Toshio Icizuca Patrono: Elias de Melo Ayres Cadeira no 38 |
Antigamente,
quando se falava em maquiagem entendia-se por maquiagem facial, um dos
artifícios que as mulheres usavam para melhorar o visual, não somente para
realçar as belezas naturais como também para esconder as imperfeições que lhes
incomodam, e podem ser minimizadas através de produtos especialmente criados
para essa finalidade.
Passaram-se os
tempos, os costumes mudaram, surgiram-se novos problemas, mas com o avanço da
tecnologia e a evolução da humanidade a criatividade do homem nos surpreende a
cada dia, e muitas vezes merecem os
nossos aplausos, porém às vezes ela nos decepciona, causa mal estar, deixa-nos descrente
em relação ao uso da inteligência para o bem da comunidade. Até palavra consagrada
ao longo do tempo por embelezar as mulheres, é distorcida, usada indevidamente
para esconder as falcatruas e resultados decepcionantes que não podem ser
mostrados publicamente, pois assim fazendo a “cara” do autor ou responsável
pela má condução da gestão ficará manchada.
Evidentemente,
estamos falando da palavra maquiagem. O uso da maquiagem de resultados para
esconder erros e índices decepcionantes se tornaram comuns ultimamente,
principalmente na área federal. Todos os artifícios para maquiar os números
indesejáveis são válidos, desde a mudança de parâmetros, alteração de leis,
mudança de amplitude na compilação de resultados, relocação de verbas, enfim,
não se medem “esforços” para apresentar números satisfatórios aos olhos do
povo. Às vezes, mesmo com toda dedicação e “esforços” dos maquiadores, os
números ficam escancarados, como os “pibinhos” de 2011 e 2012.
Enquanto o uso
do artifício da maquiagem fica restrito ao noticiário interno, embora a prática
seja condenável, a imagem do país perante o mundo não fica tão arranhada,
porém, ao ser divulgado por um respeitável órgão de economia do mundo, a
posição do País se tornará desconfortável e a sua credibilidade diante de
outras nações ficará manchada. Infelizmente é
esta a situação atual do Brasil.
Vale lembrar também
que o uso da maquiagem fez com que “aumentassem”
consideravelmente a população de classe média brasileira. Convenhamos, não se
pode dizer que uma família com renda de três salários mínimos pode ser
considerada de classe média! Só se for no Haiti, um dos países mais pobres do
mundo!
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