Observação: Conto inspirado no romance monumental “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa, após uma releitura, talvez mais intimista e passional, em que, num impulso, desejei um outro desfecho para a tremenda saga de Riobaldo e Diadorim. Devo acrescentar, contudo, que uma obra-prima é o que é: impactante, dolorida, viva e sugestiva...
Diadorim, Diadorim: dia claro de ouro... dourado, esplendoroso como promessa. Manhã de Primavera... de flores e de pássaros... leves, muito leves, um sonho para realizar-se... “Remanso de rio largo...” Um segredo, prestes a ser revelado...
O poder de um nome, a força de um personagem que ganha vida nas claras alegrias e nas tristezas sombrias, no destemor e na coragem, na beleza que principia no olhar verde e misterioso como as veredas do sertão... algo precioso que se acalenta e se cuida e não se deseja, e não se aceita perdido... e choramos e gememos, também estrangulados e sufocados, quando assistimos e queremos “mil gritar”, ao vê-lo no que estava para ser: sua entrada no topo da rua, punhal em mão, avançando, correndo, no meio do tiroteio de fúria, contra o diabo, o Hermógenes: o dronho desumano – nos cabelões da barba... O assassino, cruel e covarde, de seu pai Joca Ramiro...
Então a refrega mortal: sanharam, baralharam, terçaram. De supetão... e só... O diabo no meio da rua. O sangue. A faca. O claro, claramente: Diadorim cravar e sangrar o Hermógenes...
...E o soluço estrangula-se na garganta... Não e não! Ele não pode morrer...
– Vai lá, Riobaldo Tatarana, Urutu Branco! atravessa os escuros buracos e caminha ileso, que teu corpo é fechado pelo que vem do céu e não deixa morrer. Toma em teus braços o corpo ferido do menino de fala mansa e subentendida, toma aquele corpo e cura suas feridas com beijos de teu infinito amor. Não se pode matar o que tem alma e tem vida. Não se pode morrer assim, num dia assim, quando tudo está para se realizar...como a flor que ainda não deu fruto...como o fruto verde, não sazonado ainda... “Mire e veja”. Tudo está repago e refeito... Ele é ela, a moça virgem, a donzela destemida e corajosa que tanto te ama... e te acompanhou sempre, desde o dia de um encontro menino e inocente, marcado pela beleza de um alvorecer de paixão!...
Amor que começou como canção antiga, de outros tempos, de outras eras... e não envelheceu... a verdade não envelhece, a verdade é como um poema... Tão brilhante como tua pedra de ametista...
– “Riobaldo, escuta: vamos na estreitez deste passo...” ele disse, e de medo não tremia, que era de amor – hoje sei.
– “Riobaldo, o cumprir de nossa vingança vem perto...Daí, quando estiver repago e refeito, um segredo, uma coisa, vou contar a você...”
Então o impossível pode ser... Porque viver é mesmo muito perigoso... Tua amada não morreu. A mulher de teus sonhos, do segredo desvendado. É com ela que vais casar e viver, e morar em boa beira do Urucuia... É com ela que vais tecer com fios de ouro um romance mágico de amor! Num cenário misterioso, impenetrável, insólito: o Urucuia, perto da barra, que também tem belas croas de areia, e ilhas que forma com verdes árvores debruçadas. Da cor dos olhos de tua amada, enigmáticos e profundos... da cor da esperança, dos silêncios que tanto dizem... e tanto sugerem... Para lá se vão os pássaros, os pássaros do Rio das Velhas e da saudade... O jaburu, o macuco, a garça branca, a garça rosada que repassa o ar por extenso como vestido de mulher... E o manuelzinho-da-croa – o preferido de tua amada, “que pisa e se desempenha tão catita, o manuelzinho... não é mesmo de todos o passarinho lindo de mais amor?...”
Mais amor... esbanjado nas auroras!.. Nonada... perdido nas travessias... reencontrado nos atalhos do segredo descoberto... Vidas!... Vidas preciosas que não morrem, sobre-humanas, tocadas de amor imortal... batizadas pelo sangue vermelho e quente da paixão... Mas... tão leves, tão diáfanas, tão belas, como os pássaros, as flores e as borboletas, mensageiros doces da eterna primavera!...
Diadorim, Diadorim: dia claro de ouro... dourado, esplendoroso como promessa. Manhã de Primavera... de flores e de pássaros... leves, muito leves, um sonho para realizar-se... “Remanso de rio largo...” Um segredo, prestes a ser revelado...
O poder de um nome, a força de um personagem que ganha vida nas claras alegrias e nas tristezas sombrias, no destemor e na coragem, na beleza que principia no olhar verde e misterioso como as veredas do sertão... algo precioso que se acalenta e se cuida e não se deseja, e não se aceita perdido... e choramos e gememos, também estrangulados e sufocados, quando assistimos e queremos “mil gritar”, ao vê-lo no que estava para ser: sua entrada no topo da rua, punhal em mão, avançando, correndo, no meio do tiroteio de fúria, contra o diabo, o Hermógenes: o dronho desumano – nos cabelões da barba... O assassino, cruel e covarde, de seu pai Joca Ramiro...
Então a refrega mortal: sanharam, baralharam, terçaram. De supetão... e só... O diabo no meio da rua. O sangue. A faca. O claro, claramente: Diadorim cravar e sangrar o Hermógenes...
...E o soluço estrangula-se na garganta... Não e não! Ele não pode morrer...
– Vai lá, Riobaldo Tatarana, Urutu Branco! atravessa os escuros buracos e caminha ileso, que teu corpo é fechado pelo que vem do céu e não deixa morrer. Toma em teus braços o corpo ferido do menino de fala mansa e subentendida, toma aquele corpo e cura suas feridas com beijos de teu infinito amor. Não se pode matar o que tem alma e tem vida. Não se pode morrer assim, num dia assim, quando tudo está para se realizar...como a flor que ainda não deu fruto...como o fruto verde, não sazonado ainda... “Mire e veja”. Tudo está repago e refeito... Ele é ela, a moça virgem, a donzela destemida e corajosa que tanto te ama... e te acompanhou sempre, desde o dia de um encontro menino e inocente, marcado pela beleza de um alvorecer de paixão!...
Amor que começou como canção antiga, de outros tempos, de outras eras... e não envelheceu... a verdade não envelhece, a verdade é como um poema... Tão brilhante como tua pedra de ametista...
– “Riobaldo, escuta: vamos na estreitez deste passo...” ele disse, e de medo não tremia, que era de amor – hoje sei.
– “Riobaldo, o cumprir de nossa vingança vem perto...Daí, quando estiver repago e refeito, um segredo, uma coisa, vou contar a você...”
Então o impossível pode ser... Porque viver é mesmo muito perigoso... Tua amada não morreu. A mulher de teus sonhos, do segredo desvendado. É com ela que vais casar e viver, e morar em boa beira do Urucuia... É com ela que vais tecer com fios de ouro um romance mágico de amor! Num cenário misterioso, impenetrável, insólito: o Urucuia, perto da barra, que também tem belas croas de areia, e ilhas que forma com verdes árvores debruçadas. Da cor dos olhos de tua amada, enigmáticos e profundos... da cor da esperança, dos silêncios que tanto dizem... e tanto sugerem... Para lá se vão os pássaros, os pássaros do Rio das Velhas e da saudade... O jaburu, o macuco, a garça branca, a garça rosada que repassa o ar por extenso como vestido de mulher... E o manuelzinho-da-croa – o preferido de tua amada, “que pisa e se desempenha tão catita, o manuelzinho... não é mesmo de todos o passarinho lindo de mais amor?...”
Mais amor... esbanjado nas auroras!.. Nonada... perdido nas travessias... reencontrado nos atalhos do segredo descoberto... Vidas!... Vidas preciosas que não morrem, sobre-humanas, tocadas de amor imortal... batizadas pelo sangue vermelho e quente da paixão... Mas... tão leves, tão diáfanas, tão belas, como os pássaros, as flores e as borboletas, mensageiros doces da eterna primavera!...
Meu Carrilhão
Aprendi a converter em pensamento uma grande parte de meus sentimentos. Destes, eu jamais excluí minhas experiências da infância. Até aqui, quando revejo minha história que contém uma grande variedade de ingredientes, penso que, ao lado de toda ousadia e dos extremos experimentados, logrei encontrar o equilíbrio. Os sacrifícios, as falhas, os sofrimentos e as grandes perdas, as vitórias relativas, grande parte delas às custas de muito trabalho, tudo o que constitui a trilha de cada um e faz parte de uma construção ao longo dos anos resume-se hoje numa única verdade e num aprendizado muito simples – o do amor.
Envelhecer é um processo natural e a velhice não é pior do que a mocidade. Ao mesmo tempo que abdicamos, também adquirimos e vamos repondo no jogo da vida aquelas peças que faltavam; muitas vezes, à medida que nos desfazemos de muitos conceitos, de muitos ímpetos nocivos e estouvados oriundos do egoísmo, da pretensão, dos juízos críticos implacáveis e das posições radicais, próprios da juventude, os substituímos pela tolerância, o bom senso, a serenidade, o amor. Sempre e de novo o amor, que tudo resume.
Podemos ter 55, 65, 75 anos e, se até aqui ainda não descobrimos a raridade da beleza, se até aqui não aprendemos a assumir a própria idade, interpondo o inconformismo e desejando aparentar exteriormente o que já perdemos, então é o desastre. Não existe nada pior do que essa batalha em que passamos a exigir de nós mesmos o que está além de nosso alcance. E o pior: nessa ânsia, nessa luta, perdemos a própria identidade e o próprio encanto, pois que todas as fases da vida, como as estações, contêm sua beleza própria e irretocável. Então acontece um maravilhoso processo de revitalização: a consciência, a percepção, a vivacidade da alma ao lado do amadurecimento cronológico e psicológico adquirem outros contornos de realização em que vamos deixando pelos caminhos o supérfluo para nos atermos ao essencial. Envelhecemos quando substituímos os sonhos pelos lamentos. E a aparência de jovialidade exterior tem muito a ver com o que constatamos de muitas pessoas, das quais dizemos que elas não têm idade, têm o tempo. Como o meu carrilhão que voltou... Ele tem muito tempo...
Porque meu, se a família era tão grande e o som, a sua música, era para todos, incessante e incansável? Não sei, mas sempre tive esta sensação de posse, sempre imaginei que ele tocava com exclusividade para mim, acompanhando-me e marcando o meu crescimento, o meu desabrochar para a vida, meus brinquedos, minhas divagações, minha pressa de crescer, minha inquietação, minha (in)disciplina, meus horários, meus compromissos. A hora de levantar e de dormir, de estudar, de ajudar na lida doméstica, de ir para a escola, de almoçar e de jantar no pequeno rigor de nosso pai, que não admitia atraso e ausência... ah! as ausências vieram depois, quando fomos nos despedindo para buscar outros estudos e os diplomas, para mudarmos nossas atividades e adquirirmos a relativa independência material no exercício da profissão, e trocarmos nossa condição civil... O casamento, os filhos, as gerações que se foram sucedendo e aumentando a família, os encontros durante as férias naquele ninho que parecia imutável e eterno quando então a casa retomava o ritmo de alegria, de bem-estar, de comunhão, de quase festa, no alarido e no derramamento das crianças.
E o carrilhão ali estava na parede, no mesmo lugar. Acompanhando a vida e a história de tantos, armazenando, tocando suavemente seus quartos de hora, mais insistente ao marcá-las, como a proclamar o tempo que não espera, acumulando mudo e tranquilo as experiências das gerações que se renovavam...
... Até que um dia ele parou. Depois de meio século, seu zeloso guardião, que sempre o incluiu no ritmo de toda aquela trepidante caminhada, partiu tão suave quanto ele, para ouvi-lo lá no céu, junto de outros mil carrilhões, entoando o hino de acolhida para os santos.
Então, a mudança para um novo dono, tão zeloso quanto o primeiro, de quem herdara os traços e a semelhança da alma...
E o carrilhão retomou sua jornada de fidelidade, assistindo a um novo florescimento, um novo despertar. Os personagens eram outros, a realidade em outra cidade, mais ousada e trepidante, o curso da história mais empenhativo, talvez menos fantasioso e mais prático, porém a sementinha do sonho permanecia viva e teimosa. Na parede da sala, um exemplo e uma lição de continuidade...
... Mas também ali ele parou. O tempo chegou, de maneira inesperada e breve, para seu novo proprietário, com certeza acolhido entre as harmonias das horas que ele amava, tanto quanto seu progenitor...
Era preciso acostumar-se com as ausências definitivas, inexoráveis. Um dia também ele, o carrilhão, devia parar para sempre?
Ainda não! Eu, a última dos irmãos, esperava por ele. No grau do afeto, da saudade e da lembrança, o carrilhão me pertencia e, por justiça, ele voltava.
Agora ele está comigo, bem perto, restaurado e soberano. Derramando sua música sobre meu coração contrito, embalando-me no sonho que me conduz no tempo para alcançar o início de minha jornada e divisá-la, entre lágrimas e soluços, entre alegrias e esperanças, que estas jamais se extinguirão. Com ele, meu carrilhão, último remanescente de uma longa história, eu aproximo as coisas mais distantes. Ele faz com que se irmanem o antigo e o novo. Vence o tempo, fazendo tudo convergir para um centro, onde o amor que a tudo dá sentido deve ser o estribilho da jornada!...
Envelhecer é um processo natural e a velhice não é pior do que a mocidade. Ao mesmo tempo que abdicamos, também adquirimos e vamos repondo no jogo da vida aquelas peças que faltavam; muitas vezes, à medida que nos desfazemos de muitos conceitos, de muitos ímpetos nocivos e estouvados oriundos do egoísmo, da pretensão, dos juízos críticos implacáveis e das posições radicais, próprios da juventude, os substituímos pela tolerância, o bom senso, a serenidade, o amor. Sempre e de novo o amor, que tudo resume.
Podemos ter 55, 65, 75 anos e, se até aqui ainda não descobrimos a raridade da beleza, se até aqui não aprendemos a assumir a própria idade, interpondo o inconformismo e desejando aparentar exteriormente o que já perdemos, então é o desastre. Não existe nada pior do que essa batalha em que passamos a exigir de nós mesmos o que está além de nosso alcance. E o pior: nessa ânsia, nessa luta, perdemos a própria identidade e o próprio encanto, pois que todas as fases da vida, como as estações, contêm sua beleza própria e irretocável. Então acontece um maravilhoso processo de revitalização: a consciência, a percepção, a vivacidade da alma ao lado do amadurecimento cronológico e psicológico adquirem outros contornos de realização em que vamos deixando pelos caminhos o supérfluo para nos atermos ao essencial. Envelhecemos quando substituímos os sonhos pelos lamentos. E a aparência de jovialidade exterior tem muito a ver com o que constatamos de muitas pessoas, das quais dizemos que elas não têm idade, têm o tempo. Como o meu carrilhão que voltou... Ele tem muito tempo...
Porque meu, se a família era tão grande e o som, a sua música, era para todos, incessante e incansável? Não sei, mas sempre tive esta sensação de posse, sempre imaginei que ele tocava com exclusividade para mim, acompanhando-me e marcando o meu crescimento, o meu desabrochar para a vida, meus brinquedos, minhas divagações, minha pressa de crescer, minha inquietação, minha (in)disciplina, meus horários, meus compromissos. A hora de levantar e de dormir, de estudar, de ajudar na lida doméstica, de ir para a escola, de almoçar e de jantar no pequeno rigor de nosso pai, que não admitia atraso e ausência... ah! as ausências vieram depois, quando fomos nos despedindo para buscar outros estudos e os diplomas, para mudarmos nossas atividades e adquirirmos a relativa independência material no exercício da profissão, e trocarmos nossa condição civil... O casamento, os filhos, as gerações que se foram sucedendo e aumentando a família, os encontros durante as férias naquele ninho que parecia imutável e eterno quando então a casa retomava o ritmo de alegria, de bem-estar, de comunhão, de quase festa, no alarido e no derramamento das crianças.
E o carrilhão ali estava na parede, no mesmo lugar. Acompanhando a vida e a história de tantos, armazenando, tocando suavemente seus quartos de hora, mais insistente ao marcá-las, como a proclamar o tempo que não espera, acumulando mudo e tranquilo as experiências das gerações que se renovavam...
... Até que um dia ele parou. Depois de meio século, seu zeloso guardião, que sempre o incluiu no ritmo de toda aquela trepidante caminhada, partiu tão suave quanto ele, para ouvi-lo lá no céu, junto de outros mil carrilhões, entoando o hino de acolhida para os santos.
Então, a mudança para um novo dono, tão zeloso quanto o primeiro, de quem herdara os traços e a semelhança da alma...
E o carrilhão retomou sua jornada de fidelidade, assistindo a um novo florescimento, um novo despertar. Os personagens eram outros, a realidade em outra cidade, mais ousada e trepidante, o curso da história mais empenhativo, talvez menos fantasioso e mais prático, porém a sementinha do sonho permanecia viva e teimosa. Na parede da sala, um exemplo e uma lição de continuidade...
... Mas também ali ele parou. O tempo chegou, de maneira inesperada e breve, para seu novo proprietário, com certeza acolhido entre as harmonias das horas que ele amava, tanto quanto seu progenitor...
Era preciso acostumar-se com as ausências definitivas, inexoráveis. Um dia também ele, o carrilhão, devia parar para sempre?
Ainda não! Eu, a última dos irmãos, esperava por ele. No grau do afeto, da saudade e da lembrança, o carrilhão me pertencia e, por justiça, ele voltava.
Agora ele está comigo, bem perto, restaurado e soberano. Derramando sua música sobre meu coração contrito, embalando-me no sonho que me conduz no tempo para alcançar o início de minha jornada e divisá-la, entre lágrimas e soluços, entre alegrias e esperanças, que estas jamais se extinguirão. Com ele, meu carrilhão, último remanescente de uma longa história, eu aproximo as coisas mais distantes. Ele faz com que se irmanem o antigo e o novo. Vence o tempo, fazendo tudo convergir para um centro, onde o amor que a tudo dá sentido deve ser o estribilho da jornada!...
Lágrimas
Lágrimas...lágrimas... são tantas e frequentes
Vindas lá de dentro, recônditas profusas...
Marejando os olhos quais pérolas voláteis
Às vezes escondidas mascarando a dor...
Quem nos inventou tão grande manancial
Capaz de tanto, e insopitável sempre
Que brota lá do fundo e vem do coração
Que expressa o sentimento, a dor, a raiva, o riso
Revelando outras vezes incontido amor?...
Ah! o mundo já verteu soluços tristes
Lágrimas amargas, feridas, sem consolo...
Um mar remanso, borrasca malograda
A lamentar bem dentro imensurável dor!...
Foi Deus o Inventor, foi Ele o Construtor
Que nos deu a lágrima e nos deu o Amor!
Foi Ele quem chorou no túmulo de Lázaro
E lágrimas de sangue verteu na dor maior...
E chorando e sangrando também nos deixou
A esperança e o consolo emanados sempre
Do pranto rolado com resignação!...
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