Maria Helena Vieira Aguiar Corazza
Cadeira n° 3 - Patrono: Luiz de Queiroz
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Não sabia se escrevia neste mês de maio
sobre “Maria x Fátima”, ou sobre “Inverno x Agasalho”. Resolvi então saudar
Nossa Senhora de Fátima da qual sou muito devota e faço questão de levar isso a
público, mas que muitos outros amam e veneram também, por tantas graças
recebidas em suas vidas, lembrando Sua aparição em Portugal mais precisamente
em Fátima, na “Cova da Iria” em treze de maio, onde Ela apareceu aos três
pastorinhos, Lucia, Francisco e Jacinta (numa história verídica para os
crédulos e religiosos da fé na Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo), quando essas
crianças passaram por sérios transtornos e problemas pelas afirmações que
faziam sobre as aparições que abalaram a opinião pública, que divergia entre os
que acreditavam e os descrentes que não queriam admitir o fato. Quem conhece a
cidade de Fátima pode constatar ali uma capela feita em Sua honra onde cristãos
do mundo inteiro a visitam, se comovem muito pela força e energia inexplicáveis
que tomam conta dos fiéis que oram por suas dificuldades e agradecimentos. A
história é linda e é de fé, e o mistério dos milagres, não nos compete
compreender, mas acatar e respeitar.
O outro assunto do título então, que não se
pode esquecer é o frio para quem não tem com o que se aquecer, sobretudo, nas
noites de inverno onde geralmente as casas de quem tem menos renda (barracos ou
construções desprovidas de condições adequadas), com frestas, sem fôrro,
telhados mal colocados, pisos gelados pela carência de revestimento, uma
situação de muito sofrimento, pois, convenhamos, o frio faz bater os dentes, e,
quando é forte, dói, machuca, amedronta até.
Não há duvida
que o frio principalmente para os bebês, os idosos e os doentes exerce um poder
de judiar e piorar as condições de vida dificultando a saúde e destruindo a
alegria e a normalidade para continuar a viver. Que grande emoção terá a
coitada da dona da casa com o mínimo de recursos, que levanta tiritando de
frio, ainda escuro, de madrugada, para fazer a irrisória marmita aos seus que
saem para trabalhar, e além da penúria, com roupas inadequadas, velhas e precárias,
pés gelados nas havaianas surradas, gastas, levando na parca sacola, um “quase
nada de mais” para se alimentar por um dia inteiro de trabalho? E isso, só para
dar um exemplo. A miséria é muito maior! Por isso, nesta época é preciso sair
do comodismo e dar uma refletida no que se pode fazer para amenizar essas
calamidades endossando fileiras de apoio aos menos favorecidos e deserdados da
sorte, lembrando de tantos outros que têm em abundância e fartura,
indiferentes, omissos, desatenciosos sem nem menos valorizar o que tem. Daí, um
chamamento, no mínimo, para as “Campanhas do Agasalho” espalhadas por toda a
cidade, cujo único intuito é arrecadar o maior numero possível de peças, não só
de roupas, como cobertores e afins, que venham “esquentar” por assim dizer, o
inverno daqueles que, ainda nos dias de hoje, apesar de tanta tecnologia e
avanços sociais em tantos setores vivem marginalizados á espera de mãos
caridosas a lhes conceder recursos já que por si mesma a vida ou sua condição
de capacidade ou entendimento lhes tem negado.
Aqui fica o pedido então, para que
abram seus corações e que a compaixão se instale e a generosidade cumpra o seu
papel de dignidade e justiça ao que, seja qual for o motivo, precisa de sua
doação.
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