Sobre um homem que fala demais e pensa que sabe tudo
(poema épico-burlesco)
(poema épico-burlesco)
As glórias e os feitos desse audaz
Que das trevas o monstro derrotou,
E que à custa de esforço pertinaz
Deslumbrante cultura acumulou,
E tão grande experiência foi capaz
De ajuntar, como diz que ajuntou,
Apregoarei cantando a toda a gente,
A não faltar-me a voz, o estro e a mente.
Se a um covarde Sancho, com suas banhas,
Deu Cervantes renome mundial,
E do louco Quixote as patranhas,
Escreveu-as em prosa sem igual,
Por que do grão Fulano as façanhas,
Há de acaso, levar alguém a mal,
Que usando, não a prosa, mas o verso,
Eu as proclame em todo o Universo?
Ao nascer, em pequena e nobre vila,
Que às margens de aprazível rio se erguia,
Acorrem fadas mil, postas em fila,
E vão prendando o infante que vagia;
Cada qual, co’a varinha lhe instila
Um precioso dom, e só a alegria
Embalou nesse dia os corações,
Em meio a tão fagueiras previsões.
“Serás – dizia uma – como o Sol
“Que ao brilhar tudo o mais obscurece”;
“Terás – dizia outra – de escol
“Memória de quem nunca nada esquece”;
E mais outra lhe augura: “tu em prol
“Lutarás de uma causa que o merece:
“Do Esporte serás tão fiel cultor,
“Que até velho hás de ser bom corredor”.
“Terás – outra dizia – uma tal sorte,
“Que por mais que te operem em hospitais,
“E por mais que te queiram dar à Morte,
“Fracassarão os médicos boçais;
“Serás, enfim, de tal maneira forte,
“Que nunca gemerás nem dirás ais;
“Inda que num desastre te arrebentes,
“Ilesos sairão todos teus dentes”.
“De sua família nunca esquecerá...
– dele dizia uma velha fada –
Filho extremoso e bom irmão será...”
Mas... fica tal promessa inacabada,
Pois com silvado estranho a bruxa má
Aparece (e nem fora convidada!)
Sem descer da vassoura anuncia
Ao rebento o augúrio que trazia:
“Quando tu te puseres a falar,
“Hás de ser sempre tão destemperado,
“Que tua língua sem travas vais soltar,
“Palrando sem pensar e sem cuidado,
“Só de ti falarás, sem escutar
“O que tenha a dizer-te alguém ao lado,
“Ninguém aguentará a tua língua,
“De amigos viverás sempre à míngua;
“Do convívio social assim rompido,
“Julgar-te-ás estrela solitária,
“Viverás rabugento e incompreendido,
“De todos evitado como um pária!”
E tendo tais palavras proferido,
E o terror semeado em toda a área,
A feia bruxa parte, e o faz deixando
As fadas boas tristes e chorando.
“Que havemos de fazer por ti, ó infante,
“Para livrar-te do augúrio feiticeiro?
“Nosso poder p’ra tal não é bastante.
“Mas, se queres um conselho verdadeiro,
“Só uma saída tens, sem variante”
E afirmam todas mil em tom certeiro:
“Para escapares ao que a bruxa agoura...
“... cortes logo tua língua com a tesoura!”
Foi com gosto que assisti, mais uma vez, ao filme “Elizabeth”, lançado em Londres, em 2007, como nova versão do filme anteriormente vindo a público em 1998, sob a direção de Shekar Khapur, figurando como artista principal, no papel da rainha Elizabeth I, Cate Blanchett, que chegou a ser indicada para o Oscar, como melhor atriz. O filme recebeu Oscar, na categoria de melhor figurino.
O século XVI teve sua história marcada, na Grã-Bretanha, por três grandes rainhas que foram, também grandes mulheres – duas delas feias, uma belíssima; duas delas católicas, uma protestante; duas delas irmãs (ou melhor, meio-irmãs) e uma prima; todas as três de grande personalidade, de grande valor pessoal; todas as três, enfim, atuantes polêmicas da História, e até hoje, séculos depois, capazes de despertar torrentes de admiração e de ódio.
São, respectivamente, por ordem de idade e de aparecimento no cenário histórico, Maria Tudor (1516-1558), Elizabeth I (1533- 1603 – a homenageada do filme) e Maria Stuart (1542-1587).
Maria Tudor, apelidada pelos protestantes de “a Sanguinária” (seu apelido Blood Mary serviu para nomear um drink composto de aguardente de cereais ou vodka, suco de tomate, uma rodela de limão e uma pitada de pimenta, tudo bem gelado – é delicioso, mas não recomendo que se misture com algumas dúzias de ostras, como fiz em Florianópolis e quase morri...), era filha do casamento de Henrique VIII, da Inglaterra, com Catarina de Aragão. Elizabeth era filha de Henrique VIII com Ana Bolena, a “Rainha dos Mil Dias”, segunda mulher e primeira vítima do Barba- Azul coroado que foi Henrique VIII. Bolena acabou no cadafalso, acusada de traição. Era, segundo dizem, feia e deformada, mas “enfeitiçou” o rei e o levou a romper com o Papado e com a Igreja Católica e a aderir ao protestantismo, que num primeiro momento ele havia combatido com ardor, chegando a publicar um livro apologético contra Lutero o que lhe valera a concessão, por Roma, do título de Defensor Fidei.
Quando morreu Henrique VIII, sucedeu-lhe seu filho Eduardo VI, oriundo de sua união com Jane Seymour. Teve reinado breve, morrendo sem herdeiros em 1553, ainda adolescente. Depois de morto, a coroa passou para Maria Tudor, a filha mais velha de Henrique VIII, e esta reinou por 5 anos, até 1558, quando morreu. Católica, Maria restabeleceu a religião romana e foi rigorosa na repressão aos complôs protestantes que se sucederam em seu reinado,
o que lhe valeu o já citado apelido de “a Sanguinária”. Foi casada com Felipe II, filho do Imperador Carlos V e seu herdeiro no trono da Espanha.
Enquanto Maria Tudor era viva, ninguém contestou sua legitimidade, já que era filha de um casamento reconhecido como legítimo e válido por todos, católicos e protestantes. Ao morrer, porém, abriu-se o problema: quem lhe sucederia legitimamente? Para os católicos,
eram inválidos os sucessivos casamentos de Henrique VIII, ocorridos ainda em vida da esposa legítima, Catarina de Aragão, de modo que Elizabeth não poderia suceder; a herdeira legítima mais próxima era Maria Stuart, rainha da Escócia, prima do falecido e
católica. Dela falarei mais adiante. Para os protestantes, as preferências iam para a jovem Elizabeth, protestante como o pai. Ela estivera, ao que parece, envolvida
em conspirações contra Maria Tudor, e esteve para ser executada; não o foi, e daí decorreu, por morte de Maria, a ascensão ao trono de Elizabeth, apoiada pelo partido protestante, e o retorno da Inglaterra ao protestantismo.
Maria Stuart era filha do Rei Jaime V, da Escócia, e de uma princesa francesa, da casa de Guise, dos duques soberanos da Lorena. Era sobrinha do Duque de Guise e do Cardeal de Guise, chefes
do partido católico na França nos últimos reinados dos Valois. Sua beleza, de acordo com os relatos da época, era deslumbrante. Casou, ainda menina, com Francisco II, rei da França, um dos três irmãos Valois mortos sem descendência, e enviuvou aos 17 anos. Retornou
então à Escócia, da qual era rainha, e assumiu seu papel num país dividido pelas lutas religiosas. Os clãs das Highlands – com exceção dos oportunistas Campbell e de poucos outros – propendiam para a religião católica, enquanto os das Terras Baixas eram mais simpáticos o protestantismo, de duas facções rivais, as quais também se digladiavam entre si e continuaram a fazê-lo até muito depois. Na Escócia, Maria casou com Lord Darnley, seu primo, também
membro, como ela, do tradicional clã dos Stuarts, a casa real da Escócia, apoiada por numerosos clãs fiéis, entre os quais se destacavam especialmente os Drummonds, aparentados com os Stuarts, já que a primeira rainha da Dinastia Stuart era uma Drummond (Anabela).
Os Drummond, nos séculos seguintes, foram sempre fiéis aos seus primos Stuarts e, nas guerras civis do século XVIII, perderam praticamente tudo quanto possuíam, títulos e terras.
Quando morreu Eduardo VI, Maria Stuart passou a reivindicar a coroa da Inglaterra e colocou, em seu brasão de armas, as insígnias heráldicas da Inglaterra. Isso, Elizabeth nunca perdoou à
prima. Mais tarde, durante uma revolta de protestantes escoceses, Maria Stuart precisou refugiar-se em território inglês, caindo assim na armadilha de Elizabeth, que a fez prender, julgar e decapitar.
Elizabeth teve um longo reinado, até 1603. Foi calculista, impiedosa, ambiciosa e cruel, muito mais sanguinária que a irmã. Em seu reinado, mais de 40 mil pessoas foram mortas, por motivos religiosos, na sua maioria católicos, mas também protestantes de outras
linhas. As execuções de católicos eram particularmente cruéis. O costume era enforcá-los imperfeitamente, com uma corda curta, de tal modo que, na queda, não se partia a espinha dorsal do condenado.
Ele era asfixiado, perdendo os sentidos por asfixia. Então a corda era cortada e o condenado era talhado a machadadas, ainda em vida.
Durante seus 45 anos de reinado, foram executadas mais pessoas que em 300 anos de Inquisição Espanhola. Daí os católicos ingleses se referirem a ela como a verdadeira sanguinária.
Elizabeth foi salva pelo fato de a chamada “invencível armada”, preparada por Felipe II para invadir a Inglaterra, ter sido dispersa por tempestades e se ter perdido quase completamente. Esse foi um dos muitos lances de sorte que marcaram seu reinado. Ela incentivou a guerra de corso, a pirataria e o mercantilismo. Está nas origens do chamado capitalismo selvagem inglês.
É meio controvertida sua sexualidade. Passou para a História como “A rainha virgem”, porque nunca se casou. O filme idealiza essa circunstância, dando a entender que ela nunca se casou porque preferia conservar sua liberdade, a serviço da Inglaterra, sacrificando
assim seu verdadeiro amor por um cortesão. Desconfia-se, entretanto, de que ela tinha algum defeito físico que lhe impossibilitava o ato sexual completo, o que não a impedia de ser devassa e ter vários amantes e favoritos, dos quais, talvez, o mais célebre tenha sido Francis Drake. Era, também, muito feia, mas exercia um fascínio misterioso sobre quantos se aproximavam dela. Sua feiúra, mas também o seu fascínio, a meu ver foram muito bem representados por Cate Blanchett, graças à maquiagem soberba e ao seu grande talento de atriz.
Paradoxalmente, por não ter filhos, quem sucedeu a Elizabeth foi Jaime VI da Escócia e I da Inglaterra, filho de Maria Stuart. Mais paradoxalmente ainda, Jaime foi o continuador a obra de Elizabeth, distanciando-se de todo da trajetória de sua mãe, que Elizabeth assassinara. Foi ele quem assinou a tradução oficial da Bíblia em inglês, a célebre King’s James Bible, e quem formulou a doutrina absolutista do Direito Divino dos Reis, combatida tenazmente por teólogos como São Roberto Belarmino e o Pe. Francisco Suárez.
Como retrato de costumes e como cenário, o filme em questão
é belíssimo, embora distorça completamente a realidade histórica que procurei mostrar acima.
O século XVI teve sua história marcada, na Grã-Bretanha, por três grandes rainhas que foram, também grandes mulheres – duas delas feias, uma belíssima; duas delas católicas, uma protestante; duas delas irmãs (ou melhor, meio-irmãs) e uma prima; todas as três de grande personalidade, de grande valor pessoal; todas as três, enfim, atuantes polêmicas da História, e até hoje, séculos depois, capazes de despertar torrentes de admiração e de ódio.
São, respectivamente, por ordem de idade e de aparecimento no cenário histórico, Maria Tudor (1516-1558), Elizabeth I (1533- 1603 – a homenageada do filme) e Maria Stuart (1542-1587).
Maria Tudor, apelidada pelos protestantes de “a Sanguinária” (seu apelido Blood Mary serviu para nomear um drink composto de aguardente de cereais ou vodka, suco de tomate, uma rodela de limão e uma pitada de pimenta, tudo bem gelado – é delicioso, mas não recomendo que se misture com algumas dúzias de ostras, como fiz em Florianópolis e quase morri...), era filha do casamento de Henrique VIII, da Inglaterra, com Catarina de Aragão. Elizabeth era filha de Henrique VIII com Ana Bolena, a “Rainha dos Mil Dias”, segunda mulher e primeira vítima do Barba- Azul coroado que foi Henrique VIII. Bolena acabou no cadafalso, acusada de traição. Era, segundo dizem, feia e deformada, mas “enfeitiçou” o rei e o levou a romper com o Papado e com a Igreja Católica e a aderir ao protestantismo, que num primeiro momento ele havia combatido com ardor, chegando a publicar um livro apologético contra Lutero o que lhe valera a concessão, por Roma, do título de Defensor Fidei.
Quando morreu Henrique VIII, sucedeu-lhe seu filho Eduardo VI, oriundo de sua união com Jane Seymour. Teve reinado breve, morrendo sem herdeiros em 1553, ainda adolescente. Depois de morto, a coroa passou para Maria Tudor, a filha mais velha de Henrique VIII, e esta reinou por 5 anos, até 1558, quando morreu. Católica, Maria restabeleceu a religião romana e foi rigorosa na repressão aos complôs protestantes que se sucederam em seu reinado,
o que lhe valeu o já citado apelido de “a Sanguinária”. Foi casada com Felipe II, filho do Imperador Carlos V e seu herdeiro no trono da Espanha.
Enquanto Maria Tudor era viva, ninguém contestou sua legitimidade, já que era filha de um casamento reconhecido como legítimo e válido por todos, católicos e protestantes. Ao morrer, porém, abriu-se o problema: quem lhe sucederia legitimamente? Para os católicos,
eram inválidos os sucessivos casamentos de Henrique VIII, ocorridos ainda em vida da esposa legítima, Catarina de Aragão, de modo que Elizabeth não poderia suceder; a herdeira legítima mais próxima era Maria Stuart, rainha da Escócia, prima do falecido e
católica. Dela falarei mais adiante. Para os protestantes, as preferências iam para a jovem Elizabeth, protestante como o pai. Ela estivera, ao que parece, envolvida
em conspirações contra Maria Tudor, e esteve para ser executada; não o foi, e daí decorreu, por morte de Maria, a ascensão ao trono de Elizabeth, apoiada pelo partido protestante, e o retorno da Inglaterra ao protestantismo.
Maria Stuart era filha do Rei Jaime V, da Escócia, e de uma princesa francesa, da casa de Guise, dos duques soberanos da Lorena. Era sobrinha do Duque de Guise e do Cardeal de Guise, chefes
do partido católico na França nos últimos reinados dos Valois. Sua beleza, de acordo com os relatos da época, era deslumbrante. Casou, ainda menina, com Francisco II, rei da França, um dos três irmãos Valois mortos sem descendência, e enviuvou aos 17 anos. Retornou
então à Escócia, da qual era rainha, e assumiu seu papel num país dividido pelas lutas religiosas. Os clãs das Highlands – com exceção dos oportunistas Campbell e de poucos outros – propendiam para a religião católica, enquanto os das Terras Baixas eram mais simpáticos o protestantismo, de duas facções rivais, as quais também se digladiavam entre si e continuaram a fazê-lo até muito depois. Na Escócia, Maria casou com Lord Darnley, seu primo, também
membro, como ela, do tradicional clã dos Stuarts, a casa real da Escócia, apoiada por numerosos clãs fiéis, entre os quais se destacavam especialmente os Drummonds, aparentados com os Stuarts, já que a primeira rainha da Dinastia Stuart era uma Drummond (Anabela).
Os Drummond, nos séculos seguintes, foram sempre fiéis aos seus primos Stuarts e, nas guerras civis do século XVIII, perderam praticamente tudo quanto possuíam, títulos e terras.
Quando morreu Eduardo VI, Maria Stuart passou a reivindicar a coroa da Inglaterra e colocou, em seu brasão de armas, as insígnias heráldicas da Inglaterra. Isso, Elizabeth nunca perdoou à
prima. Mais tarde, durante uma revolta de protestantes escoceses, Maria Stuart precisou refugiar-se em território inglês, caindo assim na armadilha de Elizabeth, que a fez prender, julgar e decapitar.
Elizabeth teve um longo reinado, até 1603. Foi calculista, impiedosa, ambiciosa e cruel, muito mais sanguinária que a irmã. Em seu reinado, mais de 40 mil pessoas foram mortas, por motivos religiosos, na sua maioria católicos, mas também protestantes de outras
linhas. As execuções de católicos eram particularmente cruéis. O costume era enforcá-los imperfeitamente, com uma corda curta, de tal modo que, na queda, não se partia a espinha dorsal do condenado.
Ele era asfixiado, perdendo os sentidos por asfixia. Então a corda era cortada e o condenado era talhado a machadadas, ainda em vida.
Durante seus 45 anos de reinado, foram executadas mais pessoas que em 300 anos de Inquisição Espanhola. Daí os católicos ingleses se referirem a ela como a verdadeira sanguinária.
Elizabeth foi salva pelo fato de a chamada “invencível armada”, preparada por Felipe II para invadir a Inglaterra, ter sido dispersa por tempestades e se ter perdido quase completamente. Esse foi um dos muitos lances de sorte que marcaram seu reinado. Ela incentivou a guerra de corso, a pirataria e o mercantilismo. Está nas origens do chamado capitalismo selvagem inglês.
É meio controvertida sua sexualidade. Passou para a História como “A rainha virgem”, porque nunca se casou. O filme idealiza essa circunstância, dando a entender que ela nunca se casou porque preferia conservar sua liberdade, a serviço da Inglaterra, sacrificando
assim seu verdadeiro amor por um cortesão. Desconfia-se, entretanto, de que ela tinha algum defeito físico que lhe impossibilitava o ato sexual completo, o que não a impedia de ser devassa e ter vários amantes e favoritos, dos quais, talvez, o mais célebre tenha sido Francis Drake. Era, também, muito feia, mas exercia um fascínio misterioso sobre quantos se aproximavam dela. Sua feiúra, mas também o seu fascínio, a meu ver foram muito bem representados por Cate Blanchett, graças à maquiagem soberba e ao seu grande talento de atriz.
Paradoxalmente, por não ter filhos, quem sucedeu a Elizabeth foi Jaime VI da Escócia e I da Inglaterra, filho de Maria Stuart. Mais paradoxalmente ainda, Jaime foi o continuador a obra de Elizabeth, distanciando-se de todo da trajetória de sua mãe, que Elizabeth assassinara. Foi ele quem assinou a tradução oficial da Bíblia em inglês, a célebre King’s James Bible, e quem formulou a doutrina absolutista do Direito Divino dos Reis, combatida tenazmente por teólogos como São Roberto Belarmino e o Pe. Francisco Suárez.
Como retrato de costumes e como cenário, o filme em questão
é belíssimo, embora distorça completamente a realidade histórica que procurei mostrar acima.
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