Rio Piracicaba

Rio Piracicaba
Rio Piracicaba cheio (foto Ivana Negri)

Patrimônio da cidade, a Sapucaia florida (foto Ivana Negri)

Balão atravessando a ponte estaiada (foto Ivana Negri)

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quarta-feira, 2 de março de 2016

A Paz e a Música

 Acadêmica Myria Machado Botelho
Cadeira n° 24 - Patrona: Maria Cecília Machado Bonachella

            A paz,direito inalienável das pessoas, não a temos. As guerras absurdas, inclusive de irmãos matando irmãos; atentados cegos e seus rastros de sofrimentos contra civis e pequeninos; atos insanos de jovens portando armas de guerra e metralhando crianças dentro das escolas; o desprezo e o total desrespeito á dignidade humana como o que vivenciamos em nosso país, onde se mata por uma conta de 7 reais, onde se mata no trânsito irresponsável, onde se mata pela opressão  e a corrupção! Em todos os setores de atividades em que o desrespeito, o egoísmo, a cobiça e a imoralidade, a exploração do mais forte contra o mais fraco prevalecem, há também uma outra morte. As relações humanas estão abaladas nas mais variadas dimensões, pois onde Deus não está, falta a justiça, a solidariedade, o respeito pela vida da pessoa e seus direitos. Direitos que abrangem também a vida em geral, os cuidados com a natureza, a criação e o mundo, nossa casa maior, a casa de toda a família humana e seu bem comum. O mundo está precisando de um choque de transformações, de formação, de espiritualidade, de culto á beleza e à sensibilidade.
            Somos nós, os ocupantes da terra, obreiros responsáveis pela sua construção  em todos os níveis do convívio social e humano, em todas as relações, sejam elas políticas, econômicas, educacionais, em todas as áreas religiosas, culturais, artísticas, no mundo da escola e da comunicação, onde proliferam as más notícias, os maus exemplos, os estímulos perniciosos ao consumo desbragado,os falsos ídolos,as relações  pessoais tumultuadas e sem objetivos, em que a sexualidade exacerbada ignora  os sentimentos e os princípios que fundamentam valores essenciais como a família,célula principal de uma sociedade bem constituída.No Brasil,salvo honrosas exceções, esta comunicação vai de mau a pior;  basta citar apenas o exemplo do confinamento vergonhoso, nos aspectos mais execráveis de uma invasão de  privacidade fora dos padrões normais, oferecida em horário nobre pela rede Globo, no reality show malfadado BBB.
Minha intenção era o de aprofundar o tema, e comentar outros aspectos de nossa realidade tão violenta, inclusive a da educação. E o leitor deve estar confuso quanto ao título e se perguntando: o que tem a ver a música com a paz?
A música é, sem dúvida, um dos mais poderosos veículos de encantamento;   ouvindo-a, em silêncio de oração,sentimo-nos dulcificados e os sentidos, aos poucos, alienam-se dos problemas, identificando-se com a beleza.
  Lang Lang, o artista chinês, considerado, aos 30 anos, um dos maiores pianistas da atualidade,foi menino precoce.  Aos 3 anos, assistindo a um desenho infantil que executava uma peça clássica, encantou-se e, a partir dai, não parou, estudando  5 horas por dia e vencendo todos os concursos em que se apresentou.
            Enquanto ouvia e via aquelas mãos mágicas deslizando sobre o piano ( piano que mais parece um prolongamento de seu próprio ser), para uma platéia numerosa e totalmente  siderada  na comovente beleza das sonatas de Beethoven( as de no 3 e a Appassionata), veio-me um pensamento insistente, o da beleza,de que só ela pode salvar o mundo e trazer a paz, como bem afirmou o grande escritor russo, Dostoievski.
        Creio que é o momento de nos interrogarmos se nossas buscas não estão em direções erradas; se não precisamos reconquistar os espaços da sensibilidade que trazemos desde os mais tenros anos, na capacidade de olhar, ver, ouvir e sentir como a criança para quem tudo é novo, e se sustenta numa incrível lógica de paz, de amor e de convívio, que nós, a medida que passam os anos, vamos deixando para trás e substituindo pelos artifícios mundanos?
     Na segunda parte de sua apresentação, Lang Lang  executou  uma outra jóia  de I. Albeniz, Ibéria, Livro 3 (Evocação, Porto e Festa de Deus em Sevilha). Nesses momentos de uma abstração que leva ao infinito, julguei desnecessário e grosseiro qualquer alusão contrária ao meu encantamento. Um extra de Chopin, o famoso Estudo no 1, sedimentou minha decisão de não falar  em violência, chacinas, atentados e guerras, em face da  verdade  absoluta  da arte e da beleza, verdade que devemos buscar com mais intensa e denodada razão e urgência!

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Galeria Acadêmica

1-Alexandre Sarkis Neder - Cadeira n° 13 - Patrono: Dario Brasil
2- Maria Madalena t Tricanico de Carvalho Silveira- Cadeira n° 14 - Patrono: Branca Motta de Toledo Sachs
3-Antonio Carlos Fusatto - Cadeira n° 6 - Patrono: Nélio Ferraz de Arruda
4-Marcelo Batuíra da Cunha Losso Pedroso - Cadeira n° 15 - Patrono: Archimedes Dutra
5-Aracy Duarte Ferrari - Cadeira n° 16 - Patrono: José Mathias Bragion
6-Armando Alexandre dos Santos- Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado
7-Barjas Negri - Cadeira no 5 - Patrono: Leandro Guerrini
8-Christina Aparecida Negro Silva - Cadeira n° 17 - Patrono: Virgínia Prata Gregolin
9-Carmen Maria da Silva Fernandez Pilotto - Cadeira n° 19 - Patrono: Ubirajara Malagueta Lara
10-Cássio Camilo Almeida de Negri - Cadeira n° 20 - Patrono: Benedito Evangelista da Costa
11- Antonio Filogênio de Paula Junior-Cadeira n° 12 - Patrono: Ricardo Ferraz de Arruda Pinto
12-Edson Rontani Júnior - Cadeira n° 18 - Patrono: Madalena Salatti de Almeida
13-Elda Nympha Cobra Silveira - Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior
14-Bianca Teresa de Oliveira Rosenthal - cadeira no 31 - Patrono Victorio Angelo Cobra
15-Evaldo Vicente - Cadeira n° 23 - Patrono: Leo Vaz
16-Lídia Varela Sendin - Cadeira n° 8 - Patrono: Fortunato Losso Netto
17-Shirley Brunelli Crestana- Cadeira n° 27 - Patrono: Salvador de Toledo Pisa Junior
18-Marcelo Pereira da Silva - Cadeira n° 28 - Patrono: Delfim Ferreira da Rocha Neto
19-Carmelina de Toledo Piza - Cadeira n° 29 - Patrono: Laudelina Cotrim de Castro
20-Ivana Maria França de Negri - Cadeira n° 33 - Patrono: Fernando Ferraz de Arruda
21-Jamil Nassif Abib (Mons.) - Cadeira n° 1 - Patrono: João Chiarini
22-João Baptista de Souza Negreiros Athayde - Cadeira n° 34 - Patrono: Adriano Nogueira
23-João Umberto Nassif - Cadeira n° 35 - Patrono: Prudente José de Moraes Barros
24-Leda Coletti - Cadeira n° 36 - Patrono: Olívia Bianco
25-Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins - cadeira no 26 Patrono Nelson Camponês do Brasil
26-Maria Helena Vieira Aguiar Corazza - Cadeira n° 3 - Patrono: Luiz de Queiroz
27-Marisa Amábile Fillet Bueloni - cadeira no32 - Patrono Thales castanho de Andrade
28-Marly Therezinha Germano Perecin - Cadeira n° 2 - Patrona: Jaçanã Althair Pereira Guerrini
29-Mônica Aguiar Corazza Stefani - Cadeira n° 9 - Patrono: José Maria de Carvalho Ferreira
30-Myria Machado Botelho - Cadeira n° 24 - Patrono: Maria Cecília Machado Bonachela
31-Newman Ribeiro Simões - cadeira no 38 - Patrono Elias de Mello Ayres
32-Angela Maria Furlan – Cadeira n° 25 – Patrono: Francisco Lagreca
33-Paulo Celso Bassetti - Cadeira n° 39 - Patrono: José Luiz Guidotti
34-Raquel Delvaje - Cadeira no 40 - Patrono Barão de Rezende
35- Elisabete Jurema Bortolin - Cadeira n° 7 - Patrono: Helly de Campos Melges
36-Eliete de Fatima Guarnieri - Cadeira no 22 - Patrono Erotides de Campos
37-Valdiza Maria Capranico - Cadeira no 4 - Patrono Haldumont Nobre Ferraz
38-Vitor Pires Vencovsky - Cadeira no 30 - Patrono Jorge Anéfalos
39-Waldemar Romano - Cadeira n° 11 - Patrono: Benedito de Andrade
40-Walter Naime - Cadeira no 37 - Patrono Sebastião Ferraz