Lídia Sendin
No fim da poeirenta estrada, a
porteira com enfeites de bambu formando arco, espera os convidados. Em todo o
terreiro, as mesas improvisadas cobertas de alegres toalhas, recebem, pouco a
pouco, os pratos cheirosos vindos de mãos caprichosas e cheias de talento.
Rostinhos pintados, bochechas
rosadas, trancinhas presas com fitas e laços desfilam contentes entre as mesas,
espiando os quitutes com olhares cobiçosos.
O cheiro de batata-doce assada já
começa a se espalhar pelo arraial, mas o estouro da pipoca chama a atenção da
caipirada, e passinhos espertos correm em direção da panela fumegante.
A fogueira já virou brasa, alguns
corajosos de plantão passeiam em volta, esperando o momento ideal de mostrar a
bravura de superar a dor pela fé.
Mocinhas sonhadoras fazem seus votos
e simpatias na esperança de um próximo dia de Santo Antonio de aliança na mão
esquerda.
Muita música, muita cor, cheiros e
gostos, animação; eis a receita da alegria de uma festa caipira.
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