Elda Nympha Cobra Silveira
João sempre se preocupava em
prover uma vida financeira melhor para sua família e por essa razão pouco tinha
convívio familiar com todos, sua esposa
procurava compreender, mas sentia muita falta desse relacionamento. Onde
ficaram seus sonhos de parceria e companheirismo, formadores de um verdadeiro
lar? Seus filhos pouco o viam e o sentia excluso de suas vidas. Ele diariamente
saia com o raiar da aurora e só voltava com o luar, encontrando seus filhos
ainda pequenos dormindo em suas caminhas. Só pensava na parte financeira, no
consumismo, galgar um status condizente com a exigência da sociedade.
Ele pensava que a vida era
efêmera e que era necessário se tornar realizado o mais breve possível, para
poder gozar melhor sua vida com sua família e assim visando só vivia para o
futuro e não vivia o presente.
Os seus sentiam falta do colo que
acolhe, a carícia de um olhar, um
sorriso contagiante e a disponibilidade de trocas de amor e momentos lúdicos.
Certa noite pode chegar mais cedo
em casa e ao passar pelo quarto do seu filhinho ouviu-o orando:- “Papai do Céu
meu papai está vivo e não posso vê-lo, nem brincar com ele. Ele só está comigo quando sonho com
ele. Se ele morrer ele terá tempo para mim, como nos sonhos? Mas não quero assim!”
João ouviu tudo e emocionado
percebeu que a vida era muito curta e que nada de sua vida teria sentido se não
tocasse o coração das pessoas que amava, e que eram seu maior tesouro e davam
sentido ao seu viver enquanto durasse.
Não era tarde para mudar e
refazer seu modo de viver em família. O filho e sua esposa ainda teriam muito com que se orgulhar dele e
usufruir do seu amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário