Bianca Rosenthal
Segundo a
Psicanálise, a dualidade é a ideia de forças opostas em um mesmo objeto. Na
filosofia, o dualismo postula dois princípios supremos antagônicos. Vivemos num
mundo dual, mas a paz depende de nosso mundo interior.
Se existe o
duro é porque também existe o mole. Se existe o pesado é porque também existe o
leve, e assim por diante. O mundo é antagônico. Vivemos num mundo dual. Mas,
então, como encontrar a paz num mundo assim?
A paz está
nas pequenas coisas, na harmonia e equilíbrio. O mundo terá adversidades, mas
podemos fazer poesia no caos e extrair lições. A calma orienta, o desespero
engessa.
Às vezes nos
sentimos num labirinto. Se tivermos paciência e bom humor, certamente teremos
melhores condições de encontrar a saída.
O choque de
lucidez em meio aos pensadores perturbadores faz grande diferença. A gestão da
emoção nos capacita.
Quais os
méritos que teríamos se fôssemos pacíficos em um mundo já totalmente
pacificado? A condição de paz viria do ambiente, não de mérito próprio. Da
mesma forma, devemos ser honestos em um mundo onde nem todos o são, devemos ser
humanitários e generosos, em um mundo onde nem todos o são. Devemos ser luz na
escuridão. Nas palavras de Alexandre Basileis: "A dualidade existe para
que possamos tomar decisões onde há opções. O ato de decidir sem que tenha as
opções, seria uma vida robótica e vazia. Por conta disso, precisamos escutar as
duas verdades; conhecer os dois caminhos; saber a diferença dos fatos e então
tomar a decisão sabendo ponderar sobre os fatos concretos e optar pelo que
melhor nos clareou”.
O que lhe
parece correto? Pense, duvide, critique, decida. Devemos ser pacíficos e
procurar a paz dentro de nós, num mundo no qual há guerras e injustiças. Se
existe guerra, também existe paz. O mundo é dual. O importante é a nossa
escolha de cada dia.
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