Rio Piracicaba

Rio Piracicaba
Rio Piracicaba cheio (foto Ivana Negri)

Patrimônio da cidade, a Sapucaia florida (foto Ivana Negri)

Balão atravessando a ponte estaiada (foto Ivana Negri)

Diretoria 2022/2025

Presidente: Vitor Pires Vencovsky Vice-presidente: Carmen Maria da Silva Fernandes Pilotto Diretora de Acervo: Raquel Delvaje 1a secretária: Ivana Maria França de Negri 2a secretária: Valdiza Maria Capranico 1o tesoureiro: Edson Rontani Júnior 2o tesoureiro: Alexandre Sarkis Neder Conselho fiscal: Waldemar Romano Cássio Camilo Almeida de Negri Aracy Duarte Ferrari Responsável pela edição da Revista:Ivana Maria França de Negri

Seguidores

domingo, 31 de julho de 2011

TEMPO

Carlos Morais Júnior Cadeira n° 18 - Patrona: Madalena Salatti de Almeida
Conspira o tempo para nos envelhecer e nos mostrar que a juventude se foi, para nos mostrar que não somos donos de nada, muito menos da nossa vida. A vida é uma ilusão passageira e instantânea, na qual nos apegamos para nos deliciarmos com uma falsa sucessão de momentos tênues de felicidade. Conspira o tempo para demonstrar que as mudanças são inevitáveis e muito profundas, que se refletem também na nossa materialidade. Conspira o tempo para que possamos sentir e entender a sua existência e a sua fatalidade, que nos empurra para a degenerescência e para a finitude.
Viver... Essa esperança que nos embriaga e nos envaidece, é na verdade um privilégio. Somos privilegiados, sem dúvida, porque nascemos perto da perfeição, aparelhados e destinados a nos tornarmos centenários. Mas na ansiosa e desesperada busca do prazer, no egoísmo de aproveitar cada minuto que nos foi dado, a esperança se transforma em casualidade, o viver se torna a suprema aventura humana. Viver, então... Essa loteria que nos incita a espremer o bagaço dos últimos segundos que nos restam.
Conspira o tempo para que vivamos plenamente, com toda saúde e força, o ruidoso cotidiano que nos cerca, até que os excessos, as loucuras e a dissolução nos afastem da perfeição e nos tornem inevitavelmente finitos e previsíveis. Conspira o tempo, então, para a destruição lenta de nós mesmos, desafiando nossas capacidades e o excelso discernimento. O poder de escolher que nos foi dado e que, amiúde, se vira contra nós pela falta de cautela que temos ao usá-lo. Num segundo tudo o que nos eterniza pode nos deixar e o rol daquilo que mais tememos pode se apossar de nós.
Conspira o tempo para que nossa estada neste plano seja longa, estável e feliz, mas no ato sublime de gerenciar com sabedoria o que nos foi dado, por sermos apenas humanos e falíveis, sempre erramos nas contas, vamos por caminhos proibidos e por atalhos desconhecidos. Temos consciência do engodo, mas de nada adianta arrepender-se depois que o malfeito é descoberto. A responsabilidade nos acolhe em seus braços poderosos e nos esmaga, para que jamais tais atos se repitam.
Conspira o tempo para que sejamos infantis a vida inteira, para que jamais consigamos aproveitar o que nos foi legado. Na ansiedade dos folguedos nos esquecemos de cuidar de nossas obrigações até que chega o momento em que temos que enfrentar o tempo, não como brisa que atravessa tudo sem ser percebido, mas como o carrasco que veio cobrar de nós o que deixamos de fazer. O desespero nos aflige, porque sabemos que nada pode retroceder, e não existe remédio, nem cura, para um desleixo tão grande. Mas na nossa inocência meninil, somos iludidos por falsas promessas, esperançosos de conseguir enganar o tempo que conspira contra nós.
Pobres tolos arrependidos! É isso o que somos! Possuidores de todos os dons, de toda a tecnologia, de todas as belezas e infinita inteligência, mas incapazes de vencer a inclemente força exterminadora do tempo que passa como uma brisa pelas nossas vidas. Conspira o tempo então, para que sejamos gratos e resignados com nossa sorte inglória e imprecisa. Ele é o carrasco cruel que nos tira tudo, num piscar de olhos, inadvertidamente, mas que não vai deixar de ser exato no momento de nossa partida. Quando chegar a hora ele não nos dará nem um segundo a mais!

Nenhum comentário:

Galeria Acadêmica

1-Alexandre Sarkis Neder - Cadeira n° 13 - Patrono: Dario Brasil
2- Maria Madalena t Tricanico de Carvalho Silveira- Cadeira n° 14 - Patrono: Branca Motta de Toledo Sachs
3-Antonio Carlos Fusatto - Cadeira n° 6 - Patrono: Nélio Ferraz de Arruda
4-Marcelo Batuíra da Cunha Losso Pedroso - Cadeira n° 15 - Patrono: Archimedes Dutra
5-Aracy Duarte Ferrari - Cadeira n° 16 - Patrono: José Mathias Bragion
6-Armando Alexandre dos Santos- Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado
7-Barjas Negri - Cadeira no 5 - Patrono: Leandro Guerrini
8-Christina Aparecida Negro Silva - Cadeira n° 17 - Patrono: Virgínia Prata Gregolin
9-Carmen Maria da Silva Fernandez Pilotto - Cadeira n° 19 - Patrono: Ubirajara Malagueta Lara
10-Cássio Camilo Almeida de Negri - Cadeira n° 20 - Patrono: Benedito Evangelista da Costa
11- Antonio Filogênio de Paula Junior-Cadeira n° 12 - Patrono: Ricardo Ferraz de Arruda Pinto
12-Edson Rontani Júnior - Cadeira n° 18 - Patrono: Madalena Salatti de Almeida
13-Elda Nympha Cobra Silveira - Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior
14-Bianca Teresa de Oliveira Rosenthal - cadeira no 31 - Patrono Victorio Angelo Cobra
15-Evaldo Vicente - Cadeira n° 23 - Patrono: Leo Vaz
16-Lídia Varela Sendin - Cadeira n° 8 - Patrono: Fortunato Losso Netto
17-Shirley Brunelli Crestana- Cadeira n° 27 - Patrono: Salvador de Toledo Pisa Junior
18-Gregorio Marchiori Netto - Cadeira n° 28 - Patrono: Delfim Ferreira da Rocha Neto
19-Carmelina de Toledo Piza - Cadeira n° 29 - Patrono: Laudelina Cotrim de Castro
20-Ivana Maria França de Negri - Cadeira n° 33 - Patrono: Fernando Ferraz de Arruda
21-Jamil Nassif Abib (Mons.) - Cadeira n° 1 - Patrono: João Chiarini
22-João Baptista de Souza Negreiros Athayde - Cadeira n° 34 - Patrono: Adriano Nogueira
23-João Umberto Nassif - Cadeira n° 35 - Patrono: Prudente José de Moraes Barros
24-Leda Coletti - Cadeira n° 36 - Patrono: Olívia Bianco
25-Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins - cadeira no 26 Patrono Nelson Camponês do Brasil
26-Maria Helena Vieira Aguiar Corazza - Cadeira n° 3 - Patrono: Luiz de Queiroz
27-Marisa Amábile Fillet Bueloni - cadeira no32 - Patrono Thales castanho de Andrade
28-Marly Therezinha Germano Perecin - Cadeira n° 2 - Patrona: Jaçanã Althair Pereira Guerrini
29-Mônica Aguiar Corazza Stefani - Cadeira n° 9 - Patrono: José Maria de Carvalho Ferreira
30-Myria Machado Botelho - Cadeira n° 24 - Patrono: Maria Cecília Machado Bonachela
31-Newman Ribeiro Simões - cadeira no 38 - Patrono Elias de Mello Ayres
32-Angela Maria Furlan – Cadeira n° 25 – Patrono: Francisco Lagreca
33-Paulo Celso Bassetti - Cadeira n° 39 - Patrono: José Luiz Guidotti
34-Raquel Delvaje - Cadeira no 40 - Patrono Barão de Rezende
35- Elisabete Jurema Bortolin - Cadeira n° 7 - Patrono: Helly de Campos Melges
36-Sílvia Regina de OLiveira - Cadeira no 22 - Patrono Erotides de Campos
37-Valdiza Maria Capranico - Cadeira no 4 - Patrono Haldumont Nobre Ferraz
38-Vitor Pires Vencovsky - Cadeira no 30 - Patrono Jorge Anéfalos
39-Waldemar Romano - Cadeira n° 11 - Patrono: Benedito de Andrade
40-Walter Naime - Cadeira no 37 - Patrono Sebastião Ferraz