Violeiro - tela de Almeida Júnior |
Ivana Maria França de
Negri
É preciso difundir pelo Brasil e também para o
resto do mundo a tradição da viola caipira, pois nossa cidade é uma das
pioneiras nessa arte popular. Não se pode deixar que morra uma manifestação
cultural tão rica e que traduz a maneira simples do homem do campo, que tem por
esse instrumento muito carinho, nele encontrando o companheiro certo para as
horas de descanso. Nos momentos em que está em sintonia com sua viola é quando
encontra paz e alegria.
Piracicaba
é famosa pelo linguajar caipira, fama essa que extrapola os limites regionais.
Também conhecida pelas célebres “pamonhas de Piracicaba” - o puro creme do
milho verde, e pela pinga, a popular cachaça. Sem falar no rio, cujo nome é
propagado internacionalmente, e o famoso
véu da Noiva da Colina, em razão das brumas que envolvem a cachoeira, parecendo
um véu de tule como o de uma noiva no altar.
Bastará um
pouco de esforço conjunto para que se alastre também a fama de Terra da Viola.
Antes que outras cidades interioranas o façam, é preciso reivindicar esse
título que tem tudo a ver com o nosso jeito caipira de ser.
Os
antigos violeiros vão morrendo e teme-se que essa modalidade seja enterrada com
os últimos remanescentes dessa arte. Para isso é preciso dar uma injeção de
sangue novo, fazer com que as novas gerações descubram e sintam a beleza extraída do planger das
cordas nas mãos de um violeiro apaixonado. É preciso descobrir maneiras de
fazer com que as novas gerações tomem gosto pela moda de viola e levem adiante
a tradição.
Piracicaba
produziu uma infinidade de violeiros famosos, repentistas e cururueiros. E
ainda restam vários deles, atuantes nesse ofício, e vira e mexe estão nas
paradas de sucesso, verdadeiros patrimônios culturais vivos, a quem
reverenciamos.
Se cada
segmento da sociedade der sua cota de contribuição, essa cultura não vai morrer
e se tornará patrimônio da cidade. A cultura popular agradece.
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