
Rio Piracicaba
Rio Piracicaba cheio (foto Ivana Negri)

Patrimônio da cidade, a Sapucaia florida (foto Ivana Negri)
Balão atravessando a ponte estaiada (foto Ivana Negri)
Diretoria 2022/2025
Presidente: Vitor Pires Vencovsky
Vice-presidente: Carmen Maria da Silva Fernandes Pilotto
Diretora de Acervo: Raquel Delvaje
1a secretária: Ivana Maria França de Negri
2a secretária: Valdiza Maria Capranico
1o tesoureiro: Edson Rontani Júnior
2o tesoureiro: Alexandre Sarkis Neder
Conselho fiscal: Waldemar Romano
Cássio Camilo Almeida de Negri
Aracy Duarte Ferrari
Responsável pela edição da Revista:Ivana Maria França de Negri
Seguidores
domingo, 29 de julho de 2012
sábado, 28 de julho de 2012
Medalha de Mérito Cultural 2012
Ivana Negri, integrante da Academia Piracicabana de Letras, recebe a medalha "Branca Motta de Toledo Sacks" na área de Literatura.
TROFÉU “FABIANO RODRIGUES LOZANO”Jamil Maluf
DANÇA – Medalha “Iris Ast” Hélio Bejani
ARTES PLÁSTICAS – Medalha “Umberto Silveira Consentino”Eduardo Borges de Araújo
MÚSICA – Medalha “ Prof. Olênio de Arruda Veiga”André Micheletti
ARQUITETURA – Medalha “Serafino Corso”Celso Duarte
LITERATURA Medalha “Profª Branca Motta de Toledo Sachs”Ivana Maria França de Negri
ARTES CÊNICAS – Medalha “José Maria Carvalho Ferreira”Laura Kiehl Lucci (em memória)
ARTES VISUAIS E FOTOGRAFIA – Medalha “Cícero Correa dos Santos”Willian Hussar
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GAZETA PIRACICABANA |
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Tribuna Piracicabana |
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Solidão branca
quarta-feira, 25 de julho de 2012
A difícil tarefa de escrever
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Colaboração da Acadêmica Myria Machado Botelho Cadeira n° 24 - Patrona: Maria Cecília Machado Bonachela |
Escrever
é um ato sério. A passividade de uma folha em branco esconde armadilhas e
comprometimentos. O que se fala é efêmero, mas aquilo que se imprime e se fixa
exige reflexão, ponderação, cuidado, sobretudo conhecimento e apuro. O dever de
informação e formação do escriba é vário em todas suas modalidades e não pode
ser prejudicado pelo sectarismo – uma forma intransigente e apaixonada de dizer
as coisas como se estas fossem certas e infalíveis, isto em se tratando de
jornalismo. Ninguém é dono da verdade, contudo, podemos esforçar-nos para
aproximar-nos quanto mais da veracidade que se constrói no repúdio a toda
forma duvidosa, em que as fontes possam
ser falsas ou mentirosas.
O
trabalho de quem escreve é silencioso, sofrido e obscuro, nem sempre valorizado
devidamente, tratando-se do escritor ficcionista e criador; são pequenas as
consolações, exceto aquelas, parafraseando o poeta, anônimas e sem raízes,
recebidas como bênçãos, “um repouso ao cansaço, um pouco de modéstia aos mais
felizes, um pouco de bondade aos mais perversos.”
Nos
tempos que correm, o texto da era digital é veloz, cria cenários de comunicação
planetária, uma revolução que muitos chegam a considerar como a morte da
palavra escrita, e consequentemente o fim da arte literária. Em meio a esta
revolução, surgem fatores desgastantes em detrimento do que se poderia
considerar uma preocupação maior e mais cuidadosa para com a comunicação
escrita. O descaso com a língua e a sintaxe, o estilo e a forma, uma
superficialidade sustentada e revigorada pela tecnologia fácil, criou uma
improvisação que ameaça desbancar o esmero, o cuidado e o esforço dos bons
esgrimistas da palavra e as características indispensáveis do verdadeiro
escritor. Para tudo, é necessário o preparo, o embasamento da leitura e do
conhecimento e, logicamente, o talento. Acredito, contudo, que essa fase terá
um fim, a bem de uma sobrevivência que, forçosamente, vai acontecer.
Expressando
suas experiências e introspecções, dentro de seu próprio mundo, o bom escritor
tem uma responsabilidade social, imposta pela qualidade inata da inteligência e
do engenho natural. No ambiente onde vive, dentro de sua comunidade, sua tarefa
é a de entregar a realidade nas mãos dos leitores.
Neste
terceiro milênio, à sombra de todas as convulsões ocorridas no século passado,
que muitos consideram o pior de todos os que o precederam no terreno da
violência, das guerras, das lutas de classes e conflitos raciais, dos
desregramentos morais e sexuais, sobretudo do materialismo sem Deus e contra
Deus, as conquistas tecnológicas e científicas, estranho paradoxo, levaram o
ser humano a regredir no terreno espiritual. Homens e mulheres
desarmonizaram-se interiormente, sem saber o que fazer de si mesmos. Rompendo o
próprio equilíbrio, romperam-se em consequência o equilíbrio ecológico e a
estrutura da sobrevivência no planeta.
O
gosto pela boa leitura, o aprofundamento, o mergulho no vastíssimo oceano das
ideias e da reflexão que tantos benefícios podem trazer ao conhecimento humano
e aos relacionamentos, aprimorando o comportamento subjetivo e,
consequentemente, a contribuição qualitativa exterior, vêm cedendo espaços para
a superficialidade medíocre. Os bons escritores escasseiam e já integram o
quadro das exceções.
Por toda essa desordem, temos de
admitir, somos responsáveis, estamos no mesmo barco e com ele afundaremos ou
emergiremos.
E
o escritor? Deverá ele alienar-se e retirar-se, ou ainda restringir-se e
comunicar ao mundo somente o lado amargo, cruel e triste de suas observações e
experiências? Ou procurar suavizar a realidade, dourando-a com o tênue manto do
sonho, da beleza e da fantasia? E no terreno mais doméstico, dentro de suas
pequenas fronteiras, no restrito raio de alcance de seu trabalho inglório e de
resultados tão relativos neste país tão dividido, em que o humilde escriba do
interior representa tão pouco ou quase nada, sem apoio ou incentivo, deverá ele
insistir ou fugir? Cremos sinceramente que não.
Uma
vez que as distâncias se encurtaram e as preocupações passaram a ser igualmente
comuns; uma vez que a reciprocidade se tornou mais próxima e possível pelos
meios de comunicação, é dever continuar
e contribuir com a pequenina parcela que lhe cabe.
A
literatura sempre será o instrumento mais sensível a serviço da criatura
humana, além de ser um fator de unidade e ajuda recíproca. Em contato com os
acontecimentos mais próximos e nessa mútua relação, a voz do escritor no seu
idioma nativo deverá ser a força que agrega, une e preserva o espírito de uma
comunidade, de uma nação. Partindo das próprias experiências e identificações,
e devagar, se começa a trazer na própria direção o que acontece pelo mundo.
Poetas, ficcionistas, jornalistas,
historiadores e pensadores, quem senão estes, providos de sensibilidade e
daquela indefinível chama de sensação intuitiva aliada à competência, poderiam
ser melhores vigilantes da vida que pulsa ao redor, com toda sua pungência,
seus acertos e fracassos, decepções e desencontros, com toda sua maravilhosa e
doce utopia? Com toda sua memória preciosa e indispensável para ser legada aos jovens e servir de arrimo
aos mais velhos?
O escritor é a testemunha de seu
tempo. Pequeno ou grande, ousado ou tímido, na primeira frente ou na
retaguarda, não importa. Com ímpeto ou doçura, carregando nas tintas ou
suavizando-as, usando a palavra de forma envolvente e musical, ou tonitroando-a
como imprecação, criando e dando vida eterna aos arquétipos imortais de tantas
obras-primas, capazes das revoluções da alma e do mundo, plenas de um conteúdo
inovador ou transformador – eis a força da palavra que nenhum computador e
nenhuma revolução digital poderá substituir com igual amplitude, benefício e
confiabilidade.
segunda-feira, 23 de julho de 2012
A dupla face da Igreja Católica
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Armando Alexandre dos Santos Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado |
O caso do bispo argentino fotografado há poucas semanas em
circunstâncias escandalosas, impróprias a sua condição, ocupou páginas inteiras
de alguns jornais, que aproveitaram a ocasião para criticar a Igreja Católica
pela manutenção do celibato eclesiástico. Seu imediato pedido de renúncia,
obviamente determinado pelo Vaticano, não mereceu o mesmo estardalhaço
publicitário.
Criticar a Igreja é moda, em muitos ambientes. O preconceito
anticatólico é o único preconceito admitido e até estimulado no mundo
acadêmico, segundo afirma Thomas E. Woods Jr., professor norte-americano, na
abertura do seu notável livro “Como a Igreja Católica construiu a Civilização
Ocidental” (Editora Quadrante, São Paulo, 2008).
É óbvio que, infelizmente, inúmeros eclesiásticos dos vários níveis, até
os mais elevados, não cumprem, como deveriam, suas obrigações. Há muita coisa
na sua conduta que deveria ser diferente, para que os ensinamentos de Nosso
Senhor Jesus Cristo fossem seguidos. Esse é o lado humano, frágil, doente, da
Igreja Católica. É a face terrível da instituição. Por mais que sejamos
católicos, não podemos fechar os olhos diante dessa realidade.
Mas também não devemos jamais devemos esquecer o outro lado: a Igreja é
de instituição divina e, enquanto tal, por cima das misérias humanas tem uma
outra face, pura, santa, imaculada. E mesmo nas piores horas, mesmo nos
momentos de crise mais intensa, como o atual, essa face se manifesta
magnificamente.
Ainda recentemente recebi, por e-mail, um espetáculo de Power Point
lindíssimo, sobre tratamento de aids no mundo inteiro. A única instituição
internacional que desenvolve em todo o mundo um trabalho sério, eficiente e
dignificante para ajudar os aidéticos é a Igreja Católica. Inúmeros
estabelecimentos católicos funcionam em todo o globo (e especialmente na África, continente mais
atingido pela epidemia) para auxiliar, material e espiritualmente, os
aidéticos. São estabelecimentos discretos, humildes, que não chamam a atenção
sobre si, mas atuam eficazmente.
Existem milhares e milhares de ONGs coletando dinheiro e fazendo
demagogia a propósito da aids, e aproveitando para criticar a Igreja porque
combate, por razões morais, o uso da camisinha, mas na prática, quem trabalha
mesmo, em favor dos aidéticos, é a Igreja...
Esse “outro lado” da questão, a justiça manda não omitir.
Esse “outro lado” da questão, a justiça manda não omitir.
De fato, a Igreja tem um lado
divino e um lado humano. O lado divino é, insisto, puro, santo, imaculado. Sem
ele seria impossível uma instituição tão contrária a todos os valores que o
mundo habitualmente preza, cultua e até idolatra, sobreviver durante 2 mil
anos. Como escreveu um autor francês do século XIX, “l´Eglise est une enclume
qui a usé bien de marteaux” (a Igreja é uma bigorna que já gastou muitos
martelos). Eles bateram, bateram, bateram, gastaram-se... e a Igreja continua
de pé. Voltaire previa o fim da Igreja para o final do século XVIII... Como
estava enganado!
Mas há também o lado humano, no qual há miséria, há podridão, há crimes.
Não podemos fechar os olhos para essa realidade, como também não podemos
esquecer o lado divino.
Creio que o que exprime bem essa dicotomia, essa aparente contradição
entre o divino e o humano na instituição da Igreja Católica, é o episódio
ocorrido com o historiador alemão Ludwig von Pastor (1854-1928). Ele era
protestante e, certa ocasião, desafiou publicamente a Igreja Católica a abrir
os seus arquivos secretos. Tinha certeza, afirmava, de que eles jamais seriam
eles abertos, para não serem revelados horrores tremendos...
Na ocasião, acabava de ser eleito Papa Leão XIII, que mandou dizer a
Pastor que os arquivos do Vaticano estavam inteiramente abertos para ele. No
início, Pastor não acreditou, mas viajou para Roma e ali encontrou, realmente,
todas as facilidades em seu trabalho de pesquisa. Nada lhe foi negado, nada lhe
foi escondido. Ele passou anos trabalhando e produziu uma obra monumental, em 40
volumes, com a história dos Papas desde a Renascença até o final do século XVIII.
Nessa obra, registrou todos os horrores (e foram realmente horrores, é
inegável) de Papas renascentistas.
A certa altura da sua pesquisa, solicitou e obteve uma audiência com
Leão XIII. Apresentou-se ao Papa, agradeceu as facilidades que obtivera na pesquisa
e, para grande surpresa de Leão XIII, declarou que desejava tornar-se católico.
O Papa, muito espantado, respondeu:
- Mas, Professor, antes de conhecer por dentro os horrores praticados
por antecessores meus, o Sr. era contra a Igreja Católica, e agora, que conhece
tudo documentadamente, quer ser católico? Não estou compreendendo sua atitude.
A resposta de Ludwig von Pastor foi muito interessante:
- Santidade, eu me convenci de que a Igreja Católica é realmente uma
instituição divina. Se nem Papas conseguiram destruí-la, é porque é divina
mesmo!
Armando Alexandre dos Santos escreve aos sábados na TRIBUNA PIRACICABANA
domingo, 22 de julho de 2012
A Biblioteca em todas as suas possibilidades e Eu, o Bibliófilo
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Carmen Maria da Silva Fernandez Pilotto Cadeira n° 19 - Patrono: Ubirajara Malagueta Lara |
Tateio
o dorso dos livros
onde
há múltiplas vidas
delineadas
em misteriosas palavras
e
em cada prateleira nos volumes
explodem
personagens inusitados
que
norteiam nossos dias
Títulos
pululam
autores
multifacetados
em
caleidoscópios de possibilidades
científicas,
ficcionais, realistas
me
debruço em histórias não minhas
e
as absorvo vorazmente, por inteiro
Romances
de povos
lendas,
paixões, sabedoria
relatos
de vidas pregressas, biografias
na
viagem das letras
transmuto-me
no outro
e
incorporo suas ideias
possuo
sua alma lentamente
no
ritual do prazer da descoberta
da
amplitude da criação humana
espelhamento
da condição Divina...
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Comemoração do Dia do Escritor em Piracicaba
Vários grupos literários de Piracicaba terão representantes no evento: Academia Piracicabana de Letras, Centro Literário de Piracicaba, Clube dos Escritores de Piracicaba, Grupo Oficina Literária de Piracicaba, Poesia ao Vento e Sarau Literário Piracicabano
Ana Marly, Esther Vacchi, Edson Di Piero, Carmelina Piza, Ivana Altafin, Ivana Negri, Madalena Tricânico, Leda Coletti, João Athayde, Esio Pezzato e Raquel Delvaje |
Escritores piracicabanos irão comemorar seu dia com um evento na área de lazer da Rua do Porto, das 9h às11h, dia 21 de julho, sábado.
Árvore de livros |
Haverá declamação de poemas, varal de textos, distribuição de livros autografados, contação de histórias, dramatizações, música a cargo do tecladista Coimbra e a presença do ônibus da biblioteca.
Evento aberto ao público e realizado pelos grupos literários de Piracicaba.
Distribuição de livros |
Ana Marly, Raquel Delvaje, Ivana Negri, Leda Coletti, Carmen Pilotto e Aracy Duarte Ferrari Blog do GOLP |
Se chover, o evento será automaticamente cancelado.
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Uma revelação gastronômica em Teresina
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Armando Alexandre dos Santos Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado |
Estou
chegando de Teresina, onde tive a surpresa e a alegria de encontrar um amigo
bem piracicabano.
Teresina
é a única capital nordestina distante do mar. Nesse ponto, diferencia-se de
todas as outras, o que lhe dá um caráter interiorano e provinciano muito
peculiar, muito simpático e familiar para quem reside em Piracicaba.
As
duas cidades têm, aliás, mais de um ponto em comum. Ambas gravitam, do ponto de
vista cultural, em torno de rios. Lá, o núcleo primitivo que deu origem à
cidade se estabeleceu próximo ao encontro dos dois grandes rios piauienses, o
Poti e o Paraíba. São rios largos, piscosos e, pelo menos no trecho limitado
deles que conheci, bem tranquilos, sem saltos nem corredeiras.
Indaguei
o motivo de a capital do estado se ter situado longe do mar, caso único no
Nordeste brasileiro. Explicaram-me que isso se deve a dois fatores. Primeiro, o
ponto era, no passado, de importância estratégica e comercial muito grande. O
porto de Teresina era passagem obrigatória de toda a produção de uma larga
faixa do sertão. Produtos agrícolas, carne de sol, peles curtidas, minérios,
tudo o que produzia o atual Piauí, assim como boa parte do oeste baiano, tinha
forçosamente que chegar ao mar por via fluvial, passando por Teresina, que
oferecia um porto bom e seguro.
Por
outro lado, a cidade litorânea que teria vocação natural para ser a capital do
Piauí, seria, segundo os piauienses, Sobral – que acabou ficando cearense, ao
que parece em troca de certa região interiorana que o Ceará cedeu ao Piauí. Por
isso, Teresina se impôs como a capital. Tem hoje cerca de um milhão de
habitantes.
Depois
de cumpridas as obrigações que me levaram até lá, na Universidade Federal do
Piauí-UFPI, onde foi realizado o VI Simpósio Nacional de História Cultural,
procurei conhecer algo da culinária local. Fiquei conhecendo um prato típico,
chamado Maria Isabel – uma espécie de mexido de arroz branco bem durinho e
seco, com carne de sol desfiada, cebola, alho, cheiro-verde e outros temperos. O
Maria Isabel diferencia-se do risoto porque o arroz não é cozido junto com a
carne, mas é juntado a ela depois de pronto. É, também, bem mais seco do que os
risotos italianos. O sabor é ótimo, realmente vale a pena experimentar.
No
último dia, quis conhecer um restaurante à beira rio, antigo e tradicional,
chamado Pesqueirinho. Está há mais de 50 anos instalado no local. Lá, encontrei
uma variedade muito grande de peixes de rio, e também alguns de mar. Atraiu-me
a atenção um peixe chamado piratinga, oferecido no cardápio com molho de
camarão, arroz branco e pirão.
De
início, estranhei a mistura de camarão de mar com peixe de rio, e perguntei ao
garçom se ficava bom mesmo. Ele sorriu e, com a fala calma e pausada característica
do linguajar local, respondeu: “Até hoje
ninguém reclamou e todo mundo repete e pede de novo...”
Contra
fatos não há argumentos. Decidi experimentar. E não me arrependi.
O
peixe era oferecido em posta, para duas pessoas, ou em filé, para meia porção.
Optei pela segunda opção. Alguns minutos depois, estava diante de uma fatia
generosa de piratinga, bem assada, mergulhada num molho maravilhoso feito com
farinha de mandioca, azeite de dendê, alguns outros temperos entre os quais se
destacava o coentro (nunca ausente da comida regional), e coberta por camarões
de bom tamanho. O arroz estava excelente e o pirão – que me pareceu ser o
próprio molho, mais engrossado – era saborosíssimo.
O
peixe, branco e tenro, de sabor muito suave e agradável, combinava perfeitamente,
sem dúvida, com o molho “puxado” a camarão. Foi um almoço inesquecível. Sempre
que retornar a Teresina, com certeza não deixarei de visitar o Pesqueirinho,
para comer o mesmo prato.
Curiosamente,
o peixe me parecia algo já conhecido. Eu sentia algo de familiar no seu sabor,
na sua contextura, mas nunca tinha ouvido falar de um peixe chamado
piratinga...
Retornando
de viagem, tive curiosidade de procurar investigar que peixe era esse. Foi
então que descobri que é precisamente o mesmo peixe que comemos aqui em
Piracicaba, na Rua do Porto, com o nome científico de Brachyplatystoma
filamentosum e a designação popular de filhote. Aqui, sabemos que o filhote é o
piraíba até alcançar 60 ou 70 quilos. Depois desse peso, fica muito fibroso e
duro, impróprio para ser consumido. Só salgado e seco, à maneira do bacalhau,
pode ter alguma utilização, contudo mesmo assim poucos apreciam. Chega a
alcançar mais de dois metros de comprimento, atingindo seu peso mais de 250
quilos. É considerado, a par do pirarucu, o maior peixe de água doce do Brasil
e um dos maiores do mundo.
O
nome piraíba designa o peixe adulto, com carne imprópria. Em tupi, pira (peixe)
iwa (ruim). Piratinga já tem sentido mais favorável, significando peixe branco
(tinga). Piratinga é, pois, só o filhote, antes de crescer, endurecer e ficar
com a carne mais escurecida.
Confesso
que foi uma alegria encontrar, em local tão distante, o filhote, um amigo proveniente
da região amazônica, mas que se adaptou tão bem aos paladares piracicabanos e já
é parte constitutiva da culinária da nossa Noiva da Colina.
Quem
sabe se algum cozinheiro daqui, lendo estas linhas, não se anima a tentar
preparar o filhote em filés, com molho e com pirão, à moda piauiense? Garanto
que será um sucesso!
terça-feira, 17 de julho de 2012
Sonho de Violinista
segunda-feira, 16 de julho de 2012
TANTAS VEZES
Alexandre Sarkis Neder
Cadeira n° 13 - Patrono: Dario Brasil
|
Minhas lágrimas
vão sair dos olhos,
cair sobre o rosto,
com alegria ou desgosto
Como tantas vezes,
em que a pele rompeu,
e o espírito desceu.
Tantas vezes.
Confesso,
que chorei mais pelas tristezas
do que pelas alegrias.
Como uma brisa quente,
fiz meu sol delirante,
não como um calmante,
mas como uma neve.
Neve que em pouco tempo se derrete.
sábado, 14 de julho de 2012
Cultura e Academias Piracicabanas: raízes
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Samuel Pfromm Netto |
Em 1988
Piracicaba pranteou o passamento de quatro notáveis intelectuais que marcaram
substantivamente a história da cidade com seus escritos, empenhos e ações.
Faleceram nesse ano Salvador de Toledo Piza Júnior, autêntico gigante da
cultura, doutor honoris causa da
Universidade de Berlim, escritor, professor e pesquisador emérito da ESALQ/USP;
Benedicto Evangelista Costa, o professor Costinha, formado pela ESALQ e pela
Sud e docente desta última por longo tempo, pintor e musicista dos mais
talentosos; Affonso José Fioravante, igualmente formado pela Sud e pela Cristóvão
Colombo, bacharel em direito no Rio de Janeiro, educador notável que exerceu
altos cargos administrativos, com uma folha riquíssima de serviços relevantes
prestados no Piracicabano e na área de ensino em geral. O quarto desaparecido,
no início de dezembro, foi personagem das mais fulgurantes (e controversas) da
inteligência noivacolinense na segunda metade do século passado: João Chiarini.
Talento polimorfo, foi livreiro, escritor, jornalista, advogado, professor,
autoridade das mais respeitadas entre os estudiosos do nosso folclore,
político, agitador popular... A cidade deve-lhe uma biografia detalhada, bem
fundamentada e inteligente, que analise tudo quanto este intelectual de sete
instrumentos fez ao seu tempo e cujo acervo de milhares de livros, periódicos,
folhetos e documentos foi confiado ao Centro Cultural Miss Martha Watts em
2006.
Loquaz,
inquieto, controverso e corajoso, partícipe ativo em uma infinidade de
movimentos e ações de caráter cultural desde meados do século vinte, Chiarini
brilhava como poucos nas rodas da inteligência piracicabana, notadamente entre
a gente moça, desde os anos 40. Incomodava muita gente pela franqueza e vasta
cultura e gozava de merecida popularidade tanto em Pira como no país e no
exterior. Seu largo círculo de amigos e correspondentes (com os quais trocava
cartas facilmente identificáveis pelos envelopes com letras coloridas de
imprensa, espécie de marca registrada de JC), cabe-lhe com inteira justiça o
título de talento fulgurante. Tinha uma memória incrível para fatos, datas,
pessoas, lugares, acontecimentos. Uma enciclopédia viva.
A João Chiarini
devem os piracicabanos a sua primeira e autêntica Academia: a Academia
Piracicabana de Letras, de que foi fundador e presidente vitalício até seu
falecimento. Criou igualmente o Centro de Folclore de Piracicaba (não sei se
sobrevive), com um prestígio que cruzou oceanos e o torna conhecido e
reconhecido como inconteste autoridade nesse domínio, até então marcado por
improvisações, palpites sem fundamento e superficialidade. Há um não mais
acabar de nomes que com ele privaram e corresponderam: Jorge Amado, o cineasta
Alberto Cavalcanti, os Camargo Guarnieri, Sérgio Milliet, os Andrade (Mário,
Oswald), Mário Neme e tantos, tantos outros.
De todos os
galardões que enfeitam a biografia de Chiarini, certamente
a mais notável são a idealização e a efetiva fundação da nossa primeira
Academia de Letras, com essa denominação oficial, há quatro dezenas de anos. Foi a Academia sui
generis porque, ao contrário das demais, que geralmente têm um quadro de
titulares limitado de quarenta integrantes, a de Chiarini tinha um número
ilimitado (!) de acadêmicos e admitia pessoas vivas como patronos. Virtude para
uns, defeito para outros, essa característica singular, a Academia era invenção
e obra de João Chiarini, que se desdobrava na presidência para garantir o
funcionamento da entidade. Após estas quatro dezenas de anos, está na hora de
exumar (que espero não tenha sido perdida) toda a documentação referente à
Academia e contar em pormenores a sua história.
O pioneirismo
de Chiarini em 1972 – há quarenta anos! –, na verdade, deu prosseguimento a uma
história mais ou menos obscura de um bom punhado de iniciativas no âmbito
cultural da Piracicaba de antanho. Iniciativas como a criação da Sociedade
Propagadora da Instrução no século dezenove e o surgimento da Universidade
Popular de Piracicaba em 25 de agosto de 1910. No precioso livrinho que
imprimiu na Bélgica em 1910, M. S. Ferraz aponta a Universidade Popular como
“instituição respeitável e utilíssima”, que desenvolvia um programa ambicioso
de palestras e cursos sobre literatura e ciências, ensino de idiomas e saraus
lítero-musicais de que participavam os mais expressivos nomes da vida cultural
e artística da cidade (“Piracicaba e sua Escola Agrícola”, 1912). Em 1925
surgiu a Sociedade de Cultura Artística, liderada por Fabiano Lozano e sob a
presidência de Antônio dos Santos Veiga. Outros tempos... Em 1939 nasceu a
Biblioteca Pública Municipal, que passou a agasalhar iniciativas, reuniões e
eventos que marcaram o passado cultural piracicabano. Quando a sua sede passou
a ser a área superior do Teatro Santo Estêvão, ali fundamos, com o apoio de
Leandro Guerrini e a participação de um grupo de saudosos amigos e entusiastas,
o Clube Piracicabano de Cinema, responsável por projeções de filmes,
conferências, debates, cursos e outros eventos de caráter cultural, entre os
quais palestras verdadeiramente inesquecíveis de Sérgio Milliet, Dulce Salles
Cunha, Carlos Ortiz, Almeida Salles e muitos outros.
No início dos
anos cinquenta, um grupo de moços unidos no entusiasmo por temas de literatura,
arte e cultura em geral reunia-se na redação do “Jornal de Piracicaba”, à rua
Moraes Barros, dando origem à página dominical “Literatura e Arte” no Jornal de
Piracicaba, que coordenei juntamente com Oswaldo de Andrade.
Das iniciativas
e realizações na Piracicaba dos anos sessenta, sob o patrocínio do Departamento
de Cultura (com C maiúsculo) do município, fez parte o inesquecível Simpósio de
Estudos Piracicabanos, realizado em novembro de 1967, com sessões sobre artes e
literatura, folclore, lenda, história e genealogia, educação e ensino,
geografia e geologia de Piracicaba, medicina e assistência social..., sendo
criado nessa ocasião o Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba, sob a
liderança de Archimedes Dutra, Jair de Toledo Veiga e Flávio Moraes Toledo
Piza. Tempos saudosos...
Clubes,
associações, instituições e atividades como as que são aqui mencionadas
refletem inegavelmente, ao longo de mais de um século, o espírito
Acadêmico-Cultural (com A e C maiúsculos!) que, num sentido lato, caracteriza
as autênticas Academias, já que esta designação,
nestes últimos tempos, passou a identificar entidades para práticas esportivas,
escolas de samba e de capoeira e até academias de secos e molhados.
Bem haja, pois,
a Academia Piracicabana de Letras que, nestes começos de novo milênio, recupera
o sentido original da denominação e retoma em Piracicaba uma tradição caríssima
e venerável cujas raízes estão solidamente fincadas no solo fecundo do Jardim
de Academos, o solo da cultura clássica dos tempos de Platão e Aristóteles.
sexta-feira, 13 de julho de 2012
ECOLÓGICO (microconto)
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Jubileu de Carvalho da Revolução Constitucionalista de 1932
Dossiê
Especial
Jubileu de Carvalho da
Revolução Constitucionalista de 1932
Associando-nos
às comemorações que serão realizadas em nossa cidade e em todo o Estado de São
Paulo, no próximo Nove de Julho, relembrando a gloriosa
Revolução
Constitucionalista de 1932,
aqui
publicamos algumas peças literárias evocativas dessa epopeia:
Oração ante a última trincheira
Guilherme
de Almeida
Agora é o silêncio...
É o silêncio que faz a última chamada...
É o silêncio que responde:
— "Presente!"
Depois será a grande asa tutelar de São
Paulo,
asa que é dia, e noite, e sangue, e estrela, e
mapa
descendo petrificada sobre um sono que é vigília.
E aqui ficareis,
Heróis-Mártires, plantados,
firmes para sempre neste santificado torrão de
chão paulista.
Para receber-vos feriu-se ele da máxima
de entre as únicas feridas na terra,
que nunca se cicatrizam,
porque delas uma imensa coisa emerge
e se impõe que as eterniza.
Só para o alicerce, a lavra, a sepultura e a
trincheira
se tem o direito de ferir a terra.
E mais legítima que a ferida do alicerce,
que se eterniza na casa
a dar teto para o amor, a família, a honra, a
paz.
Mais legítima que a ferida da lavra,
que se eterniza na árvore
a dar lenho para o leito, a mesa, o cabo da
enxada,
a coronha do fuzil.
Mais legítima que a ferida da sepultura,
que se eterniza no mármore,
a dar imagem para a saudade, o consolo, a
benção,
a inspiração.
Mais legítima que essas feridas
é a ferida da trincheira,
que se eterniza na Pátria,
a dar a pura razão de ser da casa, da árvore
e do mármore.
Este cavado trapo de terra,
corpo místico de São Paulo,
em que ora existis consubstanciados,
mais que corte de alicerce, sulco de lavra,
cova de sepultura,
é rasgão de trincheira.
E esta perene que povoais é a nossa última
trincheira.
Esta é a trincheira que não se rendeu:
a que deu à terra o seu suor,
a que deu à terra a sua lágrima,
a que deu à terra o seu sangue!
Esta é a trincheira que não se rendeu:
a que é nossa bandeira gravada no chão,
pelo branco do nosso Ideal,
pelo negro do nosso Luto,
pelo vermelho do nosso Coração.
Esta é a trincheira que não se rendeu:
a que atenta nos vigia,
a que invicta nos defende,
a que eterna nos glorifica!
Esta é a trincheira que não se rendeu:
a que não transigiu,
a que não esqueceu,
a que não perdoou!
Esta é a trincheira que não se rendeu:
aqui a vossa presença, que é relíquia,
transfigura e consagra num altar
para o voo até Deus da nossa fé!
E pois, ante este altar,
alma de joelhos a vós rogamos:
— Soldados santos de 32,
sem armas em vossos ombros, velai
por nós!
sem balas na cartucheira, velai
por nós!
sem pão em vosso bornal, velai
por nós!
sem água em vosso cantil, velai
por nós!
sem galões de ouro no braço, velai
por nós!
sem medalhas sobre o cáqui, velai
por nós!
sem mancha no pensamento, velai por nós!
sem medo no coração, velai
por nós!
sem sangue já pelas veias, velai
por nós!
sem lágrimas ainda nos olhos, velai
por nós!
sem sopro mais entre os lábios, velai por nós!
sem nada a não ser vós mesmos, velai por nós!
sem nada senão São Paulo, velai
por nós!
Os jovens de 32
Paulo Bomfim
Onde estais com vossos ponchos,
Os fuzis sem munição,
Os capacetes de aço,
Os trilhos do trem blindado,
O lema de vossas vidas
A saga de vossos passos,
Ó jovens de 32!
Em que ossário vossa audácia
Fala aos que dormem por fuga,
Em que campo vossa morte
Clama aos que morrem em vida,
Em que luta vosso luto
Amortalha os tempos novos
Ó jovens de 32!
Voltai daquelas trincheiras,
Voltai de vosso martírio,
Voltai com vossos ideais,
Voltai com os de Julho,
Voltai ao chão ocupado,
Voltai à causa esquecida,
Voltai à terra traída,
Voltai, apenas voltai,
Ó jovens de 32!
Canção de um menino piracicabano
Francisco
de Castro Lagreca
Este é o valor da terra estremecida,
É o poema à glória piracicabana!
Pela Pátria a lutar, vida por vida,
Tombaram com bravura soberana!
Dor e martírio de uma raça forte,
Que a luz e o ideal de um sentimento novo!
Sobre estas pedras não existe a morte,
Porque não morre quem defende um povo!
É o poema à glória piracicabana!
Pela Pátria a lutar, vida por vida,
Tombaram com bravura soberana!
Dor e martírio de uma raça forte,
Que a luz e o ideal de um sentimento novo!
Sobre estas pedras não existe a morte,
Porque não morre quem defende um povo!
(Estes versos, que ornam o
monumento ao Soldado Constitucionalista,
na praça central de Piracicaba,
foram escritos pelo poeta Francisco Lagreca aos treze anos de idade.)
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Galeria Acadêmica
1-Alexandre Sarkis Neder - Cadeira n° 13 - Patrono: Dario Brasil
2- Maria Madalena t Tricanico de Carvalho Silveira- Cadeira n° 14 - Patrono: Branca Motta de Toledo Sachs
3-Antonio Carlos Fusatto - Cadeira n° 6 - Patrono: Nélio Ferraz de Arruda
4-Marcelo Batuíra da Cunha Losso Pedroso - Cadeira n° 15 - Patrono: Archimedes Dutra
5-Aracy Duarte Ferrari - Cadeira n° 16 - Patrono: José Mathias Bragion
6-Armando Alexandre dos Santos- Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado
2- Maria Madalena t Tricanico de Carvalho Silveira- Cadeira n° 14 - Patrono: Branca Motta de Toledo Sachs
3-Antonio Carlos Fusatto - Cadeira n° 6 - Patrono: Nélio Ferraz de Arruda
4-Marcelo Batuíra da Cunha Losso Pedroso - Cadeira n° 15 - Patrono: Archimedes Dutra
5-Aracy Duarte Ferrari - Cadeira n° 16 - Patrono: José Mathias Bragion
6-Armando Alexandre dos Santos- Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado
7-Barjas Negri - Cadeira no 5 - Patrono: Leandro Guerrini
8-Christina Aparecida Negro Silva - Cadeira n° 17 - Patrono: Virgínia Prata Gregolin
16-Lídia Varela Sendin - Cadeira n° 8 - Patrono: Fortunato Losso Netto
17-Shirley Brunelli Crestana- Cadeira n° 27 - Patrono: Salvador de Toledo Pisa Junior
18-Marcelo Pereira da Silva - Cadeira n° 28 - Patrono: Delfim Ferreira da Rocha Neto
19-Carmelina de Toledo Piza - Cadeira n° 29 - Patrono: Laudelina Cotrim de Castro
20-Ivana Maria França de Negri - Cadeira n° 33 - Patrono: Fernando Ferraz de Arruda
21-Jamil Nassif Abib (Mons.) - Cadeira n° 1 - Patrono: João Chiarini
22-João Baptista de Souza Negreiros Athayde - Cadeira n° 34 - Patrono: Adriano Nogueira
23-João Umberto Nassif - Cadeira n° 35 - Patrono: Prudente José de Moraes Barros
24-Leda Coletti - Cadeira n° 36 - Patrono: Olívia Bianco
8-Christina Aparecida Negro Silva - Cadeira n° 17 - Patrono: Virgínia Prata Gregolin
9-Carmen Maria da Silva Fernandez Pilotto - Cadeira n° 19 - Patrono: Ubirajara Malagueta Lara
10-Cássio Camilo Almeida de Negri - Cadeira n° 20 - Patrono: Benedito Evangelista da Costa
11- Antonio Filogênio de Paula Junior-Cadeira n° 12 - Patrono: Ricardo Ferraz de Arruda Pinto
10-Cássio Camilo Almeida de Negri - Cadeira n° 20 - Patrono: Benedito Evangelista da Costa
11- Antonio Filogênio de Paula Junior-Cadeira n° 12 - Patrono: Ricardo Ferraz de Arruda Pinto
12-Edson Rontani Júnior - Cadeira n° 18 - Patrono: Madalena Salatti de Almeida
13-Elda Nympha Cobra Silveira - Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior
13-Elda Nympha Cobra Silveira - Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior
14-Bianca Teresa de Oliveira Rosenthal - cadeira no 31 - Patrono Victorio Angelo Cobra
15-Evaldo Vicente - Cadeira n° 23 - Patrono: Leo Vaz16-Lídia Varela Sendin - Cadeira n° 8 - Patrono: Fortunato Losso Netto
17-Shirley Brunelli Crestana- Cadeira n° 27 - Patrono: Salvador de Toledo Pisa Junior
18-Marcelo Pereira da Silva - Cadeira n° 28 - Patrono: Delfim Ferreira da Rocha Neto
19-Carmelina de Toledo Piza - Cadeira n° 29 - Patrono: Laudelina Cotrim de Castro
20-Ivana Maria França de Negri - Cadeira n° 33 - Patrono: Fernando Ferraz de Arruda
21-Jamil Nassif Abib (Mons.) - Cadeira n° 1 - Patrono: João Chiarini
22-João Baptista de Souza Negreiros Athayde - Cadeira n° 34 - Patrono: Adriano Nogueira
23-João Umberto Nassif - Cadeira n° 35 - Patrono: Prudente José de Moraes Barros
24-Leda Coletti - Cadeira n° 36 - Patrono: Olívia Bianco
25-Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins - cadeira no 26 Patrono Nelson Camponês do Brasil
26-Maria Helena Vieira Aguiar Corazza - Cadeira n° 3 - Patrono: Luiz de Queiroz
27-Marisa Amábile Fillet Bueloni - cadeira no32 - Patrono Thales castanho de Andrade
28-Marly Therezinha Germano Perecin - Cadeira n° 2 - Patrona: Jaçanã Althair Pereira Guerrini
26-Maria Helena Vieira Aguiar Corazza - Cadeira n° 3 - Patrono: Luiz de Queiroz
27-Marisa Amábile Fillet Bueloni - cadeira no32 - Patrono Thales castanho de Andrade
28-Marly Therezinha Germano Perecin - Cadeira n° 2 - Patrona: Jaçanã Althair Pereira Guerrini
29-Mônica Aguiar Corazza Stefani - Cadeira n° 9 - Patrono: José Maria de Carvalho Ferreira
30-Myria Machado Botelho - Cadeira n° 24 - Patrono: Maria Cecília Machado Bonachela
30-Myria Machado Botelho - Cadeira n° 24 - Patrono: Maria Cecília Machado Bonachela
31-Newman Ribeiro Simões - cadeira no 38 - Patrono Elias de Mello Ayres
32-Angela Maria Furlan – Cadeira n° 25 – Patrono: Francisco Lagreca
33-Paulo Celso Bassetti - Cadeira n° 39 - Patrono: José Luiz Guidotti
33-Paulo Celso Bassetti - Cadeira n° 39 - Patrono: José Luiz Guidotti
34-Raquel Delvaje - Cadeira no 40 - Patrono Barão de Rezende
35- Elisabete Jurema Bortolin - Cadeira n° 7 - Patrono: Helly de Campos Melges
35- Elisabete Jurema Bortolin - Cadeira n° 7 - Patrono: Helly de Campos Melges
36-Eliete de Fatima Guarnieri - Cadeira no 22 - Patrono Erotides de Campos
37-Valdiza Maria Capranico - Cadeira no 4 - Patrono Haldumont Nobre Ferraz
37-Valdiza Maria Capranico - Cadeira no 4 - Patrono Haldumont Nobre Ferraz
38-Vitor Pires Vencovsky - Cadeira no 30 - Patrono Jorge Anéfalos
39-Waldemar Romano - Cadeira n° 11 - Patrono: Benedito de Andrade
40-Walter Naime - Cadeira no 37 - Patrono Sebastião Ferraz