Divindade inexorável,
A cristaleira da sala
Guardava porta-retratos
Dos quais ancestrais me olhavam.
Gente que, fora da foto,
Vivia menos altiva
Parecia reprovar-me.
Arrogante cristaleira
Cheia de taças compridas
Que a ninguém interessavam
Guardava, ainda por cima,
Bem lá em cima, na verdade,
Um grande pote de doces
Que eu ganharia se fosse
Um doce por não roubá-los
Um comentário:
Obrigada pela postagem, Ivana! Beijos!
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