaleiro
revivem berço
natal.
Junto ao rio
Piracicaba
há garças brancas nas
margens
e, essa migração só
acaba
quando as cheias são
miragens.
“Noiva da Colina”
abriga
verdadeiro relicário,
é refúgio, amparo,
amiga
das aves, um
santuário.
As araras e tucanos
colorem nossos
torrões,
estão ficando
urbanos
visitando os
quarteirões.
Barulhentas
maritacas,
aves com sons estridentes
parecidos com
matracas,
se fazem sempre
presentes.
À tarde tem revoada
das andorinhas, pardais,
que aos bandos em
disparada
pousam em áreas
centrais.
No canto lá da
porteira
a coruja é
sentinela
da madrugada
altaneira
com luar, que a faz
tão bela!
No silêncio
repousante
a natureza adormece.
Na pausa
gratificante
o mundo inteiro emudece.
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