Rio Piracicaba

Rio Piracicaba
Rio Piracicaba cheio (foto Ivana Negri)

Patrimônio da cidade, a Sapucaia florida (foto Ivana Negri)

Balão atravessando a ponte estaiada (foto Ivana Negri)

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Presidente: Vitor Pires Vencovsky Vice-presidente: Carmen Maria da Silva Fernandes Pilotto Diretora de Acervo: Raquel Delvaje 1a secretária: Ivana Maria França de Negri 2a secretária: Valdiza Maria Capranico 1o tesoureiro: Edson Rontani Júnior 2o tesoureiro: Alexandre Sarkis Neder Conselho fiscal: Waldemar Romano Cássio Camilo Almeida de Negri Aracy Duarte Ferrari Responsável pela edição da Revista:Ivana Maria França de Negri

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quarta-feira, 21 de março de 2012

Citar ou não citar, eis a questão!

Armando Alexandre dos Santos
Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado
Nota-se, em alguns orientadores universitários, uma tendência para julgar as citações textuais como manifestações de preguiça, por parte dos alunos. Entende-se essa posição dos professores, pois, como os alunos, ano a ano, vão cada vez menos sabendo escrever, o recurso às citações entre aspas, costuradas por palavrinhas ou pequenas frases de ligação pode se revelar um recurso fácil para alunos pouco aplicados produzirem sem esforço textos volumosos. Existem trabalhos universitários tão "costurados" que, no final, o aluno não escreveu mais do que 10 ou 15 por cento do total...
Parece-me, entretanto, que alguns professores exageram nessa ojeriza por citações textuais. Não compreendem que um redator honesto se sinta meio "ladrão" de pensamento alheio quando reproduz, com palavras suas, longos textos alheios, limitando-se a pôr, no fim, uma referência à fonte. Quem lê, fica sem saber em que medida o pensamento exposto é original do estudante, em que medida ele apenas parafraseou pensamento alheio.
Julgo ser esse um problema que precisa ser considerado caso a caso. O professor ou orientador deve ter critério para permitir que um bom redator cite, entre aspas, o que julgue adequado, ou, pelo contrário, para exigir que um redator preguiçoso se esforce para evitar citações textuais e se empenhe em redigir textos de sua própria lavra.
Vou tentar expor, a seguir, quais as normas gerais que me parecem deverem ser seguidas, em matéria de citações:
1) Em princípio, não se deve citar aquilo que podemos convenientemente expor com nossas próprias palavras. A citação só deve ser feita quando enriquece nosso texto, ou pela autoridade do respectivo autor, ou pelo modo particularmente feliz com que ele exprimiu seu pensamento.
2) Em princípio, ainda, deve-se creditar a cada autor o que é seu, sem apropriar-se de pensamento ou formulação alheio. Assim, quando uma ideia original ou uma expressão particularmente feliz é colhida numa fonte, não é justo que a incorporemos a nosso texto sem referência, como se fôssemos os seus autores. É preciso dar a cada qual o que é seu (“suum cuique tribuere”, lia-se nas Instituta de Justiniano). Até mesmo na conversação oral, manda a boa educação que lembremos, quando usamos uma formulação ou uma ideia de outra pessoa, o respectivo autor.
3) Há, porém, casos de transliterações tão evidentes que se torna ocioso e até pedante fazer uma referência ao autor. Por exemplo, quando no título deste artigo escrevi “citar ou não citar, eis a questão”, é óbvio que estou usando a formulação clássica do famoso monólogo de Hamlet. Não será necessário, portanto, acrescentar “parafraseando Shakespeare”, menos ainda será necessário seguir as famigeradas regras da ABNT, colocando entre parênteses o nome do poeta em maiúsculas, seguido do ano da edição recente e barata que está sendo usada. Também certas informações correntes, de conhecimento geral por pessoas de cultura mediana, não precisam ser amparadas em fontes. Ninguém precisa citar uma enciclopédia para provar que Paris é a capital da França, ou que o nome civil do atual Papa é Joseph Ratzinger.
4) A citação direta, entre aspas, deve ser feita sempre que, parifraseando-a ou reescrevendo-a com nossas próprias palavras, algo de sua força se perde. E a citação indireta, perifrástica, deve ser adotada preferencialmente quando se trata de uma citação muito grande, ou quando no nosso texto são por demais abundantes as citações. Produz sempre, com efeito, péssima impressão um texto quase todo composto de citações alheias costuradas. Parece feito por um preguiçoso que não quer ter trabalho de escrever por si mesmo e prefere usar tesoura e cola (ou, mais modernamente, Control-C Control-V).
5) Quando se têm algum texto de extrema importância, para o tema que estamos desenvolvendo, pode ser conveniente destacá-lo de modo especial, colocando-o como epígrafe, no início do livro ou do capítulo. É esse um modo muito adequado de se destacar um autor que nos ajudou de modo assinalado na elaboração do trabalho, e que desejamos que seja tomado em consideração também de modo especial, pelos leitores.
6) Evidentemente, devem ser evitadas a todo custo as citações desnecessárias, feitas só para mostrar erudição ou engrossar bibliografia. Esse é um recurso de maus escritores, desprezado pelos leitores críticos que sabem distinguir joias verdadeiras de bijuterias e obras de arte autênticas de imitações grosseiras.
Parece-me que, em linhas gerais, essas são as normas que o bom senso e a prática corrente do jornalismo, nos ensinaram, em matéria de citações.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom dia. Por favor, preciso de uma gentileza. Um membro da academia falecido ha cerca de 5 anos será homenageado em nosso município no próximo dia 30/03. O sr. Leandro Filier Neto "Larry" dará o nome ao anfiteatro do município um equipamento público de extrema qualidade que irá ofertar bens culturais a todos os munícipes. Gostaria de obter informações sobre uma possível homenagem da academia a ele ou mesmo como posso proceder. Qualquer informação será de extrema valia para nossa equipe. Meu email é luiz.alfredo@r7.com ou pelos fones (19) 9707.0808 - (19) 3545.8000 - Luiz Alfredo. Agradecendo desde já despeço-me externando votos de continuo sucesso.

Galeria Acadêmica

1-Alexandre Sarkis Neder - Cadeira n° 13 - Patrono: Dario Brasil
2- Maria Madalena t Tricanico de Carvalho Silveira- Cadeira n° 14 - Patrono: Branca Motta de Toledo Sachs
3-Antonio Carlos Fusatto - Cadeira n° 6 - Patrono: Nélio Ferraz de Arruda
4-Marcelo Batuíra da Cunha Losso Pedroso - Cadeira n° 15 - Patrono: Archimedes Dutra
5-Aracy Duarte Ferrari - Cadeira n° 16 - Patrono: José Mathias Bragion
6-Armando Alexandre dos Santos- Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado
7-Barjas Negri - Cadeira no 5 - Patrono: Leandro Guerrini
8-Christina Aparecida Negro Silva - Cadeira n° 17 - Patrono: Virgínia Prata Gregolin
9-Carmen Maria da Silva Fernandez Pilotto - Cadeira n° 19 - Patrono: Ubirajara Malagueta Lara
10-Cássio Camilo Almeida de Negri - Cadeira n° 20 - Patrono: Benedito Evangelista da Costa
11- Antonio Filogênio de Paula Junior-Cadeira n° 12 - Patrono: Ricardo Ferraz de Arruda Pinto
12-Edson Rontani Júnior - Cadeira n° 18 - Patrono: Madalena Salatti de Almeida
13-Elda Nympha Cobra Silveira - Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior
14-Bianca Teresa de Oliveira Rosenthal - cadeira no 31 - Patrono Victorio Angelo Cobra
15-Evaldo Vicente - Cadeira n° 23 - Patrono: Leo Vaz
16-Lídia Varela Sendin - Cadeira n° 8 - Patrono: Fortunato Losso Netto
17-Shirley Brunelli Crestana- Cadeira n° 27 - Patrono: Salvador de Toledo Pisa Junior
18-Gregorio Marchiori Netto - Cadeira n° 28 - Patrono: Delfim Ferreira da Rocha Neto
19-Carmelina de Toledo Piza - Cadeira n° 29 - Patrono: Laudelina Cotrim de Castro
20-Ivana Maria França de Negri - Cadeira n° 33 - Patrono: Fernando Ferraz de Arruda
21-Jamil Nassif Abib (Mons.) - Cadeira n° 1 - Patrono: João Chiarini
22-João Baptista de Souza Negreiros Athayde - Cadeira n° 34 - Patrono: Adriano Nogueira
23-João Umberto Nassif - Cadeira n° 35 - Patrono: Prudente José de Moraes Barros
24-Leda Coletti - Cadeira n° 36 - Patrono: Olívia Bianco
25-Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins - cadeira no 26 Patrono Nelson Camponês do Brasil
26-Maria Helena Vieira Aguiar Corazza - Cadeira n° 3 - Patrono: Luiz de Queiroz
27-Marisa Amábile Fillet Bueloni - cadeira no32 - Patrono Thales castanho de Andrade
28-Marly Therezinha Germano Perecin - Cadeira n° 2 - Patrona: Jaçanã Althair Pereira Guerrini
29-Mônica Aguiar Corazza Stefani - Cadeira n° 9 - Patrono: José Maria de Carvalho Ferreira
30-Myria Machado Botelho - Cadeira n° 24 - Patrono: Maria Cecília Machado Bonachela
31-Newman Ribeiro Simões - cadeira no 38 - Patrono Elias de Mello Ayres
32-Angela Maria Furlan – Cadeira n° 25 – Patrono: Francisco Lagreca
33-Paulo Celso Bassetti - Cadeira n° 39 - Patrono: José Luiz Guidotti
34-Raquel Delvaje - Cadeira no 40 - Patrono Barão de Rezende
35- Elisabete Jurema Bortolin - Cadeira n° 7 - Patrono: Helly de Campos Melges
36-Sílvia Regina de OLiveira - Cadeira no 22 - Patrono Erotides de Campos
37-Valdiza Maria Capranico - Cadeira no 4 - Patrono Haldumont Nobre Ferraz
38-Vitor Pires Vencovsky - Cadeira no 30 - Patrono Jorge Anéfalos
39-Waldemar Romano - Cadeira n° 11 - Patrono: Benedito de Andrade
40-Walter Naime - Cadeira no 37 - Patrono Sebastião Ferraz