Leda Coletti
Que mundo louco
estamos vivenciando! Talvez muitas pessoas estranhem estas minhas palavras, mas,
a maioria que passou das sete décadas de
existência entenderá com certeza.
As mudanças
tecnológicas avançando com muita rapidez nos
levam a esta conclusão. Ficamos em algumas ocasiões confusos e até
resistentes às mudanças frequentes.
No tempo de
nossos avós ( primeiras décadas do século passado) as invenções demoravam a
acontecer. Lembro-me do nono ouvindo o rádio e comentando com seus filhos que
achava aquilo um invento muito ousado e moderno. Fico a imaginar qual seria sua
reação diante das novidades atuais, pois não chegou a conhecer nem mesmo o
aparelho de televisão com imagens pretas e brancas.
Quando nós idosos
aceitamos alguns recursos tecnológicos e tentamos pô-los em prática, sentimos a
dificuldade de acompanhar com rapidez e precisão as mudanças, pois rapidamente esses
recursos computadorizados são descartados, para darem lugar a outros mais
equipados e modernos.
Nas médias e
grandes indústrias os robôs estão sendo priorizados, a tal ponto que tornaram
os homens subalternos a eles. Dias atrás, fazendo fisioterapia, numa sala onde
havia várias mulheres, a mais nova que lá se encontrava (deveria estar perto
dos 30 anos) estava se submetendo ao tratamento de braços e mãos, em
decorrência de exercícios rápidos e repetitivos de seu trabalho numa indústria
automobilística. Fiquei surpresa ao saber que estes eram contínuos, para poder
abastecer o robô com material no tempo devido, o qual tem movimentos
sincronizados e executa o trabalho principal. No caso tratava-se da tintura de
carros.
Ao mesmo tempo que reconhecemos o valor da tecnologia,
ficamos em conflito quando as mudanças acontecem nos planos morais, espirituais,
sociais e geram violência, marginalização de pessoas e muitos problemas sociais.
E para não
complicarmos mais e nos acharmos atordoados, paremos por aqui este papo, porque
senão, como se diz na gíria popular “ a cuca funde”.
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