Rio Piracicaba

Rio Piracicaba
Rio Piracicaba cheio (foto Ivana Negri)

Patrimônio da cidade, a Sapucaia florida (foto Ivana Negri)

Balão atravessando a ponte estaiada (foto Ivana Negri)

Diretoria 2022/2025

Presidente: Vitor Pires Vencovsky Vice-presidente: Carmen Maria da Silva Fernandes Pilotto Diretora de Acervo: Raquel Delvaje 1a secretária: Ivana Maria França de Negri 2a secretária: Valdiza Maria Capranico 1o tesoureiro: Edson Rontani Júnior 2o tesoureiro: Alexandre Sarkis Neder Conselho fiscal: Waldemar Romano Cássio Camilo Almeida de Negri Aracy Duarte Ferrari Responsável pela edição da Revista:Ivana Maria França de Negri

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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Mais histórias de Ariranha

João Umberto Nassif
Cadeira n° 35 - Patrono: Prudente José de Moraes Barros
                          
Chico Mola, nascido e batizado como Francisco José da Cruz, era o mais velho dos sete irmãos. Nega Tereza era mulher de fibra, quando o safado do Oscarlino se engraçou com a mulatinha Zuza, que lavava roupa na barranca do rio, coxas grossas, a paixão desvairada mudou a vida da família. Nega Tereza, cheia de razão colocou os dois desavergonhados para correr. Ficou a criançada, uma escadinha de sorrisos fáceis, alvos, barriga vazia, se não fosse a ajuda do padre e dos vizinhos todos estariam na cova. Nega Tereza passou a fazer de tudo, faxina, à noite ajudava na cozinha de um bar e restaurante, lá ela ganhava um pouco mais de comida para levar aos famintos bacuris. Como na vida tudo se ajeita, o tempo vai curando feridas, consertando estragos, André Maquinista arrumou um emprego para Chico Mola. Ajudante de cozinha no vagão restaurante. Com a prática de quem servia mais seis irmãos enquanto a mãe trabalhava fora, logo Chico Mola tornou-se elemento fundamental na cozinha do vagão restaurante. O que matava era o calor, o uniforme, tudo isso naquele cubículo, com fogão quente. Os passageiros queriam ser bem servidos, aproveitarem da vista que o vagão oferecia, um ou outro, tomava um chope sentado em uma das banquetas, e logo saia. Filé com fritas, feito pelo Chico Mola era o prato sem concorrência. Uma noite escaldante, o trem deslizava enquanto os passageiros sentados em uma mesinha, bebericando um vinho, lendo “O Cruzeiro”, ou discutindo a bolsa do café. Chico Mola não aguentou mais, tirou o jaleco branco e ficou de camiseta regata. Desse dia em diante era assim que ele passou a cozinhar. Com uma toalha enrolada no pescoço limpava a fronte do suor. Francisco Aragão Menezes era um jovem, filho de afamado cafeicultor. Era sujeitinho intragável. Possuía uma caderneta que levava no bolso, com endereços das mariposas de plantão, que o atendiam com muito amor ao recheio da sua carteira. Nariz arrebitado, usava uma bengala mais como adereço do que por necessidade, enlouquecia os alfaiates para dar o caimento perfeito naquele corpo franzino. Cabelos impecáveis, assentados com vaselina perfumada, era uma cópia latina de alguém que se julgava autêntico cidadão britânico, graças aos anos que lá viveu enfurnado em bordéis. Com muito custo diplomou-se, dizem até que o equivalente a muitas sacas de café foram doadas para a universidade se ver livre de tal espécime. Sentado em confortável mesa, Francisco Aragão Menezes, também conhecido, sem que soubesse, por Dr. Vaselina, pede um vinho raro, Château Margaux 1900, de que por dessas coincidências incríveis existia em estoque uma única garrafa, ninguém tinha tido coragem de pagar o seu preço. Servida a bebida, a entrada, o prato principal: Filé com fritas. Um silêncio mortal reinou no vagão quando Dr. Vaselina esbravejou: “Esse filé está mal passado, o boi está quase berrando”. Imediatamente, o chefe de cozinha levou o filé para que Chico Mola o deixasse no ponto. Alguns minutos depois, o impaciente Dr. Vaselina degustou o melhor filé com fritas da sua vida. Mal sabia que antes de se levado para a chapa, Chico Mola, tinhoso, tinha adicionado o suor que escorria do seu rosto ao filé mal passado. Ainda embolsou cinco mil réis como gratificação.

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Galeria Acadêmica

1-Alexandre Sarkis Neder - Cadeira n° 13 - Patrono: Dario Brasil
2- Maria Madalena t Tricanico de Carvalho Silveira- Cadeira n° 14 - Patrono: Branca Motta de Toledo Sachs
3-Antonio Carlos Fusatto - Cadeira n° 6 - Patrono: Nélio Ferraz de Arruda
4-Marcelo Batuíra da Cunha Losso Pedroso - Cadeira n° 15 - Patrono: Archimedes Dutra
5-Aracy Duarte Ferrari - Cadeira n° 16 - Patrono: José Mathias Bragion
6-Armando Alexandre dos Santos- Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado
7-Barjas Negri - Cadeira no 5 - Patrono: Leandro Guerrini
8-Christina Aparecida Negro Silva - Cadeira n° 17 - Patrono: Virgínia Prata Gregolin
9-Carmen Maria da Silva Fernandez Pilotto - Cadeira n° 19 - Patrono: Ubirajara Malagueta Lara
10-Cássio Camilo Almeida de Negri - Cadeira n° 20 - Patrono: Benedito Evangelista da Costa
11- Antonio Filogênio de Paula Junior-Cadeira n° 12 - Patrono: Ricardo Ferraz de Arruda Pinto
12-Edson Rontani Júnior - Cadeira n° 18 - Patrono: Madalena Salatti de Almeida
13-Elda Nympha Cobra Silveira - Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior
14-Bianca Teresa de Oliveira Rosenthal - cadeira no 31 - Patrono Victorio Angelo Cobra
15-Evaldo Vicente - Cadeira n° 23 - Patrono: Leo Vaz
16-Lídia Varela Sendin - Cadeira n° 8 - Patrono: Fortunato Losso Netto
17-Shirley Brunelli Crestana- Cadeira n° 27 - Patrono: Salvador de Toledo Pisa Junior
18-Marcelo Pereira da Silva - Cadeira n° 28 - Patrono: Delfim Ferreira da Rocha Neto
19-Carmelina de Toledo Piza - Cadeira n° 29 - Patrono: Laudelina Cotrim de Castro
20-Ivana Maria França de Negri - Cadeira n° 33 - Patrono: Fernando Ferraz de Arruda
21-Jamil Nassif Abib (Mons.) - Cadeira n° 1 - Patrono: João Chiarini
22-João Baptista de Souza Negreiros Athayde - Cadeira n° 34 - Patrono: Adriano Nogueira
23-João Umberto Nassif - Cadeira n° 35 - Patrono: Prudente José de Moraes Barros
24-Leda Coletti - Cadeira n° 36 - Patrono: Olívia Bianco
25-Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins - cadeira no 26 Patrono Nelson Camponês do Brasil
26-Maria Helena Vieira Aguiar Corazza - Cadeira n° 3 - Patrono: Luiz de Queiroz
27-Marisa Amábile Fillet Bueloni - cadeira no32 - Patrono Thales castanho de Andrade
28-Marly Therezinha Germano Perecin - Cadeira n° 2 - Patrona: Jaçanã Althair Pereira Guerrini
29-Mônica Aguiar Corazza Stefani - Cadeira n° 9 - Patrono: José Maria de Carvalho Ferreira
30-Myria Machado Botelho - Cadeira n° 24 - Patrono: Maria Cecília Machado Bonachela
31-Newman Ribeiro Simões - cadeira no 38 - Patrono Elias de Mello Ayres
32-Angela Maria Furlan – Cadeira n° 25 – Patrono: Francisco Lagreca
33-Paulo Celso Bassetti - Cadeira n° 39 - Patrono: José Luiz Guidotti
34-Raquel Delvaje - Cadeira no 40 - Patrono Barão de Rezende
35- Elisabete Jurema Bortolin - Cadeira n° 7 - Patrono: Helly de Campos Melges
36-Eliete de Fatima Guarnieri - Cadeira no 22 - Patrono Erotides de Campos
37-Valdiza Maria Capranico - Cadeira no 4 - Patrono Haldumont Nobre Ferraz
38-Vitor Pires Vencovsky - Cadeira no 30 - Patrono Jorge Anéfalos
39-Waldemar Romano - Cadeira n° 11 - Patrono: Benedito de Andrade
40-Walter Naime - Cadeira no 37 - Patrono Sebastião Ferraz